quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

BackTracking #11 - Jogos de 2022


Não deixando a tradição de lado, nos reunimos para falar dos destaques de 2022 nos joguinhos em mais um episódio. Business Cat, Findman e Desgraça tão uma pincelada pelo ano todo e falam de jogos como Gnosia, Pokémon Legends e Scarlet/Violet, The Quarry, Elden Ring, Vampire Survivors e muito mais.

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BGM:
Music 1 - Shin Megami Tensei: Synchronicity
Phoenix Wright ~ Objection 2001 - Ultimate Marvel vs. Capcom 3
Trunk Twister - Donkey Kong Country Tropical Freeze
Reign - Yakuza Zero
Dead Orca Force - No More Heroes III
Rockin' Rockin' - NEO: The World Ends With You
Isle Four - Cuphead: Delicious Last Course
Mall Meltdown - TMNT: Shredder's Revenge
Beautiful Lie - Danganronpa V3
Finding My Way - 25th Ward: The Silver Case
The Tenements - Bully
blue sky, blue star- Gnosia

terça-feira, 1 de novembro de 2022

Review - Jojo's Bizarre Adventure: All Star Battle R

O lançamento inicial de Jojo's Bizarre Adventure: All Star Battle foi um tanto infeliz, visto que estava saindo em 2013, no final da vida do PS3. O jogo era parte da comemoração de 25 anos de Jojo, sendo lançado perto do anime que adaptava o primeiro e segundo arcos do mangá, o ponto de maior descobrimento da franquia no ocidente, tanto que foi assim que conheci a série. ASB também veio com um modo Campanha online que necessitava de "energia" para conseguir jogar, o que poderia ser mitigado com microtransações e já sabe... Enfim, não foi um título que joguei, então só estou falando por cima.

Felizmente, a Bandai Namco resolveu relançar o jogo, mudando alguns aspectos, além de adicionar algumas coisas novas, algumas sendo conteúdo reusado de Eyes of Heaven, outro jogo de Jojo pela CyberConnect2. Infelizmente, é um relançamento meio safado e salgado, já que está por 50 dólares, 200 reais na Steam, ou 250 na PSN, além de ter um Season Pass com 6 personagens.

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Review - AI: The Somnium Files: nirvanA Initiative

De jogos no qual eu esperava sair uma sequência, estaria mentindo em dizer que AI: The Somnium Files seria um deles, cujo escrevi uma review dele aqui no blog. É mais uma história de Kotaro Uchikoshi, diretor e escritor da série Zero Escape, que parecem serem jogos minimamente populares, mas sempre ficam para trás comparando com esses adventures/visual novels/puzzles na linha de Ace Attorney, Danganronpa e outras coisas com cara da Spike Chunsoft.

Ao menos, AI foi popular o suficiente para render AI: The Somnium Files: nirvanA Initiave, com um título enorme com um trocadilho, seguindo o padrão de outras jogadas de história e visuais do Uchikoshi, que apesar de não ser diretor, ainda é o roteirista, enquanto o diretor é Akira Okada, co-diretor e game designer do primeiro jogo. Não vou afirmar que isso tenha sido uma mudança tão drástica, visto que o maior elemento de narrativa continua na mesma linha dos seus trabalhos, enquanto a jogabilidade é mais refinada e com puzzles menos estranhos.

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Review- The Last of Us Part 1


A produção de The Last of Us Part 1 é curiosa, após a Naughty Dog concluir The Last of Us Part 2, um jogo enorme em escopo e com grande primor técnico, o estúdio ficou com um time grande de desenvolvedores sem ocupação dentro do estúdio (após Uncharted 4 a desenvolvedora aumentou muito seu número de funcionários para conseguir conceber um projeto dessa magnitude) e como o próximo projeto de Neil Druckmann não entrava em pleno desenvolvimento, a decisão tomada por esse time foi criar um novo projeto para não ficarem como tempo ocioso, já que a intenção era eles participarem da próxima criação do estúdio. Então a ideia de fazer um remake do aclamado jogo de 2013 veio à tona e foi aprovada pela direção do estúdio.

Podemos discutir se um remake de um jogo, que já não é tão recente, é realmente necessário ainda mais se levar em conta que é razoavelmente moderno(tecnologicamente falando), mas confesso que ver uma das minhas narrativas favoritas dos videogames ser recriada pelo com recursos atuais é uma ideia que me fascina principalmente por se tratar de ser recriado com as tecnologias da própria Naughty Dog que é sem dúvida o estúdio com maior primazia técnica da atualidade.

Pra começar, The Last of Us Part 1 não foi "construído do zero" como as propagandas da Sony alardearam, já que aproveita em sua totalidade toda a base do jogo original. The Last of Us Part 1 pode ser descrito com mais exatidão como uma recriação do jogo original. A mesma história, a mesma jogabilidade, a mesma arte, a mesma música e o mesmo roteiro, mas tudo em uma nova e moderna engine e com todas as suas áreas com incrementos, sejam eles mínimos ou não.

Começando pela maior mudança que foi a parte gráfica. The Last of Us Part 1 é feito com a mesma engine da Part 2 e isso traz um caráter mais realista e cinzento do que o jogo original que usava cores mais fortes, o que deixa a violência do jogo ainda mais crua e a Naughty Dog foi esperta o suficiente para transportar o sistema de mutilação da Part 2 para esse jogo, o que faz esse remake ser substancialmente mais violento que o original.

Os ambientes estão mais detalhados e bem mais interativos já que os cenários são mais destrutivos,  reagem melhor aos seus movimentos e não parecem totalmente inertes ao que está acontecendo, paredes são perfuradas com seus tiros, vasos se quebram e até carpetes no chão reagem ao seu caminhar. O esmero visual da Naughty Dog está totalmente presente aqui. 

O remake mantém o mesmo escopo do jogo original com pequenas mudanças na direção de arte, basicamente algumas alterações em posição de objetos, mas com uma quantidade muito maior de texturas, a vegetação ganha muito mais vida e imponência nessa versão, a água é bem mais realista e mais detalhada em seus efeitos e suas alterações no ambiente e jogador, como os reflexos que podemos ver em poças de água ou espelhos.

O sistema de iluminação foi totalmente refeito, as sombras são mais realistas e se encaixam melhor nos cenários, não gerando aquelas situações onde alguns itens do cenário geravam sombras irrealistas, ou até mesmo sombra nenhuma, porém é uma pena o jogo não ter ray-tracing.  O jogo tem o mesmo tamanho de sua versão de 2013 mas parece ser bem mais grandioso.

The Last of Us Part 1 é um deslumbre visual, mas sua sequência continua sendo mais impressionante pelos seus cenários que são tão detalhados quanto os dessa versão mais bem maiores e mais ricos em diversidade, porém é louvável o trabalho de reconstrução que a Naughty Dog completou nessa nova versão.

A história permanece inalterada, percebi apenas dois easter eggs que contribuem para o enredo da parte 2, mas devido a utilização das gravações do jogo original com a remodelação completa de todos os personagens, The Last of U part 1 consegue se destacar ainda mais com as performances dos atores, que conseguem transmitir suas emoções com exatidão, já que suas expressões faciais são fielmente reproduzidas o que deixa a história do jogo ainda mais rica.

A base de gameplay é a mesma do jogo original mas com incrementos bem vindos como a reformulação da Inteligência Artificial, os inimigos tem mais movimentos e comportamentos mais variados e eles não são mais cegos ao ignorar seus aliados na frente deles e seus aliados não se enfiam mais dentro do campo dos adversários a todo momento. Os movimentos também são um pouco mais fluídos graças às novas animações e pelo jogo correr a 60 quadros por segundo no modo de desempenho(o ideal para jogar). The Last of Us nunca esteve tão bom de jogar, mas fica um vazio por não ter aproveitado as mecânicas que surgiram no 2, ou até mesmo criar novas, soa como uma oportunidade desperdiçada.

Algo que merece destaque é o som do jogo, joguei usando o headset Pulse da Sony e tornou a experiência ainda mais profunda, o jogo ganha uma nova camada de terror jogando dessa maneira, é profundamente agoniante ouvir os clicks de um Clicker vindo lentamente em sua direção.

The Last of Us Part 1 é um jogo tecnicamente brilhante que enche os olhos, é realmente emocionante jogar um de seus jogos favoritos nesse nível de qualidade, mas durante toda a jogatina fica uma sensação de que poderia ser algo mais principalmente se levar em consideração o que foi feito em The Last of Us Part 2, a sensação é que uma grande oportunidade foi desperdiçada. É importante destacar a desonestidade da Sony em  cobrar preço cheio sobre esse jogo. O remake de Shadow of the Colossus foi feito nos mesmos moldes desse(reformulação visual e mantendo a mesma base de gameplay) e com rigor técnico tão bom quanto essa versão, mas foi lançado por 40 dólares. The Last of Us Part 1 é lançado por quase o dobro(70). Sony nunca foi conhecida por prezar pelos seus fãs mas às vezes o golpe é baixo demais.


7/10

sábado, 6 de agosto de 2022

Review- Prey



A franquia Predador é extremamente sofrida, começou com um clássico do cinema de ação com Predador(1987) estrelado por Arnold Schwarzenegger que era um filme slasher denso e com um grande embate entre uma das maiores estrelas de ação de todos os tempos e um inimigo que se tornou icônico. Depois disso Predador teve uma sequência bem ruim em 1990 estrelada por Dany Glover, os malfadados crossovers com a franquia Alien, o que gerou um dos piores filmes já feitos que foi Alien vs Predador 2, um medíocre filme produzido pelo Robert Rodriguez, e um filme medonho dirigido por Shane Black no qual passou por vários problemas de produção. Então depois de tantos fracassos seguidos é surpreendente que mais um filme da franquia seja lançado.

Se passando em 1719, Prey(me recuso a utilizar o ridículo título brasileiro) conta a história de Naru (Amber MidHunter) que tenta se provar digna de ser uma caçadora, mas ela acaba presenciando a chegada de uma nave que transporta um alienígena caçador que vai matando tudo que seja identificado como uma ameaça por ele, Naru então tem que se superar para se manter viva e proteger seu povo.

Prey já começa tendo uma ambientação riquíssima ao explorar os Comanches em sua terra natal, o diretor(Dan Trachtenberg) consegue explorar muito bem o cenário do filme ao utilizar planos abertos e bem hábil ao retratar passagem de tempo usando esses planos grandes e longos para fazer transições de cenários que acabam sendo bem elegantes e bonitos. Aliás, o terceiro ato é um espetáculo por utilizar um novo elemento visual dentro da narrativa e esfriar as paletas de cores, o que cria um contraste bem forte com o banho de sangue que é jorrado na tela.

Como um filme montado a partir de seus set pieces, Prey não desaba narrativamente como filmes estruturados dessa forma pois consegue ter um bom fio condutor com a performance de MidHunter como Naru, seu desenvolvimento durante o filme é tocante, a forma sempre determinada que atravessa um obstáculo atrás de outro sempre com enorme dificuldade mas sem nunca perder o foco e sempre aprendendo com cada desafio que lhe aparece, então seu confronto final contra o Predador torna-se crível e a resolução perfeita para sua jornada pessoal.

E se a narrativa funciona, as cenas de ação são o ápice do filme. As cenas são de uma brutalidade grande, são pesadas por serem cruas e sem exageros, perceba como a trilha sonora soa ausente nessas cenas e o som se foca no impacto dos golpes desferidos e nos ferimentos causados. O Predador mesmo se move com velocidade e peso, o transformando numa legitima máquina de matar que se torna extremamente ameaçador devido aos estragos que ele causa. Para causar esse pavor no espectador, o diretor introduz o alienígena sob o ponto de vista da protagonista e à maneira avassaladora que ele luta contra um urso é perfeita para nos ambientar sob o absoluto terror que a Naru irá vivenciar, a cena é filmada em planos fechados, e ao final se abre em um plano de alta profundidade com uma grandiosa imagem do Predador. Um movimento clichê mas muito eficiente para causar impacto e primordialmente bem executado.

É belo notar como Prey é também um filme sobre a natureza e como esses espaços são bem conectados, não se entregando a uma retratação pasteurizada e mostrando a violência que reina nesses ambientes, como no instante que Trachtenberg retrata como funciona uma cadeia alimentar(e o desfecho é profundamente apropriado), também como a protagonista vai utilizando do próprio ambiente como suas armas depois de sofrer por causa desses próprios espaços. Os duelos do Predador contra animais(infelizmente feitos em CGI, mas convincentes) são todos bem viscerais e violentos, o design de produção é bem eficaz ao manter as cicatrizes do Predador durante o longa e ele vai basicamente se modificando e se adaptando a cada cena e todas as suas armas parecem se encaixar na época sem parecer forçado ou algo muito injusto contra seus inimigos.

O mais interessante de Prey do ponto de vista técnico é sua linguagem. Dan Trachtenberg é parte de uma geração de jovens cineastas que carregam influencias cinematográficas tanto quanto influencias que vem dos videogames, outros nomes dessa geração são Duncan Jones(Lunar) e Michael Vogt-Roberts(Kong). Prey não é como uma simulação de videogame(isso geralmente não funciona) mas às referencias são explicitas, que vão de momentos tirados de God of War(2018) e da franquia Assassin's Creed. As influências vão desde de recriação de clássicos momentos desses jogos, aspectos visuais ou até mecânicas de jogabilidade. Não é uma nova linguagem que se forma no cinema mas é algo interessante de se observar.

Prey é uma revigorada forte e criativa em uma franquia que já estava acabada devido a uma série de filmes catastróficos, falar que é o melhor filme desde o original parece não ser grande coisa mas é seguro dizer que é um filme que está no mesmo nível que o clássico de 1987 e isso sim é um feito enorme e coloca Prey como o filme mais surpreendente do ano. Palmas.


9/10


sexta-feira, 1 de julho de 2022

Review - TMNT: Shredder's Revenge


Com o lento mas vigente renascer de beat 'em ups mais recente, a Nickelodeon decidiu trazer mais um jogo do gênero para a vida, seguindo com o legado dos beat 'em ups das Tartarugas Ninja da Konami. Desenvolvido pela TributeGames, onde parte da equipe já trabalhou com os répteis mutantes em seus jogos de GBA, que são decentes, assim tivemos Shredder's Revenge, que parece um sonho realizado após muitos anos, tanto para fãs de beat 'em up, quanto para fãs dos heróis de carapaça.

O que já chama atenção são seus méritos estéticos, a pixel art é muito colorida e vibrante. Cada personagem tem seu estilo de golpes transpostos em animações fluídas e criativas, como Michelangelo tendo um gingado em seu combo padrão usando os nunchakus, ou seu golpe com rasteira ser ele se jogando no chão e deslizando com o casco. Esse esmero visual se estende também aos inimigos e cenários, mesmo tendo diversos tipos de ninja do Clã do Pé, cada cor de ninja tem golpes únicos, além de encontrá-los fazendo alguma coisa na fase, como tomando sorvete na frente do zoológico, ou roubando peças de carro pela rua, o que é um elemento da "narrativa", que pode ser visto em outras partes do jogo.

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Minhas maiores surpresas com o Switch - Xenoblade Chronicles 2

   Vídeo games podem ser mais do que puro entretenimento, nós gostamos também é de conversar sobre o assunto, seja para falar sobre jogos novos ou descobrir segredos dos clássicos. Essa discussão, seja em grupos, fóruns ou mesa de boteco faz parte da experiência, quase como um modo extra que todo game proporciona. Tudo isso faz parte da experiência e, inclusive, é o motivo de este pacato blog existir.

   Um outro lado deste hobby são as gratas surpresas que temos ao descobrir um jogo ou franquia nova que acerta em cheio o seu gosto pessoal e a sua vontade do momento. Estes jogos não são necessariamente os melhores, mas ficam para sempre marcados na memória emocional. Não importa se estes games já tinham certa fama, são indies e publicação própria ou grandes novos lançamentos, mas volta e meia algum fisga um jogador inesperadamente.

   Pensando sobre os 5 anos do Switch e também sobre o que está já anunciado para chegar, percebi que o híbrido da Nintendo me proporcionou vários momentos desses, principalmente por ter ficado longe dos consoles de mesa por uma geração. Então, resolvi aqui listar 6 jogos, exclusivos ou não, que me surpreenderam por um motivo ou outro durante meu convívio com o Nintendo Switch até o momento.


   JRPGs costumam ser jogos de nicho. Tirando algumas exceções como Final Fantasy VII e Persona 5, não é tão comum games como esses chamarem atenção de pessoas não adeptas, como eu. O que então fez com o que eu me interessasse por Xenoblade Chronicles 2 perto do seu lançamento em 2017? O simples fato de que eu estava consumindo quase todo lançamento relevante do Switch naquele ano e fico muito contente de ter dedicado meu tempo para esta série.

   Xenoblade Chronicles é uma série que começou no Wii e tem suas origens em Xenogears, lá do PS1. Eu acho... A cronologia histórica desta franquia é uma loucura, mas podemos dizer com certeza ao menos que a Monolith Soft vem lançando a saga Xeno desde 1998. E foi apenas em 2017 que ela chegou até mim.

   Me lembro bem de assistir os trailers nos meses antecedentes ao lançamento e ficar ao mesmo tempo intimidado e impressionado com a quantidade mecânicas presentes apenas no sistema de batalha. Em cada teaser aparecia uma coisa nova e essa sensação permanece inclusive durante o jogo, apresentando tutoriais de novas possibilidades mesmo após mais de 10 horas de jogo. Ao mesmo tempo tudo se encaixava e não dava a sensação de excesso.

   Ao começar o jogo já se percebe um grande foco também na história, algo que sempre tende a me atrair, e comprei a ideia apresentada logo de cara. Isso foi necessário para me prender nas quase 60h de jogo e evolui muito no desenrolar do game, saindo de uma simples missão de chegar ao ponto X do mapa e indo para reflexões sobre a criação dos seres e manutenção do mundo em que vivem. Como eu já disse antes, uma loucura.

   Outro ponto que me fisgou foi o mundo de Alrest, que é super interessante e tem um conceito que eu ainda não tinha visto antes em outra história de ficção. Um mar de nuvens sem terra nenhuma e habitado por titãs em constante movimento, que servem como continentes e moradia para toda a vida, tudo isso centrado por uma árvore gigante que dizem se elevar até o elísio, não é algo que se vê em qualquer história.

   Xenoblade Chronicles 2 rapidamente se tornou uma obsessão que era potencializada a cada novo capítulo com reviravoltas na história e cenários únicos mantidos unidos com uma trilha sonora fantástica e um esquema de batalha complexo e recompensador.

   Comentei na minha review do jogo, na época lançada na Revista Locadora #2, alguns problemas que eu tive com o game, especificamente com algumas mecânicas de sincronização das blades (que, para explicar rapidamente, são as personagens que dão poder aos personagens humanos, mas que também são humanoides ¯\_(ツ)_/¯), mas eu já nem me lembrava mais dessas coisas. Isso porque a memória afetiva de um jogo que surpreende sempre vai guardar muito mais as coisas boas.

   Música, história, cenário, mundo, combate etc. são todos aspectos que me encantaram em Xenoblade Chronicles 2. E o melhor de tudo isso é que teve mais! A DLC Torna~The Golden Country (que também escrevi review) foi lançada menos de um ano depois contando um flashback e reinventando o sistema de batalhas, o deixando um pouco mais fácil, mas ainda assim se mantendo em par na qualidade total com o jogo original.

   Após isso tudo ainda pude jogar o primeiro game, que foi relançado para o Switch em 2020 e ainda espero ansiosamente que Xenoblade Chronicles X saia do purgatório que é e foi o Wii U. Xenoblade Chronicles 2 me fez fã de uma série que eu praticamente não sabia da existência, que estava fora da minha zona de conforto e que aparentava ter uma barreira de entrada grande, isso boa parte pelo fator surpresa proporcionado e que era alimentado a cada nova virada na história. 

   Agora estou ansiosamente no aguardo do número 3 da franquia, que na verdade é o quarto jogo, em julho deste ano e não espero menos do que mecânicas de combate complexas, música nota 10, narrativa cheia de reviravoltas e uma crise existencial no fim de tudo, porque foi assim que a série Xenoblade me acostumou.

terça-feira, 7 de junho de 2022

Review - Gnosia


Um simpático joguinho lançado para o PSVita em 2019, fiquei de olho em Gnosia desde que anunciaram sua chegada ao falecido e esquecido portátil da Sony. Felizmente, o jogo recebeu um port para Switch em 2020, bem como uma localização para inglês mais tarde, além de ter sido lançado na Steam em 2022. 

A proposta resumida é “um Among Us Visual Novel singleplayer”, claro que indo além disso, mas isso em si já é um chamativo. Definido como um Social Deduction RPG, inspirado no jogo de dedução "Lobisomem", ou "Mafia", você é um humano no meio de uma tripulação de uma nave viajando pelo espaço, e no meio disso há um Gnosia, um ser alienígena misterioso que "infecta" alguém do grupo e quer eliminar os outros.

O protagonista, que é apenas um avatar do jogador, entra em um debate com os outros tripulantes, tentando encontrar quem é o alienígena, o que é bem difícil inicialmente. Após o debate, alguém, que é votado por ser suspeito, é mandado para o sono criogênico, mais um ciclo se passa e vemos no próximo dia que uma pessoa foi assassinada, o que conclui que a ameaça ainda está a solta. Observando os comentários e padrões de cada personagem, procurando não ser acusado também, é a chave para encontrar a Gnosia.

quinta-feira, 2 de junho de 2022

O que rolou na State of Play

Nessa Quarta Feira(02/06) rolou mais uma edição do evento da Sony, o State of Play. Foi uma edição curta, de meia hora mas teve bastante conteúdo. Vou listar aqui o que achei dos grandes anúncios.

Resident Evil 4

Começando com o pé na porta, o remake de Resident Evil 4 foi anunciado oficialmente acabando com todos os rumores. O trailer recria momentos icônicos do jogo original e mostra que o tom segue a risca o que foi estabelecido no remake do segundo jogo da série sendo algo mais sóbrio. No post do jogo no Playstation Blog, a Capcom descreve essa nova versão de RE 4 "Desta vez, o jogo está sendo desenvolvido para alcançar qualidade de última geração para um survival horror adequado para 2023, preservando a essência do jogo original. Nosso objetivo é tornar o jogo familiar para os fãs da série, ao mesmo tempo em que fornecemos uma sensação nova a ele. Isso está sendo feito reimaginando o enredo, mantendo a essência de sua direção, modernizando os gráficos e atualizando os controles para um padrão moderno".

O trailer é excelente, Resident Evil 4 sendo recriado na incrível RE Engine com gráficos fotorealistas é algo que sempre me fez ficar ao lado da ideia de fazer um reinvenção de um dos maiores jogos de todos os tempos(e um dos meus jogos favoritos), e o jogo ser descrito como um survival horror em vez de um jogo de ação como no original chama ainda mais minha atenção, resta saber como tudo isso vai se desenvolver mas adorei tudo que foi apresentado e amei os novos designs dos monstros clássicos e personagens. A Capcom confirmou que "muitas pessoas" que trabalharam no excelente remake do 2 voltaram para trabalhar nesse remake do 4, o que é algo animador.

Jogos para PSVR 2

Sou um entusiasta da tecnologia de realidade virtual mas admito que a maioria dos jogos até agora parecem mais joguinhos de navegador do que jogos de verdade, então foi com imensa felicidade que a Capcom anunciou que o excelente Resident Evil Village terá uma versão para o Playstation VR 2. Jogar Resident Evil 7 no primeiro PS VR foi uma experiência incrível e um nível de imersão que nunca tinha experimentado em nenhum outro jogo,  mal posso esperar para rejogar o Village nesse formato.

Teve também um trailer para Horizon Call of the Mountain, o jogo da franquia Horizon que será lançado exclusivamente para VR 2. O universo de Horizon é bem rico e ser imerso nesse ambiente parece ser bem legal, mas a gameplay não me parece muito interessante.


Foi anunciado também a sequência do excelente The Walking Dead: Saints and Sinner. O primeiro jogo é provavelmente o meu jogo favorito que foi feito exclusivamente para o VR, a gameplay é bem diversa e a história muito boa, ainda bem que fizeram a sequência. Teve a versão de PSVR 2 para No Man's Sky 2, mas realmente não liguei pra isso mas é um jogo com muitos fãs.

The Callisto protocol

Dirigido por um dos produtores do Dead Space original, Callisto Protocol é um dos jogos que eu tenho mais interesse em jogar esse ano por eu ser fã de Dead Space e fã de jogos de terror, além do mais os trailers do jogo são bem bons e parece ter herdado completamente o estilo Dead Space de horror, o jogo é estrelado pelo ator Josh Duhamel(Transformers). Gostei demais do trailer

Street Fighter 6

Tenho mais de 100 horas jogando Street Fighter 5 e amo esse jogo que a comunidade parece odiar, então o trailer de Street Fighter 6 mostrou alguns trechos de gameplay que me agradaram bastante, o estilo de arte do jogo eu acho muito bonito, a gameplay  parece seguir o estilo um pouco mais cadenciado do 5 o que me agrada.

Final Fantasy XVI

Sou fã de longa data da franquia Final Fantasy e apesar de não ter gostado muito de Final Fantasy XV(enquanto mundo aberto é um jogo excelente mas quando entra na fase linear ele vai por água abaixo), eu acho que sempre vou ficar ansioso por um novo da série, ainda mais quando tem grandes nomes envolvidos como o produtor de longa data da franquia Naoki Yoshida(o revival de Final Fantasy XIV) e o diretor por Hiroshi Takai(The Last Remnant).

Primeira coisa que chama atenção é o quão bonito o jogo é e a maneira que ele evoluiu em relação as texturas e gráficos comparando com o trailer de anúncio, a segunda coisa é o sistema de combate que é bem mais rápido do que vimos no FF XV, se aproximando mais de Devil May Cry do que qualquer outro Final Fantasy. O sistema de summons com cada personagem podendo summonar sua própria criatura parece ser bem legal e o design dos monstros é íncrivel e parece ser algo mais assustador do que os visuais edificantes de Final Fantasy XV. Adorei o trailer desse jogo.

Outros anúncios e considerações finais

-Tivemos o anúncio que Spider Man Remastered chegará aos PCs em 12 de Agosto junto com a expansão estrelada pelo Miles Morales. Mais umas milhões de cópias vendidas para os bolsos da Sony. Acharam uma mina de ouro.

-Stray, o jogo do gatinho em um mundo cyberpunk sairá diretamente para a nova PS Plus da Sony. Excelente notícia. Chegará dia 19 de julho.

-Rollerdrome, um jogo que mistura patins com lutas que chega no dia 16 de Agosto. Me lembrou Rollerball.

-Eternights é um jogo estilo anime com ação e romance que será lançado ano que vem.

-Tunic: Jogo indie canadense de ação e aventura com uma arte belíssima chegará para o Playstation 4 e 5 no dia 27 de Setembro. Business Cat(@BusinessCat0) disse pra todo mundo jogar pois o jogo é excelente. Então JOGUEM.


Esse foi o melhor State of Play da história. A Sony em trinta minutos fez o que muitas empresas(e até ela mesma em algumas ocasiões) não conseguiram fazer com o triplo do tempo. Anúncios grandes, trailers empolgantes e sem enrolação. Em pouquíssimo tempo a Sony conseguiu pavimentar o futuro do Playstation 5 de maneira brilhante.

segunda-feira, 30 de maio de 2022

A gameplay de Gotham Knights e o futuro dos jogos da DC

    GOTHAM KNIGHTS


A Warner Bros Montreal divulgou a gameplay de seu novo jogo baseado na Bat Família, Gotham Knights, junto com essa gameplay veio a informação que as versões de Xbox One e PS4 foram canceladas, um movimento até ousado por parte da produtora tendo em vista a crise que vive os estoques dos consoles de nova geração.

A gameplay foca na jogabilidade com o Asa Noturna e Capuz Vermelho e começa mostrando algumas missões secundárias disponíveis em Gotham, o sistema de combate parece ser um clone do que vimos em Arkham Knight, os combos são bem parecidos incluindo o sistema de finalização em conjunto(chamado de Dual System em AK). O ponto baixo do vídeo parece ser a navegação aérea pela cidade, o Asa Noturna surge pendurado em um planador(não seria mais fácil ele ficar em cima dele?) e o Capuz Vermelho herdou poderes do Poço do Lazarus e agora consegue se teletransportar(sim), as soluções que a WB Montreal teve pra esse sistema foram as piores possíveis, mas usar a moto para navegar pela cidade foi uma boa ideia e parece ser um diferencial do jogo em relação ao trabalho da Rocksteady.

O jogo pode ser jogado em modo solo offline mas a proposta dele é obviamente funcionar como um jogo co-op online com elementos de jogo como serviço, com um sistema de upgrades e customização de personagem que interferem na sua abordagem de gameplay e confesso que gostei dessa parte pois pareceu ser bem detalhada e é algo que pode aprofundar a jogabilidade. O que eu gostei foi ter mostrado o HUB do jogo onde ali nós controlamos as versões "civis" dos personagens, algo que foi totalmente negligenciado em jogos anteriores(exceto Batman da Telltale), mas é certeza que nada disso terá peso maior na história.

O visual do jogo é bem bonito, mas parece reciclar muita coisa que foi feita na Gotham de Arkham Knight, a iluminação com as luzes de neon dando uma pegada de cidade Cyberpunk foi totalmente transposta para Gotham Knights, mas não da pra negar que esse é um visual que funciona. O design dos personagens é idêntico também a concepção visual que a Rocksteady teve especialmente em Arkham Knight onde eles tinham um design mais militarizado.

A história se baseia na fase das Corujas que foi escrita por Scott Snyder, o Batman está morto, ou melhor, "morto", então a Batfamilia tem que investigar essa conspiração que envolve essa antiga sociedade de Gotham que parecem controlar todos os rumos da cidade.

A Corte das Corujas foi uma boa adição à mitologia do Batman, o problema da história é o seu desenvolvimento completamente idiota, mas usar essa base eu acho muito positivo pois eu gosto da ideia e principalmente do simbolismo(corujas serem predadoras de morcegos), o visual das Corujas é legal também, funcionaria muito bem em um filme, só dizendo.

O que fica dessa gameplay é que o jogo parece um clone de Arkham Knight mas com funções de RPG, certamente irei jogar mas as expectativas não são muito boas, não parece ser um jogo ruim mas também parece ser sem personalidade.

GAMES JÁ ANUNCIADOS


Após Gotham Knights a DC ainda tem jogos para apresentar, o primeiro sendo Suicide Squad: Kills the Justice League. Com a absurda e estúpida ideia de colocar esse grupo de criminosos contra a Liga da Justiça.

Primeiramente, odeio o conceito desse Esquadrão Suicida colorido e divertido que foi apresentado no pavoroso filme de 2016 e seguido pela sua medíocre sequência(ou soft reboot, entenda como quiser). O take aceitável que o Esquadrão deveria ter seria de um grupo Black Ops de vilões medianos igual a consagrada fase de John Ostrander nos anos 80, mas devemos analisar algo pelo que ele é, não o que gostaríamos que fosse.

Abandonando completamente o clima soturno da Trilogia Arkham, Esquadrão Suicida da Rocksteady caminha para o lado inverso, apostando nas cores bem fortes parecendo ter saído de um filme do Michael Bay(eu gosto do Bay fora dos Transformers). 

Como dito anteriormente, a história parece absurda e a figura do Superman malvado me ofende de mil maneiras diferentes, mas algo que eu posso destacar são os heróis que mesmo corrompidos permanecem com suas personalidades que são características deles e a piada que o Flash faz no vídeo de gameplay é muito legal.

Interessante também notar que o jogo se passa no mesmo universo que a série Arkham, sendo uma continuação direta dos eventos de Arkham Knight, então é algo que já chama minha atenção, mas o jeito que a Liga será introduzida eu acho a maneira mais errada possível, me espanta a Rocksteady escolher Esquadrão Suicida para fazer um jogo em vez de um da Liga da Justiça que poderia ser feito usando como referência a série animada igual utilizaram a série do Batman para fazer os jogos do Batman, especialmente os dois primeiros.

A jogabilidade pelo pouco que mostraram parece legal, com cada personagem tendo um tipo de gameplay completamente diferente um do outro e parece ser um estilo de jogo bem rápido, diferente da gameplay metódica da trilogia do Batman e o foco de Esquadrão Suicida é nas suas interações online apesar de poder jogar offline.

A Rocksteady até hoje não fez um trabalho ruim e criou uma das minhas séries de jogos favoritas então merece um voto de confiança apesar de discordar completamente dos rumos da franquia.


Durante a The Game Awards 2021 foi anunciado um jogo da Mulher Maravilha desenvolvido pela Monolith Studios da boa trilogia F.E.A.R e dos lixos atômicos Shadow of Mordor e Shadow of War. Já foi anunciado que o jogo será em mundo aberto e terá o sistema Nêmesis, o que é uma boa ideia se for explorada a capacidade desse sistema, o que ainda não aconteceu nos jogos em que ele foi implementado.

Sempre imaginei que um bom jogo da Mulher Maravilha poderia ser um hack n slash ambientado em Themyscira no estilo de Heavenly Sword, mas um jogo em mundo aberto parece uma boa ideia e espero que a Monolith não faça um clone de Shadow of War com a skin da Mulher Maravilha, mas fico feliz por estarem fazendo um jogo da DC fora do universo Batman.

O FUTURO

Em Abril de 2022 a compra da Warner pela Discovery foi concluída e David Zaslav assumiu como CEO e Presidente da Warner e um de seus compromissos era valorizar mais as propriedades da DC especialmente a trindade(Superman, Batman, Mulher Maravilha), ele acredita que jogos de videogame com esses personagens estão aquém da capacidade que a marca tem e além de estar procurando um executivo de mercado para formatar um estúdio para filmes da DC(que Deus nos ajude).

Não podemos avaliar a administração de Zaslav por ele estar a menos de um mês no comando e às coisas em Hollywood são bem lentas, apesar de eu ser grato por ele estar cancelando todas as porcarias de séries da CW. Creio que isso já seja um ponto positivo da gestão dele, porém esse plano de querer mais jogos com personagens da DC não vem de encontro com os rumores que a Warner esteja querendo vender seus estúdios de videogames, a não ser que a Warner venda apenas os estúdios e licencie suas marcas como a Marvel faz, o que expandiria as possibilidades.

E essa estratégia é positiva, a Marvel se deu muito bem em licenciar Homem-Aranha para a Sony, o resultado foi um dos melhores jogos do gênero e mais de 20 milhões de cópias vendidas e gerou uma nova franquia muito poderosa na indústria(uma sequência e um jogo do Wolverine foram anunciados), numa época de grandes aquisições, esse foi certamente o negócio que gerou mais resultados, a Sony ganhou uma franquia ilimitada e provavelmente sem pagar nada por isso, graças ao sucesso desse jogo do Homem Aranha. Então, creio que esse modelo de licenciamentos seja uma maneira de aproveitar as propriedades de maneira mais rápida por não depender de seus estúdios internos. O que pode gerar também aberrações como o jogo dos Vingadores, mas correr riscos é sempre válido.

A DC tem vastas possibilidades para fazer inúmeros jogos e os conceitos são muitos, um jogo de investigação sobrenatural do Constantine, um jogo de mundo aberto do Superman, um RPG do Lanterna Verde, e claro um jogo ambicioso da Liga da Justiça. O trabalho da Warner em administrar essas marcas é péssimo, mas espero que essa nova administração saiba cuidar melhor dessas propriedades.

terça-feira, 17 de maio de 2022

1000 posts - Porque o Locadora nunca vai mudar e, por isso, nunca vai crescer. Mas vai perseverar.



   Este texto marca o milésimo post do LocadoraTV e, desta vez, eu não vou fazer um post lembrando tudo o que já passou e destacando alguns marcos, mas sim tentar fazer uma auto avaliação deste humilde recanto.

   Entre altos e baixos de produtividade, tentamos explorar diversas formas de fazer conteúdo. Começamos com podcast e notícias no blog, logo inserindo também reviews de jogos. Os podcasts evoluíram de forma rápida, se expandindo também no Locadora News e os textos chegaram no seu ápice com a Revista Locadora, onde inclusive conseguimos entrevista para incluir como diferencial. 

   Aos poucos a quantidade de tudo foi diminuindo. A revista se provou de produção insustentável, gravações de podcasts começaram a ter conflitos de horário e já não fazia mais sentido publicar notícias sendo que apenas acabávamos replicando outros sites que tinham fontes mais diretas. Porém o que nunca deixamos de ter foi um apreço pela qualidade do que fazíamos, coisa que temos até hoje.

   Mesmo assim, o LocadoraTV nunca deslanchou nem um pouco como um blog/site de qualquer relevância fora do nosso círculo de conhecidos e até isso logo se esvaiu pela queda de produtividade. Isso é algo compreensível visto como é o consumo de conteúdo atualmente. Não que eu ache que é o certo, mas o que eu acho é irrelevante em uma análise global.

   Um dos pontos que vejo como motivo disso é que, apesar de tentar alguma coisa e inclusive ter sua origem no YouTube, o LocadoraTV nunca teve foco em produção de vídeos, a mídia que basicamente dominou tudo quanto à preferência de quem quer saber de qualquer coisa. Provavelmente não teria mudado muito o resultado do blog, mas com certeza seria bem vindo.

   Claro que isso vai de encontro a falta de dedicação maior por parte de todos os membros. Não que isso seja demérito nosso, mas sempre encaramos o blog no máximo como um hobby, já que a equipe sempre se deu bastante bem e gostávamos de fazer o que fazíamos porque fazíamos juntos, mas tirando alguns lapsos de grande vontade por parte de membros em momentos aleatórios e sempre um por vez, nunca quisemos ser mais do que somos.

   E, na verdade, eu acho que isso sempre foi o grande forte do LocadoraTV. Sabemos o tamanho que temos, mas ainda assim gostamos de fazer o que fazemos. A qualidade, no meu ponto de vista, não diminui porque nós fazemos com carinho, o que nos dá vontade de escrever ou editar em busca do melhor produto possível, sejam membros atuais ou passados. O Blog ainda está aí até hoje porque somos nós mesmos. 

   Hoje em dia o blog se mantém praticamente apenas em texto, que é uma mídia quase insignificante de maneira geral. A quantidade de pessoas que lê qualquer coisa antes de ver um vídeo sobre o mesmo assunto acredito ser muito baixa, assim como a quantidade de pessoas que vai ler este texto. Mas, mais uma vez, é o meio que preferimos trabalhar e o que conseguimos manter a alta qualidade que sempre almejamos. 

   Por fim, acredito que o nosso maior defeito é não saber nos promover e nem buscar fazer isso de maneira adequada. Publicar o link no Twitter é quase irrelevante se não houver algo além para empurrar as publicações, buscar engajamento e tentar fazer alguém clicar no link de maneira mais incisiva. Mesmo assim, ao clicar no link, a pessoa na maioria das vezes vai ver um texto de 10 parágrafos e fechar a aba quase imediatamente.

   Eu realmente gostaria que mais pessoas lessem o que escrevemos, ou que lessem de maneira geral. Que mais pessoas tivessem ouvido nossos podcasts ou lido a Revista Locadora. Isso geraria feedback e é com feedback que se tem evolução. É muito difícil crescer para alcançar mais público sem saber como está se saindo no momento atual. E também é muito difícil ter vontade de continuar sem um qualquer retorno de qualquer pessoa, apenas para não se ter o sentimento que está botando palavras num vácuo. Mas cá estamos, no post número mil.

   Nós não vamos mudar pois não queremos fazer algo além do que é nossa capacidade sem perder qualidade. Ao mesmo tempo o que fazemos não nos vai dar oportunidade de crescer mesmo se soubéssemos como fazer isso de maneira eficiente. Porém o LocadoraTV é mais do que este blog, é um grupo de pessoas unidas por um hobby e aplicadas em compartilhar suas ideias para além de suas cabeças, independentemente de como isso vai ser feito ou quantas pessoas vão ler.

segunda-feira, 16 de maio de 2022

Review: Trauma Center: Under The Knife

Em tempos onde a Atlus tentava fazer algo diferente de apenas derivados Shin Megami Tensei e Persona, tivemos Trauma Center: Under the Knife para o DS em 2006. Um jogo de médico, mais especificamente, um cirurgião, adequado visto que ser um cirurgião através da telinha de toque e a stylus é uma ideia perfeita. 

Seguindo outros títulos da época, o jogo veio localizado totalmente e alterando a localidade e nomes dos personagens, que obviamente são japoneses. Não sei se houveram mudanças mais bruscas nesse processo, mas acredito que já teria encontrado algo na internet caso houvesse, provavelmente com algum chato chorando por mudanças mínimas.

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Relembrando #1: Silent Hill 4 The Room



Silent Hill 4: The Room veio para quebrar paradigmas da franquia, começando por uma nova perspectiva em primeira pessoa quando o protagonista está trancado em seu quarto(grande parte do jogo é você enclausurado nesse ambiente) e também por esse local não se passar em Silent Hill e sim em South Ashfield, uma cidade que fica a 270/km de Silent Hill como foi revelado por meio de um easter egg em Silent Hill Downpour.

O terror sempre foi um espaço para comentários e críticas sociais, focando no Japão, a série Ju-On(O Grito) começou como um paralelo sobre a crescente violência doméstica que ocorria no Japão no final dos anos 90, então é muito apropriado que Silent Hill aborde algo que estava em voga em meados dos anos 2000 na sociedade japonesa que era o fenômeno conhecido como Hikikomori, um estado onde o individuo se isola completamente em seus quartos e suas casas longe de qualquer tipo de contato social, e isolamento é o tema principal do jogo.

O protagonista se chama Henry Townshend, um morador de um prédio chamado South Ashfield Heights, Henry é uma pessoa "comum", provavelmente um fotografo, uma pessoa que fala sempre com voz baixa sendo totalmente introvertido e com um grau alto de ansiedade ou até uma fobia social.

Em Silent Hill 4 nós acompanhamos Henry enquanto ele está a cinco dias em completo isolamento em seu apartamento, quarto 302, sem conseguir se comunicar com ninguém fora de sua moradia e com umas correntes na sua porta que o impede de sair. Até que em um dia um estranho buraco se abre na parede de seu banheiro, para tentar fugir, Henry entra nesse buraco e é transportado para Silent Hill, a partir daí ele entra em uma rede desses buracos que sempre o transporta para partes diferentes da cidade nebulosa.

O antagonista do jogo e a parte chave do enredo se chama Walter Sullivan, Sullivan é um serial killer falecido que se suicidou com uma colher após ele ser preso por assassinatos e anos depois os assassinatos com o mesmo padrão voltam a acontecer. Sullivan é um produto da solidão, foi abandonado por seu pai, perdeu sua mãe quando criança, foi criado no orfanato de Silent Hill(sim) e sua busca incessante pela única pessoa que demonstrou afeto por ele lhe guia por um caminho bastante violento.

Walter é sem duvida meu personagem favorito da saga, uma figura complexa e que é desenvolvida no jogo desde sua infância, e é interessante que constantemente vemos e interagimos com o Walter criança, vemos uma criança doce e frágil, um contraste enorme com o assassino violento que ele se torna e o jogo não se furta de mostrar suas vítimas sendo assassinadas e os corpos delas. Toda motivação macabra de Walter Sullivan e o segredo por trás do apartamento de Henry são cuidadosamente construídos pela narrativa e todas as revelações são impactantes, Silent Hill 4 ainda de maneira sútil inverte o padrão da saga, colocando justamente o vilão em busca de seu familiar e não o protagonista como nos jogos anteriores e isso enriquece ainda mais o vilão mas Henry não é muito bem desenvolvido deixando muito para a suposição mas sem muito material muito sólido para formar teorias.

No geral, Silent Hill 4 tem uma história riquíssima, tão macabra quanto os jogos anteriores e diferente mas sem entrar no campo da descaracterização, adorei a história de serial killer , todo o background em relação ao apartamento do Henry e aos assassinatos de Sullivan é brilhantemente construído e as sutis ligações com jogos anteriores da série mexe com o coração(e o estômago) de qualquer fã da saga.

Em questão de gameplay, o jogo da mais foco ao combate e se abstém quase completamente dos puzzles, Henry pode carregar uma seleção grande armas brancas mas apenas duas armas de fogo, uma adição ao combate é a possibilidade de "dar carga" nos ataques com armas brancas causando uma quantidade de dano maior que os ataques convencionais, o que deixa o combate mais interessante e menos monótono, os inimigos são assustadores, os fantasmas imortais que nos perseguem são arrepiantes e à existência desses inimigos estão intimamente ligadas a Walter Sullivan o que enriquece ainda mais a história do jogo.

Tecnicamente o jogo não apresentou evolução em relação ao terceiro jogo e parece até menos bonito mas é algo perdoável se levar em conta que é um projeto menor, os cenários são um pouco pobres e bem repetitivos, a prisão é uma boa parte do jogo com muitos níveis, bem construída, é onde tem o único puzzle do jogo e é um bom puzzle, as fases são bem lineares perdendo a sensação de exploração que a franquia tinha, mas o quarto 302 se tornou um ambiente icônico na franquia, principalmente por ser bem detalhado e com um peso enorme pra história do jogo.

Silent Hill 4: The Room é um jogo um pouco esquecido dentro da franquia, talvez por se tratar de uma história isolada, nesse sentido o 2 teve um impacto bem maior(foi ajudado por se o primeiro jogo de uma nova plataforma), ou por ter um gosto agridoce por ser o último jogo da Team Silent, mas foi uma despedida em grande estilo da saga clássica.



domingo, 6 de março de 2022

Relembrando a série Batman Arkham + entrevista exclusiva com Eric Holmes diretor de Batman Arkham Origins.

Recém saído da euforia de Batman: O Cavaleiro das Trevas, Batman estava no auge de sua popularidade no ano de 2009, porém fazia muitos anos que o personagem não ganhava um jogo que honrasse sua popularidade, talvez desde os anos 90 com os jogos que adaptavam a série animada.

Com a proposta de fazer uma história original do Batman para os videogames, uma pequena empresa chamada Rocksteady conseguiu o aval da Warner para fazer um jogo do Cavaleiro das Trevas e com roteiro do Paul Dini (Batman a série animada). E é incrível se parar pra pensar o que um pequeno estúdio britânico conseguiu fazer.


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Review - Dark Souls

Após algumas tentativas e muito tempo ignorando, finalmente decidi me dedicar de vez a terminar um dos mais influentes jogos da década passada. Aliás, estranho pensar que fazem 10 anos da existência de Dark Souls, já que na época, a franquia surgiu do nada e foi chamando atenção de pouco a pouco até chegar onde está hoje.

Demon’s Souls já tinha gerado um interesse único em sua época, e a chance de se ter algo parecido em mais plataformas era uma grande oportunidade. Os “Souls” iam contra a maré da sua geração de jogos, colocando um RPG de ação medieval focado em explorar um mundo desolado, sem pegar em sua mão, sem focar em contar histórinha com milhares de cenas e fazendo você aprender do jeito difícil.

sábado, 19 de fevereiro de 2022

Review- Uncharted: Fora do Mapa



A adaptação de Uncharted para os cinemas foi no mínimo conturbada, tendo passado na mão de meia dúzia de diretores antes de chegar em Ruben Fleischer(Venom) e de outras dezenas de roteiristas, o filme ainda teve a infelicidade de ter sido gravado sua maior parte durante a pandemia com o diretor sendo lançado a bordo do projeto praticamente sem tempo para uma pré-produção e todos esses obstáculos tornam o resultado do filme algo surpreendente.

Uncharted: Fora do Mapa(e é a última vez que citarei o ridículo subtítulo) conta a história do jovem bartender Nathan Drake(Tom Holland) que se alia com o caçador de  tesouros Victor Sullivan(Mark Wahlberg) para para irem atrás de um tesouro pirata que vale mais de 5 bilhões de dólares tendo que enfrentar um grupo de mercenários liderados por Santiago Moncada(Antônio Banderas) que estão atrás do mesmo objetivo.

Uncharted é bem sucedido ao explorar as dinâmicas entre os personagens, Tom Holland consegue imprimir à ironia e ar espirituoso do Nathan dos jogos e o roteiro ajuda ele nessa tarefa lhe dando boas linhas de diálogos e ótimas sacadas que não fariam feio se estivessem em algum dos quatro jogos da série, Wahlberg tem uma boa química com Holland e protagoniza boas cenas, Bandeiras está no piloto automático e suas ações são bem previsíveis mas o desfecho dele é interessante se tornando umas das boas viradas que o roteiro tem, Chloe Frazer(Sophia Taylor Ali) é uma boa reinvenção visual da personagem dos jogos mas mantendo a mesma dualidade e pra fechar a atriz Tatti Gabrielle transforma Braddock(personagem original do longa) em uma figura fisicamente ameaçadora retratando ela com intensidade absoluta.

Sendo estruturado como um clássico filme de aventura, Uncharted pula de país em país para ambientar as set pieces que ditam o ritmo do longa, uma pena os cenários não serem bem aproveitados e o visual do filme não ter sido bem desenvolvido com exceção de algumas tomadas mais inspiradas em especial ao bonito plano final e também o inicial que abre o longa de maneira belíssima e a sequência seguinte dita bem o tom da trama.

Já o que se encontra a seguir dessa cena é problemático pois o diretor usa o recurso de avançar e retroagir o tempo três vezes em menos de dez minutos o que revela uma falta de segurança do cineasta que felizmente só acontece nessa curta parte já que o restante do longa ele exibe uma total confiança na condução da história.

Ruben Fleicher que merece o total reconhecimento pelo ótimo trabalho que faz aqui, começando pela maneira que ele filma as cenas de ação, respeitando totalmente a geografia das cenas sem deixar o espectador confuso, usando planos abertos para situar a localização e fechando as tomadas com calma absoluta beirando a lentidão, Fleischer dá um toque de classe ao filme como um pulp dos anos 40 e o plano final é cuidadosamente construindo durante o climax criando uma rima visual emocionante.

O ponto alto da narrativa é o clímax por explorar os cenários e as próprias cenas de ação pela sua dinamicidade aliados a tomadas imponentes que criam quadros bonitos e isso nos faz perguntar o motivo de não ter sido o filme todo daquela forma. Uma coisa que dá uma particularidade para as cenas de ação é a maneira desajeitada que Tom Holland luta e mesmo assim consegue alcançar seus objetivos retratando o Drake não como um lutador profissional mas sim como uma pessoa bem capaz e com pura determinação que deixaria Nolan North orgulhoso.

Mas mesmo sendo decentes as cenas de ação não imprimem um décimo da grandiosidade dos jogos e a recriação da clássica cena do avião em Uncharted 3 é eficiente do ponto de vista técnico, mas não se aproxima do que é vista no jogo ou até no que é visto em Missão Impossível 5 na cena que é inspirada nessa mesma passagem do terceiro jogo, mas seria demais exigir que Tom Holland virasse um Tom Cruise.

A trilha sonora Ramin Djawadi é boa por fugir dos clichês do gênero usando mais guitarras, algumas batidas eletrônicas e sintetizadores e o momento que a trilha clássica dos jogos surge na tela é algo que emociona, o ponto negativo são as variações do tema que tocam durante o filme que são bem fracas e pouco inspiradas.

Uncharted é um filme com bem mais acertos do que erros e sem dúvida é de muito longe a melhor adaptação de videogame feita por Hollywood que no final de tudo consegue rumar ao sol no que pode ser um pequeno começo para uma franquia grandiosa.

7/10

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Review - Shovel Knight: Treasure Trove

Nascido do Kickstarter através de uma empresa de ex-membros da Wayforward, Shovel Knight teve uma campanha bem sucedida, o que eu particularmente acho estranho hoje, sendo uma IP totalmente nova, só botarem fé em desenvolvedores que não eram tão conhecidos, ao contrário de uma figurona como Inafune ou Igarashi.

Pelo menos era a época onde campanhas de financiamento eram novidade e davam a chance aos jogadores em apoiar os desenvolvedores diretamente. Acredito que seja um caso parecido com A Hat in Time, onde os desenvolvedores souberam vender o seu peixe e escolheram um gênero que atraía atenção, assim como o estilo de arte e personagens.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Treinadores selvagens vivem na grama alta

   Sinceramente, eu ando com bastante preguiça pra escrever reviews. Apesar disso, não queria deixar de falar sobre Pokémon Legends: Arceus, um jogo que me entreteve um bom bocado e que também evoluiu de diversas formas a fórmula de uma franquia que eu adoro. Além dos muitos pontos positivos e de algumas ressalvas menores, no fim, uma ideia se manteve na minha cabeça: a grama alta agora é sua amiga.


sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

BackTracking #10 - O que esperar de 2022

Mais um ano aí, mais jogos por vir e estamos aqui para falar deles. Findman, Bulmo, Desgraça e Business Cat falam dos lançamentos já confirmados para 2022, do que vai ser adiado, do que não vai sair, o que é mentira, o que é verdade, o que é a vida.... Ah, e também falamos do recente anúncio da compra da Activision/Blizzard pela "MIKES".

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 BGM:
- Desert Stage - Marvel vs Capcom 2
- Investigation 25th Style - 25th Ward: The Silver Case
- Cave Dungeon - Super Mario 64
- Psylocke Theme - X-Men Mutant Apocalypse
- They Are All Those of Justice - Jojo's Bizarre Adventure All Star Battle
- Don't Give A... - River City Girls
- Steel Works - Sparkster
- La Danse Macabre - Shovel Knight
- Liberty - The King of Fighters XV

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

A nova aquisição da Microsoft

Mais cedo neste mês a Take-Two anunciou a compra da Zynga por 12.7 bilhões de dólares, ultrapassando a compra da ZeniMax pela Microsoft (7.5 bilhões de dólares) para se tornar a maior transação na indústria dos vídeo games. Hoje, dia 18 de janeiro, a Microsoft reconquistou o posto ao anunciar a compra da Activision Blizzard por esmagadores 68.7 bilhões de dólares. Uma quantia que deixa a, na época, impressionante compra da ZeniMax parecer ter sido feita com troco de bala.


segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

BackTracking #9 - Indicados Fita de Ouro e Os Outros Melhores de 2021

Começando o ano com uma tradição comum, falaremos dos nossos jogos favoritos de 2021, os que não falamos no programa anterior, e também montamos a listinha do Troféu Locadora/Fita de Ouro 2021. Com a ilustre participação de Findman, Business Cat e Desgraça.

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Troféu Locadora 2021


   Mais um ano chegou e, com ele, a sexta edição do Troféu Locadora. 2021 foi um ano de desfalques para o blog, mas a nossa premiação continua ativa, celebrando os altos e baixos da indústria dos joguinhos. Vote abaixo e nos ajude a escolher os vencedores de cada uma das 20 categorias que receberão a simbólica Fita de Ouro. Caso não consiga votar abaixo, clique aqui.