quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

#108 - Devil May Cry


No episódio de hoje, Desgraça e Ken-Oh falam sobre a franquia do caçador de demônios mais carismáticos dos videogames, indo do mais estilosos e frenéticos jogos até uns que fariam até o capeta chorar! Abordando a história, desenvolvimento e mecânicas de todos jogos da série, assim como dando suas primeiras impressões da demo de Devil May Cry 5.

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Jump Force


O Jump Force pode ser um pouco duro às vezes, talvez você não saiba disso, mas o Jump Force também cresceu sem console. Na verdade ele nunca conheceu nenhum de seus consoles, e nunca teve nenhuma compatibilidade em nossa geração. Mesmo assim eu nunca vi ele hackeado, ficar bugado ou se dar por travado, ele está sempre disposto a melhorar, ele quer ser GOTY, é o sonho dele e o Jump Force daria todas as suas vidas extras por isso sem hesitar. Meu palpite é que ele se cansou de carregar e decidiu fazer alguma coisa a respeito!

Algo histórico aconteceu em fevereiro deste ano, um jogo prometendo reunir todos os heróis da Shonen Jump, a aclamada revista de histórias em quadrinhos japonesa responsável por Dragon Ball, Naruto, One Piece e outros tantos mangás de sucesso no Japão e no mundo.


Obviamente as expectativas para tal game seriam altas e logo que os primeiros gameplays foram sendo soltos, as expectativas altas foram sendo destruidas, uma a uma, colocando o jogo como uma das apostas para o pior game do ano pelo Locadora TV.

Tudo começa com Freeza atacando Nova Iorque com um grupo de Venoms. No meio da batalha aparecem Goku e Trunks, que revive um civil atingido no meio da batalha. Quando Freeza vai embora, o humano revivido com um Cubo Umbras é levado até o QG da Jump Force, onde ele conhece o diretor Glover, que lhe explica que o mundo humano está colidindo com o mundo da Jump, o que faz com que uma série de vilões comecem a atacar o planeta. Agora é sua missão de derrotar essas vilões e descobrir a causa desse efeito que assola o planeta ao lado de vários heróis da revista.


Num primeiro momento você deve se unir a um dos três grupos de heróis principais, cada um herói principal de alguma série da Jump (Dragon Ball, Naruto ou One Piece) e alguns personagens secundários de outras revistas. O QG da Jump Force funciona como um lobby que também lhe permite conhecer outros jogadores do game quando no modo online.

A partir daí você pode engajar em lutas online, missões principais, missões alternativas e afins. O QG é grande, mas você pode usar “meios de locomoção” como a cadeira-nave do Freeza e o sapo do Naruto. Todos sem animação e aliás, já vamos entrar nesse ponto.

Além de todos os personagens parecerem mais bonecos firulas de alguma barraquinha de R$ 1,99 qualquer, o game é muito mal animado. Os veículos, por exemplo, parecem parados na tela enquanto o cenário se move. A animação de caminhada do personagem é chula e as cut scenes parecem terem sido feitas por algum estúdio que faz filmes 3-D vagabundos lançados diretos para DVD. 


Fora as animações e a feiúra que é esse jogo há ainda uma quantidade imensa de loadings na tela para praticamente tudo. Entre iniciar uma missão, ver a cut scene e começar a batalha, há pelo menos 2 loadings, isso se a cut scene não se dividir em mais de uma. Numa média, a cada 1 minutos há 1 loading no game.

Jump Force, apesar de não ser um RPG, inclui um sistema de nível em todos os personagens, o que faz com que as lutas contra os vilões se tornem cansativas com o passar da história, afinal eles ganham poder num espaço de tempo muito menor que você, forçando-o a realizar as missões aleatórias pra ganhar mais níveis. Isso aumenta a dificuldade e diminui a diversão.
Mas afinal, tem como se divertir com Jump Force?


E como!

Apesar de todos os defeitos, o game reúne todos os personagens mais conhecidos dos mangás da Jump e até alguns não tão conhecidos. De Dragon Ball, Naruto e One Piece, até Black Clover, Boku no Hero Academia e até Death Note, passando por Bleach, Hunter X Hunter, Yu Yu Hakusho e Cavaleiros do Zodíaco. 

Para quem é fã de animes, o jogo é um prato cheio de nostalgia. E apesar dos gráficos serem ruins, o que os desenvolvedores não gastaram nos personagens e cenários, gastaram nas animações dos golpes especiais, chegando a compensar o que não foi feito com o resto do game. Até mesmo personagens improváveis como o Kilua e o Yugi te deixam com vontade de jogar devido aos seus golpes especiais.



A história do game tem sofrido críticas e, de fato, ela é muito rasa, no entanto, isso foi realizado com a intenção de simular um verdadeiro mangá shonen. Lutas repetitivas, diálogos sem conteúdo, história abandonada por muito tempo a fim de deixar o jogador lutando com uma ampla gama de vilões e heróis que sofreram lavagem cerebral por muito tempo e um final com plot twist previsível e gancho para uma continuação. É o enredo típico de todo mangá shonen por aí. Uma homenagem digna de nota!

Fora que as animações servem de material para momentos muito engraçados, embora seja um humor não-intencional. É impossível não rir a primeira vez que se invoca o sapo para andar por aí.

Como não rir dessa joça?

Olha, o Jump Force pode ser um pouco duro as vezes, mas em qual outro jogo você poderá colocar o Goku ao lado do Yukisuke e do Kilua para enfrentar o Freeza, o Toguro e o Hisoka? Só em Jump Force, um jogo digno de se entrar para o panteão de games que, de tão ruins, se tornam queridos, engraçados, cults.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Homo Evolution


Lembram do Human Evolution? Pois é, alguma empresa teve a cara de pau de copiar aquele game descaradamente e vende-lo de forma até fraudulenta.


Homo Evolution é basicamente a mesma coisa de Human Evolution. Você começa o jogo com um par de bactérias que ao serem unidos se transformam em outro ser. Com mais um ser, você tem um par e ao uni-los, consegue outro ser e assim por diante numa cadeia semi-infinita rumo a conquista dos planetas.


A diferença é que esse jogo conta com gráficos que lembram algum desenho do Cartoon Network e isso deixa ele um pouquinho mais engraçado que o outro. Aqui o objeto é quase fazer uma sátira do outro game. Os personagens são mais escrachados e claramente o game não se leva a sério.

No entanto, a sátira deveria se concentrar na jogatina e não apenas no estilo do game, pois o game continua sendo igualmente abusivo. Sem um apk modificado continua sendo praticamente impossível avançar até o final do game, que tem a mesma premissa, conquistar o planeta com um ser superpotente, podendo escolher entre 4 linhas evolucionárias diferentes.

O jogo até que é divertido, principalmente por não se levar tal a sério quanto Human Evolution, mas é uma cópia descarada.






sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Review - Dead Space


Em 2008, quando a EA tinha alguma moral e a Visceral Games estava viva, tivemos o surgimento de uma nova IP que traria uma experiência de "horror sci-fi" digna, pegando influência de filmes do gênero e jogos de survival horror, tivemos Dead Space, que apesar de ter muitas inspirações, trouxe algo novo para o gênero.

Já sabemos o destino da série hoje em dia, Dead Space 3 não agradou muito e a Visceral foi extinguida em 2016, então lembrarei desse clássico enquanto choro a morte da série e amaldiçoo a EA por serem um bando de sanguessugas.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Review - Tetris 99

   No Nintendo Direct desta quarta feira, 13/02, dentre vários anúncios de jogos novos e trailers de outros já aguardados a algum tempo, Tetris 99 apareceu do nada como um game exclusivo para assinantes do programa online do Nintendo Switch.. Muitos aguardavam os jogos de SNES virem para o console e, apesar de se decepcionarem nesse ponto, peço a vocês que não ignorem essa ideia inusitada de um battle royale de Tetris.

 


terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Review - Resident Evil 2 Remake



Em 21 de Janeiro de 1998 chegava às prateleiras Resident Evil 2, a queridinha sequencia do popular survival horror de Shinji Mikami. Quem tinha um PlayStation curtiu o jogo que trazia os novos protagonistas, Leon e Claire, enfrentando os zumbis e armas biológicas que, dessa vez, estavam por toda a cidade de Raccoon City. O primeiro jogo da série foi refeito e lançado em 2002 exclusivamente para o Gamecube trazendo gráficos belíssimos, novas mecânicas e cenários fazendo dele um ótimo remake que poderia ser continuado com Resident Evil 2 e 3, mas esses ficaram de fora da brincadeira. Por muito tempo os fãs estavam loucos para revisitar a delegacia, as ruas, as passagens subterrâneas e laboratórios abandonados de Raccoon City com um visual melhorado. Então, em 2015, a Capcom anuncia o que estávamos esperando durante todo esse tempo: o remake oficial de Resident Evil 2.


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Hill Climb Racing 2


Hill Climb Racing foi um dos primeiros jogos que resenhei aqui no Locadora TV, no longínquo ano de 2016! E eis que quase 3 anos depois, encontro seu sucessor na PlayStore, o Hill Climb Racing 2.

O jogo novo segue a premissa do primeiro, mas com diversas mudanças. Nesse jogo você começa controlando o mesmo carinha do primeiro jogo, mas numa corrida contra outros adversários baseados em jogadores reais que fizeram login no game. Você corre contra o “fantasma” de outros jogadores em corridas ranqueadas, que lhe permitem desbloquear novos carros e novos itens para te ajudar a alcançar altas velocidades.

 
Para os entusiastas desse game tão divertido, o antigo modo de jogo ainda existe, que é a corrida infinita por diferentes cenários. Cada cenário pode ser comprado com a moeda de jogo, que pode ser adquirida tanto nas corridas quanto por microtransações. 

Infelizmente, o sistema de ranqueamento do jogo não é muito bom. Ele te dá poucos pontos por vitórias e você acaba tendo que repetir as corridas várias e várias vezes tornando o processo tedioso. O game também pode bugar e você perde pontos de ranqueamento, aí é pior ainda. Enfim, a jogatina foi gravemente prejudicada com o sistema de ranqueamento.

Os gráficos são os mesmos, praticamente. Há algumas mudanças na tela, como, por exemplo, há o mostrado de RPM, junto do de combustível, mas continua seguindo o estilo cartunesco do primeiro game. Fora que há a possibilidade de mudar o seu personagem com as diferentes opções de customização do jogo.

Enfim, Hill Climb Racing 2 é uma continuação decente. Seu sistema de ranqueamento é miserável, mas a modalidade de corrida infinita continua a agradar, servindo de digna continuação a um excelente jogo de corrida para mobile.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

#106 - Mortal Kombat


CHOOSE YOUR DESTINY! 

Hoje, os defensores da Terra: Belo, Desgraça e Ken-Oh; se juntam para entrar nesse embate sangrento entre ninjas, robôs, atores e monstros de stop-motion, é hora do MORTAL KOMBAT. Falaremos da origem da série até a geração PS1, abordando a história da franquia e o impacto dela no mundo todo, assim como o início da decadência da série de jogos de luta mais violenta de todos os tempos.

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terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Review – Fist of the North Star: Lost Paradise

 
 Escrito por Ken-Oh

Hokuto no Ken é um dos mangás mais prestigiados no Japão. Com a primeira aparição em 1983 na revista Weekly Shonen Jump, o mangá roteirizado por Buroson e desenhado por Tetsu Hara apresenta um mundo pós-apocalíptico arrasado pela guerra onde somos apresentado a Kenshiro, herdeiro da arte assassina conhecida como Hokuto Shinken, uma técnica com mais de 1800 anos de história e que consiste em acertar os pontos vitais de seus oponentes faze-los explodir. Após ter sua noiva sequestrada, Kenshiro sai em uma jornada para encontrá-la enquanto arrasa os inimigos no caminho. Com uma mistura de Mad Max e Kung Fu e direito a muitas referências cinematográfica, a obra fez grande sucesso no Japão, sendo cultuada até hoje.

Logicamente com o sucesso vários produtos da serie surgiriam e isso significa que jogos de vídeo games estão inclusos. Hokuto no Ken teve uma lista imensa de jogos, mas de uns tempos pra cá eles estavam bem escassos. Até que em 2017 a Ryu Ga Gotoku Team, a equipe responsável pela serie Yakuza, anunciou o jogo Hokuto Ga Gotoku, conhecido aqui no ocidente como Fist of the North Star: Lost Paradise. Como fã de Hokuto no Ken e Yakuza fiquei extremamente surpreso e feliz com a notícia e logicamente que não pude perde a oportunidade de jogar.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Um problema do jornalismo de games atual


A Girl Adrift


Este jogo disponível apenas para Android (CHUPA IPHONE!!!) se vende como um RPG de pesca num mundo aberto. Jogos de pesca existem aos montes e, na minha opinião, são mais chatos que pescaria, porque na pesca, de verdade, você fica lá com o pessoal, bebendo, conversando, calmamente,  sem euforia, sem conversa fiada. É uma prática verdadeiramente filosófica. Jogos raramente conseguem ser uma prática filosófica, jogos de pesca menos ainda. Sabendo dessa dificuldade, os produtores de “A Girl Adrift” resolveram pular essa parte e partir para a aventura, encaixando diversos elementos de RPG a jogatina, o que torna essa game mobile um dos jogos mais divertidos que entrei em contato nos últimos tempos.

 
Em “A Girl Adrift” você encarna uma menina, literalmente, à deriva no oceano do extremo oriente. Sem história, sem roupas, munida apenas de uma vara de pesca de bambu e um pedaço de madeira boiante, você é colocado para pescar peixes e cumprir objetivos para um garoto numa cidade alagada. Aos poucos, você aprende que o mundo inteiro foi alagado, as cidades, capitais do mundo, são apenas pequenas localidades onde você recebe missões e pode comprar itens para melhorar o seu barco, equipamento e mudar sua aparência.

A cada peixe que você captura, ganha itens, que valem como uma moeda de troca nesse mundo distópico, além de ganhar experiência que te ajudam a avançar de nível. Conforme você avança de nível, novos itens, habilidades e cidades são desbloqueados e são tantas variáveis que é difícil se concentrar nos mais importantes, então vamos por ordem de descoberta.

Primeiro temos a vara de pesca e o barco, itens essenciais que irão mudar a facilidade com a qual você pesca e a velocidade com a qual você navega pelo mapa. Além da moeda de troca simples, uma espécie de concha, que você obtém através da pesca e paraquedas que aparecem na tela durante a jogatina, outras moedas irão aparecer, pérolas, escudos e ouro. As conchas servem para melhorar os seus itens de pesca, as pérolas servem para comprar itens que mudam sua aparência (roupas,  cabelos e afins, que servem para facilitar sua vida de pescaria), escudos melhoram suas habilidades, enquanto que o ouro serve para melhorar locais específicos no mapa, que te dão vantagens como facilidade de captura, mais nível com cada pesca e recompensas maiores.


Além disso temos os NPC’s, também diferentes, mudando de acordo com a localidade, por exemplo, no extremo oriente temos um garoto de cabelos escuros e pele clara, na Oceania, um canguru e por aí vai. Eles te passam missões, que vão desde capturar um número específico de um determinado peixe, até enfrentar chefões.

Os chefões, peixes específicos de cada localidade, que são piadas mesmo, como peixe-bota em Hong Kong. Eles não exigem muito no começo, mas conforme você avança para o oeste, eles se tornam fortes demais e aí você tem que ficar navegando pelo mapa para poder evoluir de nível.

Como deu pra perceber, é um jogo com todas as características de um RPG e, de fato, se você gosto desse tipo de jogo, tem tudo para gostar dele, mas além disso, há um ponto que chama a atenção: o mundo aberto. Não é como se fosse um 3D onde você vai para onde quiser, mas é um mundo enorme, em que as viagens tomam tempo e para facilitar a sua vida temos todos os upgrades de velocidade, mas conforme você avança e encara chefes mais fortes, terá que ficar algum tempo em viagens longas, mas nada enfadonho.

Como eu já disse, “A Girl Adrift” foi um dos jogos mais legais que tive o prazer de jogar esse ano e cumpre tudo que promete, além de oferecer muito a mais.