quarta-feira, 22 de junho de 2022

Minhas maiores surpresas com o Switch - Xenoblade Chronicles 2

   Vídeo games podem ser mais do que puro entretenimento, nós gostamos também é de conversar sobre o assunto, seja para falar sobre jogos novos ou descobrir segredos dos clássicos. Essa discussão, seja em grupos, fóruns ou mesa de boteco faz parte da experiência, quase como um modo extra que todo game proporciona. Tudo isso faz parte da experiência e, inclusive, é o motivo de este pacato blog existir.

   Um outro lado deste hobby são as gratas surpresas que temos ao descobrir um jogo ou franquia nova que acerta em cheio o seu gosto pessoal e a sua vontade do momento. Estes jogos não são necessariamente os melhores, mas ficam para sempre marcados na memória emocional. Não importa se estes games já tinham certa fama, são indies e publicação própria ou grandes novos lançamentos, mas volta e meia algum fisga um jogador inesperadamente.

   Pensando sobre os 5 anos do Switch e também sobre o que está já anunciado para chegar, percebi que o híbrido da Nintendo me proporcionou vários momentos desses, principalmente por ter ficado longe dos consoles de mesa por uma geração. Então, resolvi aqui listar 6 jogos, exclusivos ou não, que me surpreenderam por um motivo ou outro durante meu convívio com o Nintendo Switch até o momento.


   JRPGs costumam ser jogos de nicho. Tirando algumas exceções como Final Fantasy VII e Persona 5, não é tão comum games como esses chamarem atenção de pessoas não adeptas, como eu. O que então fez com o que eu me interessasse por Xenoblade Chronicles 2 perto do seu lançamento em 2017? O simples fato de que eu estava consumindo quase todo lançamento relevante do Switch naquele ano e fico muito contente de ter dedicado meu tempo para esta série.

   Xenoblade Chronicles é uma série que começou no Wii e tem suas origens em Xenogears, lá do PS1. Eu acho... A cronologia histórica desta franquia é uma loucura, mas podemos dizer com certeza ao menos que a Monolith Soft vem lançando a saga Xeno desde 1998. E foi apenas em 2017 que ela chegou até mim.

   Me lembro bem de assistir os trailers nos meses antecedentes ao lançamento e ficar ao mesmo tempo intimidado e impressionado com a quantidade mecânicas presentes apenas no sistema de batalha. Em cada teaser aparecia uma coisa nova e essa sensação permanece inclusive durante o jogo, apresentando tutoriais de novas possibilidades mesmo após mais de 10 horas de jogo. Ao mesmo tempo tudo se encaixava e não dava a sensação de excesso.

   Ao começar o jogo já se percebe um grande foco também na história, algo que sempre tende a me atrair, e comprei a ideia apresentada logo de cara. Isso foi necessário para me prender nas quase 60h de jogo e evolui muito no desenrolar do game, saindo de uma simples missão de chegar ao ponto X do mapa e indo para reflexões sobre a criação dos seres e manutenção do mundo em que vivem. Como eu já disse antes, uma loucura.

   Outro ponto que me fisgou foi o mundo de Alrest, que é super interessante e tem um conceito que eu ainda não tinha visto antes em outra história de ficção. Um mar de nuvens sem terra nenhuma e habitado por titãs em constante movimento, que servem como continentes e moradia para toda a vida, tudo isso centrado por uma árvore gigante que dizem se elevar até o elísio, não é algo que se vê em qualquer história.

   Xenoblade Chronicles 2 rapidamente se tornou uma obsessão que era potencializada a cada novo capítulo com reviravoltas na história e cenários únicos mantidos unidos com uma trilha sonora fantástica e um esquema de batalha complexo e recompensador.

   Comentei na minha review do jogo, na época lançada na Revista Locadora #2, alguns problemas que eu tive com o game, especificamente com algumas mecânicas de sincronização das blades (que, para explicar rapidamente, são as personagens que dão poder aos personagens humanos, mas que também são humanoides ¯\_(ツ)_/¯), mas eu já nem me lembrava mais dessas coisas. Isso porque a memória afetiva de um jogo que surpreende sempre vai guardar muito mais as coisas boas.

   Música, história, cenário, mundo, combate etc. são todos aspectos que me encantaram em Xenoblade Chronicles 2. E o melhor de tudo isso é que teve mais! A DLC Torna~The Golden Country (que também escrevi review) foi lançada menos de um ano depois contando um flashback e reinventando o sistema de batalhas, o deixando um pouco mais fácil, mas ainda assim se mantendo em par na qualidade total com o jogo original.

   Após isso tudo ainda pude jogar o primeiro game, que foi relançado para o Switch em 2020 e ainda espero ansiosamente que Xenoblade Chronicles X saia do purgatório que é e foi o Wii U. Xenoblade Chronicles 2 me fez fã de uma série que eu praticamente não sabia da existência, que estava fora da minha zona de conforto e que aparentava ter uma barreira de entrada grande, isso boa parte pelo fator surpresa proporcionado e que era alimentado a cada nova virada na história. 

   Agora estou ansiosamente no aguardo do número 3 da franquia, que na verdade é o quarto jogo, em julho deste ano e não espero menos do que mecânicas de combate complexas, música nota 10, narrativa cheia de reviravoltas e uma crise existencial no fim de tudo, porque foi assim que a série Xenoblade me acostumou.

terça-feira, 7 de junho de 2022

Review - Gnosia


Um simpático joguinho lançado para o PSVita em 2019, fiquei de olho em Gnosia desde que anunciaram sua chegada ao falecido e esquecido portátil da Sony. Felizmente, o jogo recebeu um port para Switch em 2020, bem como uma localização para inglês mais tarde, além de ter sido lançado na Steam em 2022. 

A proposta resumida é “um Among Us Visual Novel singleplayer”, claro que indo além disso, mas isso em si já é um chamativo. Definido como um Social Deduction RPG, inspirado no jogo de dedução "Lobisomem", ou "Mafia", você é um humano no meio de uma tripulação de uma nave viajando pelo espaço, e no meio disso há um Gnosia, um ser alienígena misterioso que "infecta" alguém do grupo e quer eliminar os outros.

O protagonista, que é apenas um avatar do jogador, entra em um debate com os outros tripulantes, tentando encontrar quem é o alienígena, o que é bem difícil inicialmente. Após o debate, alguém, que é votado por ser suspeito, é mandado para o sono criogênico, mais um ciclo se passa e vemos no próximo dia que uma pessoa foi assassinada, o que conclui que a ameaça ainda está a solta. Observando os comentários e padrões de cada personagem, procurando não ser acusado também, é a chave para encontrar a Gnosia.

quinta-feira, 2 de junho de 2022

O que rolou na State of Play

Nessa Quarta Feira(02/06) rolou mais uma edição do evento da Sony, o State of Play. Foi uma edição curta, de meia hora mas teve bastante conteúdo. Vou listar aqui o que achei dos grandes anúncios.

Resident Evil 4

Começando com o pé na porta, o remake de Resident Evil 4 foi anunciado oficialmente acabando com todos os rumores. O trailer recria momentos icônicos do jogo original e mostra que o tom segue a risca o que foi estabelecido no remake do segundo jogo da série sendo algo mais sóbrio. No post do jogo no Playstation Blog, a Capcom descreve essa nova versão de RE 4 "Desta vez, o jogo está sendo desenvolvido para alcançar qualidade de última geração para um survival horror adequado para 2023, preservando a essência do jogo original. Nosso objetivo é tornar o jogo familiar para os fãs da série, ao mesmo tempo em que fornecemos uma sensação nova a ele. Isso está sendo feito reimaginando o enredo, mantendo a essência de sua direção, modernizando os gráficos e atualizando os controles para um padrão moderno".

O trailer é excelente, Resident Evil 4 sendo recriado na incrível RE Engine com gráficos fotorealistas é algo que sempre me fez ficar ao lado da ideia de fazer um reinvenção de um dos maiores jogos de todos os tempos(e um dos meus jogos favoritos), e o jogo ser descrito como um survival horror em vez de um jogo de ação como no original chama ainda mais minha atenção, resta saber como tudo isso vai se desenvolver mas adorei tudo que foi apresentado e amei os novos designs dos monstros clássicos e personagens. A Capcom confirmou que "muitas pessoas" que trabalharam no excelente remake do 2 voltaram para trabalhar nesse remake do 4, o que é algo animador.

Jogos para PSVR 2

Sou um entusiasta da tecnologia de realidade virtual mas admito que a maioria dos jogos até agora parecem mais joguinhos de navegador do que jogos de verdade, então foi com imensa felicidade que a Capcom anunciou que o excelente Resident Evil Village terá uma versão para o Playstation VR 2. Jogar Resident Evil 7 no primeiro PS VR foi uma experiência incrível e um nível de imersão que nunca tinha experimentado em nenhum outro jogo,  mal posso esperar para rejogar o Village nesse formato.

Teve também um trailer para Horizon Call of the Mountain, o jogo da franquia Horizon que será lançado exclusivamente para VR 2. O universo de Horizon é bem rico e ser imerso nesse ambiente parece ser bem legal, mas a gameplay não me parece muito interessante.


Foi anunciado também a sequência do excelente The Walking Dead: Saints and Sinner. O primeiro jogo é provavelmente o meu jogo favorito que foi feito exclusivamente para o VR, a gameplay é bem diversa e a história muito boa, ainda bem que fizeram a sequência. Teve a versão de PSVR 2 para No Man's Sky 2, mas realmente não liguei pra isso mas é um jogo com muitos fãs.

The Callisto protocol

Dirigido por um dos produtores do Dead Space original, Callisto Protocol é um dos jogos que eu tenho mais interesse em jogar esse ano por eu ser fã de Dead Space e fã de jogos de terror, além do mais os trailers do jogo são bem bons e parece ter herdado completamente o estilo Dead Space de horror, o jogo é estrelado pelo ator Josh Duhamel(Transformers). Gostei demais do trailer

Street Fighter 6

Tenho mais de 100 horas jogando Street Fighter 5 e amo esse jogo que a comunidade parece odiar, então o trailer de Street Fighter 6 mostrou alguns trechos de gameplay que me agradaram bastante, o estilo de arte do jogo eu acho muito bonito, a gameplay  parece seguir o estilo um pouco mais cadenciado do 5 o que me agrada.

Final Fantasy XVI

Sou fã de longa data da franquia Final Fantasy e apesar de não ter gostado muito de Final Fantasy XV(enquanto mundo aberto é um jogo excelente mas quando entra na fase linear ele vai por água abaixo), eu acho que sempre vou ficar ansioso por um novo da série, ainda mais quando tem grandes nomes envolvidos como o produtor de longa data da franquia Naoki Yoshida(o revival de Final Fantasy XIV) e o diretor por Hiroshi Takai(The Last Remnant).

Primeira coisa que chama atenção é o quão bonito o jogo é e a maneira que ele evoluiu em relação as texturas e gráficos comparando com o trailer de anúncio, a segunda coisa é o sistema de combate que é bem mais rápido do que vimos no FF XV, se aproximando mais de Devil May Cry do que qualquer outro Final Fantasy. O sistema de summons com cada personagem podendo summonar sua própria criatura parece ser bem legal e o design dos monstros é íncrivel e parece ser algo mais assustador do que os visuais edificantes de Final Fantasy XV. Adorei o trailer desse jogo.

Outros anúncios e considerações finais

-Tivemos o anúncio que Spider Man Remastered chegará aos PCs em 12 de Agosto junto com a expansão estrelada pelo Miles Morales. Mais umas milhões de cópias vendidas para os bolsos da Sony. Acharam uma mina de ouro.

-Stray, o jogo do gatinho em um mundo cyberpunk sairá diretamente para a nova PS Plus da Sony. Excelente notícia. Chegará dia 19 de julho.

-Rollerdrome, um jogo que mistura patins com lutas que chega no dia 16 de Agosto. Me lembrou Rollerball.

-Eternights é um jogo estilo anime com ação e romance que será lançado ano que vem.

-Tunic: Jogo indie canadense de ação e aventura com uma arte belíssima chegará para o Playstation 4 e 5 no dia 27 de Setembro. Business Cat(@BusinessCat0) disse pra todo mundo jogar pois o jogo é excelente. Então JOGUEM.


Esse foi o melhor State of Play da história. A Sony em trinta minutos fez o que muitas empresas(e até ela mesma em algumas ocasiões) não conseguiram fazer com o triplo do tempo. Anúncios grandes, trailers empolgantes e sem enrolação. Em pouquíssimo tempo a Sony conseguiu pavimentar o futuro do Playstation 5 de maneira brilhante.