sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Review - Torna ~ The Golden Country

   Devo dizer que comecei esta DLC com altas expectativas. Eu havia gostado bastante do jogo original (você pode ler minha review na Revista Locadora #2) e estava ansioso para ver novos desenrolares de um mundo que me cativou tanto, ainda mais por esse trecho de história já ter sido mencionado e um pouco abordado em Xenoblade Chronicles 2. No fim das contas, me foi apresentado em Torna ~ The Golden Country uma excelente história de prequel.  



   Sendo a última parte do passe de expansão do jogo, Torna conta a história da guerra dos Aegis, 500 anos antes de Rex e companhia entrarem em cena, quando um grupo de amigos está indo atrás de Malos, uma blade que quer matar todos os humanos, pois essa, segundo o próprio Malos, seria a vontade do arquiteto (criador do mundo de Alrest) e da própria humanidade. 

   Essa DLC, também trouxe algumas inovações e novidades para a base do jogo. Para começar, temos um novo titã/continente, com criaturas e ambientes únicos e interessantes. Em segundo lugar, o sistema de navegação não me parece tão ruim, o que foi minha principal crítica à XC2. Mas o mais significativo foi um sistema de batalha simplificado e, na minha opinião, melhorado.


   As lutas do jogo original, apesar de eu gostar bastante de como foi esquematizado, são bem complexas, com diversas formas de combo, combinação de elementos e escolha de personagens certos para se utilizar em cada etapa. Já em Torna, apesar de ainda existir a maioria dessas coisas, algumas mudanças simples otimizaram e facilitaram a abordagem de cada briga. Agora as blades podem trocar de lugar com os drivers e assumir a vanguarda da batalha, e os combos elementais podem ser feitos em qualquer ordem (têm alguns outros incrementos além desses, mas não quero entrar em muitos detalhes). Essas coisas básicas podem parecer pouco, mas realmente fazem diferença e foram uma boa modificação para o DLC.

   Uma coisa que eu realmente não gostei aqui é que o game te força a fazer um número mínimo de side quests para avançar na história principal. Ora, se são side quests, não deveriam ser obrigatórias. A questão é que, conforme você vai fazendo essas missões, você vai evoluindo a sua comunidade e isso é bacana e tudo mais, você ganha itens e tudo mais, mas o jogo travar o seu avanço na história para te obrigar a fazer várias missões secundárias logo antes de partir para o encontro com o último chefe foi um pouco de mais para mim, pessoalmente, que costumo jogar esses jogos seguindo a história principal e sem muitos desvios.


   E, devo dizer, que história fantástica. Essa DLC funciona bastante bem sozinha e é possível jogá-la sem nunca ter encostado em XC2, porém, se você jogou o game original já, deve saber de alguns pontos principais da história. Em Torna, tudo aquilo que é apenas pincelado enquanto Rex e Pyra exploram Alrest, ganha uma nova profundidade, enquanto acompanhamos Lora e Jin se encontrando com Adam e Mythra e lutando lado a lado contra um mesmo inimigo. 

   Em uma entrevista para o Nintendo Life, o diretor do jogo ainda diz que tinha a intenção de botar esse trecho da história entre os capítulos 7 e 8 do jogo original, porém percebeu que ela seria muito extensa, então acabaram por resolver transformar em conteúdo adicional. Acho que foi uma boa decisão, pois possibilitou uma exploração melhor de todo o evento, que é de grande importância para a história daquele mundo, em um total 17 horas de gameplay (tempo que eu demorei pra finalizar) ou ainda muito mais, se você for explorar tudo que ele oferece. 

   No fim das contas, Torna ~ The Golden Country conta um trecho de história complementar excelente de um mundo que já era bastante interessante. Ele melhora algumas coisas que já eram boas de Xenoblade Chronicles 2, porém a questão das side quests quebra bastante o ritmo da história que, pra mim, é o principal fator tanto do jogo original quanto dessa DLC. Isso tudo mantém o nível do conteúdo em par com o que já se tinha e agrega ainda mais valor a um pacote muito bom, que vale a pena você experimentar, principalmente se for fã do gênero.

 
*A nota final não necessariamente é a média das categorias

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