segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Review - Europa Universalis 4 ou SURRENDER TO MY EMPIRE OR PERISH IN THE DARKNESS

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   Alguns anos atrás,quando eu era apenas um garotinho inocente e juvenil, estava escutando UM CERTO PODCAST FAMOSO quando um dos participantes, o GORDO GEEK (nome fictício completamente aleatório e sem base na realidade) falou algo que me deixou imensamente interessado: "um jogo onde você controlava países da Europa, e você podia ser excomungado pelo papa e se fuder." Ele estava falando de 'Medieval 2 Total War', como descobri depois nas minhas pesquisas nas internets. 

   Como eu na época nem tinha internet boa nem tinha um computador que rodasse esse jogo, tratei prontamente de esquecer os jogos da serie Total War. Foi quando vi no Google images um screenshot de um mapa da Europa, mas com países completamente diferentes. Nesse dia eu descobri 'Europa Universalis 3' e minha vida não foi mais a mesma. 




   Com o passar dos anos jogando Europa Universalis, primeiro o 3 e eventualmente o 4 (que jogo até hoje), aprendi muitas coisas. Alguns diriam um monte de fatos inúteis que não tem nenhuma utilidade prática, eu prefiro me ver como um nerd de historia. Mas chega de background,vamos ao jogo em si.

   Na tela inicial, que é um mapa da Europa que você pode dar zoom out e zoom in e ir pra outras partes como Ásia e África, você escolhe entre centenas de países, ducados e reinos no mundo inteiro. O ano inicial é 1444, mas é possível avançar no tempo até pouco depois da revolução francesa, com o jogo terminando em 1800 e alguma coisa. 

   Depois que você escolhe o país, você tem a opção de escolher se quer um jogo normal, onde se pode salvar sempre que quiser quantas vezes quiser, e o ironman mode, o modo pra jogadores veteranos que salva automaticamente em intervalos predeterminados e quando algumas coisas acontecem, então nesse modo não tem choro, perdeu não tem como carregar um save mais antigo e continuar.


   Feito as escolhas, é só clica em "play" e o jogo vai iniciar. Você começa com um exército que varia em tamanho, dependendo da nação que você escolheu. Algo muito importante é que há um limite desse tamanho, chamado de "forcelimit". Se você faz um exército maior do que o forcelimit, terá uma penalidade nada pequena na sua renda mensal. Penalidade essa que cresce exponencialmente. 

   A cada mês você ganha uma pequena quantia em dinheiro que serve pra pagar os soldados e que é possível juntar pra pagar buildings nas províncias. Sim, o seu reino é dividido em diversas províncias que tem um nível de autonomia variando de 1 a 100%. Quanto maior a autonomia menor o dinheiro que sua província vai produzir, mas menor o risco de uma revolta eclodir. Cada província tem também uma religião, que você pode converter enviando padres.

   A diplomacia é feita por um menu com várias opções, incluindo declarar guerra, pedir acesso militar, pedir para virar aliado, enviar presente (pra melhorar as relações diplomáticas) e a opção de royal marriage, onde você manda um parente do seu governante pra se casar com o parente do reino vizinho, melhorando assim as relações diplomáticas, e aumentando a chance de conseguir um herdeiro pro seu trono. Além dessas existem muitas outras opções que você eventualmente aprende jogando.


   A guerra é feita criando claims, que são algo como "reinvindicações", nas províncias dos inimigos. Quando você fez um claim, ganha o "casus belli", que é uma causa, ou um motivo de declarar guerra. Declarar guerra sem claim em nenhuma província nem nenhum casus belli vai te dar muita, MUITA dor de cabeça em forma de agressive expansion, que é uma penalidade diplomática com todos os seus vizinhos. Quanto mais perto o vizinho, pior é a penalidade. Acredite em mim, você não vai querer todos os seus vizinhos te odiando logo depois de uma guerra.

   A parte de religião é importantíssima. Como eu já disse, seu reino é dividido em varias províncias, e cada uma tem uma religião. As religiões tem certas vantagens e desvantagens, além de mecânicas diferentes. A religião católica, por exemplo, tem o papa, que pode te excomungar e te fuder sem cuspe e com areia. Se um cardeal seu é eleito papa, quem controla quem é excomungado É VOCÊ!!! SIM, VOCÊ!!! Além disso o papa tem o poder de declarar cruzadas contra religiões não judaico/cristãs. Isso é só uma das várias religiões que é possível se converter eventualmente em diferentes períodos da historia.

   Conforme vão passando os anos você vai evoluindo a tecnologia através de uma aba com "monarch points", que são de 3 tipos e é recebido um pouco por mês. Quando se junta uma certa quantidade, que é maior em países de fora da Europa, é possível evoluir a tecnologia.


   Há muitas coisas que eu não falei aqui e que você só vai aprender jogando. Europa Universalis 4 é um jogo excelente, complexo e que vai te garantir centenas de horas de diversão. Não é um jogo fácil, você VAI acabar morrendo nas mãos da Áustria ou da França eventualmente até aprender a jogar bem, é normal. Comece com países fáceis,como Inglaterra, França ou Portugal. Leia a 'eu4wiki', se cadástre no fórum da Paradox, o pessoal lá é super gente boa, os desenvolvedores escutam os jogadores, você pode acabar conversando até com o CEO da Paradox lá (sério).

   Enfim, se você gosta de história, se sonha em ser o imperador do mundo, se quer que o islã seja a única religião do mundo ou se quer que o mundo seja seu para mandar e desmandar, jogue esse jogo. Os gráficos são bonitos e você acaba aprendendo mais do que imaginava. 

   Nesse dia 11 de outubro de 2016 vai lançar outro DLC, então se você está lendo isso antes desse dia provavelmente o jogo está numa bela promoção, como é costume quando lançam as expansões. Existem bastantes DLCs, mas muitos são inúteis, então não precisa comprar todos. Só uns 4 se estiverem em promoção, que são os que mudam o gameplay. Comprem, não vão se arrepender.

Nota: 10

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