sexta-feira, 24 de março de 2017

Review - The Legend of Zelda: Breath of the Wild

   Por onde começar a falar de um jogo em que cada jogador descobre e faz coisas que os outros não chegaram nem a pensar? A quantidade de possibilidades de se resolver uma mesma situação em Breath of the Wild eleva muito a qualidade do jogo e o fato de você conseguir aplicar a maioria de suas ideias malucas de uma maneira funcional é algo que me impressiona a cada dia.

   O mundo, na minha opinião, é o grande personagem do jogo. É notável o cuidado que os desenvolvedores tiveram com cada mínimo detalhe e como tudo interage de forma natural sem a necessidade de o jogador intervir de maneira direta. Cada elemento do ambiente está presente por um motivo e cumpre sua função, cabendo a você decidir como se utilizar das vantagens e desvantagens oferecidas por ele.


   O conceito de mundo aberto vem sendo bastante explorado e desenvolvido por muitos jogos principalmente nas gerações de vídeo game mais recentes. Confesso que poucos jogos desse gênero me prendem (Skyrim sendo o melhor exemplo), mas o Breath of the Wild conseguiu de alguma maneira evoluir o que vinha sendo feito de maneira primorosa.

  Poder chegar em qualquer lugar que você pode ver, escalar quase qualquer parede e uma quantidade bem grande de segredos a serem descobertos por todo o mapa trazem uma dinâmica muito satisfatória para o game. Várias vezes eu poderia jogar apenas 15 ou 20 minutos e ligava o Zelda apenas para analisar o terreno, fazer essas pequenas descobertas ou derrotar algum campo de inimigos, coisa quase impossível de fazer nos outros jogos da série.

   Em questão de história, a base é a mesma de todos os outros Zeldas, mas com alguns incrementos que deixaram a escala do jogo bem maior. A progressão da história é totalmente arbitrária, uma vez que você pode andar pelo mapa todo a vontade e fazer o que quiser (podendo inclusive não fazer nada dela), mas o carisma dos personagens te deixa curioso o suficiente para perseguir as missões e recuperar a memória do Link, descobrindo o que aconteceu 100 anos atrás quando o Calamity Ganon apareceu.


   Por último gostaria de falar do visual do jogo. Breath of the Wild é uma prova que design de arte pode facilmente superar os gráficos realistas com mais pixels que a realidade, além de envelhecer muito melhor. Várias vezes eu simplesmente parava e ficava observando a vista sensacional que o game te proporciona, misturando cenário e clima de maneira incrível.

   Eu poderia me alongar muito mais mas já dei minhas primeiras impressões no bate papo que teve outro dia, ouça lá para saber um pouco mais. A nota tenho que admitir que demorei para me decidir. Inicialmente eu iria descontar alguns décimos por conta dos cavalos, que eu tive bastante dificuldade para controlar no começo, mas descobri que eu sou burro e tinha que criar afinidade com o animal para ele te obedecer direito. Então, não achei nenhum demérito significativo para tirar o 10 desse jogo.

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