quarta-feira, 11 de julho de 2018

Review - Resident Evil: Code Veronica X


Como uma das novas franquias mais populares da "quinta geração" de consoles, era esperado que Resident Evil deveria sair para os "novos consoles", mesmo após o lançamento do Dreamcast, a série ainda teve presença no Playstation 1 graças a Resident Evil 3: Nemesis, que originalmente era um spin-off e acabou virando um título oficial.

O jogo que se tornou Code Veronica, já estava sendo desenvolvido antes do 3, começou com a ideia de um port de RE2 para o Saturn, como ia ser uma tarefa muito difícil, resolveram fazer algo maior para o próximo console da Sega. A ideia era que Code Veronica fosse um exclusivo do Dreamcast, mas um ano depois, o jogo recebeu algumas adições e foi lançado para o PS2 como Code Veronica X, mostrando que a Capcom já não era confiável com exclusividades.

A história se passa após os eventos da "trilogia original" de Resident Evil, Claire Redfield continua em busca de Chris, seu irmão, que foi para Europa investigar mais a fundo a Umbrella, o que leva Claire à invadir uma base da Umbrella em Paris, infelizmente, ela é capturada e levada para a ilha Rockfort, onde fica presa até ocorrer um ataque aéreo. Claire é liberada da prisão mas ainda está presa numa ilha repleta de zumbis e outras armas biológicas, e também outro prisioneiro sobrevivente, Steve Burnside, um personagem deveras irritante e com uma dublagem que acentua mais isso.

Rockfort não é apenas uma base da Umbrella como o lar da família Ashford, que tem envolvimento direto com a criação das armas biológicas da série. Junto disso, são introduzidos os antagonistas: Alexia e Alfred Ashford, irmãos gêmeos e os últimos descendentes da família. Toda a história da família Ashford e seu envolvimento com a Umbrella é um dos destaques do jogo, principalmente pra quem jogou os Resident Evil anteriores.

Mas ele não deixa de ser aquela tosqueira de Resident Evil, com diálogos ruins, dublagem bizarra e agora, acrescentando ao pacotão de filme B, cenas de ação exageradas com direito slow-motion e etc. Não são tantas quanto os jogos posteriores, e não tão exageradas, mas aí foi o começo.


O importante é que Code Veronica ainda mantém o clima de terror, a ilha Rockfort é cheia de segredos, zumbis e outras criaturas bizarras, não que tudo seja bem feito, muito pelo contrário, a área inicial do jogo é bem grande e te obriga à ir em locações distantes pra pegar um item e avançar. Acho que isso deixa o jogo bem monótono, principalmente considerando que você tem que jogar com dois personagens diferentes nas mesmas locações, claro que há mudanças consideráveis, mas vendo como foi feito nos Resident Evil anteriores, mostra que poderia ser facilmente melhor.

Outro aspecto que deixa essa exploração um pouco menos interessante são os cenários, que ao contrário dos antigos, não são pré-renderizados, tudo é feito em 3d. Enquanto os modelos dos personagens continuam bem feitinhos, os cenários são bem simples, sem detalhe, e geralmente, tudo no jogo é escuro, então mesmo que o ambiente mude, muitas vezes parecem a mesma coisa.

Não houve nenhuma mudança drástica de jogabilidade em Code Veronica, os controles continuam sendo estilo "tanque" e o foco ainda é em exploração e gerenciamento de recursos, diria até que o jogo é bem fácil no início, a faca é extremamente útil em tombar zumbis e te poupa bastante munição, que vai ser bem útil mais pra frente devido a alguns inimigos, como o 'Bandersnatch', um monstro capaz de atacar a longa distância com seus braços que se esticam, que, sem dúvida, é um dos inimigos mais chatos do jogo.


Apesar do pulo pra uma nova geração, Code Veronica não muda muito da fórmula de Resident Evil clássico, e talvez esse seja seu maior problema, a maioria das coisas que ele faz, foram feitas melhores anteriormente, logo não tem nenhum aspecto de jogabilidade dele que seja marcante, enquanto em termos de história, ele se destaca através do background interessante da família Ashford, que contribui bem ao clima assustador do jogo e toda trama da série.

Code Veronica ainda vale a pena para qualquer fã dos antigos Resident Evil, mas talvez não seja a melhor porta de entrada pra essa parte da série, é sem dúvida um bom jogo, só que não faz frente aos anteriores e muito menos ao próximo jogo da série principal.

Nota: 7

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