quinta-feira, 7 de março de 2024

Tekken 8 - O Bom e Velho Tekken

Entre as diversas franquias de jogos de luta no mercado, acredito que Tekken é a mais consistente. Por mais que haja alguns altos e baixos, desde 1995 existe algum Tekken nos consoles da geração e são jogos bons, no geral. O penúltimo título da série, Tekken 7, foi um novo ápice para o Rei do Punho de Ferro, pois foi onde ocorreu uma nova era para a série, se você viu Tekken 5, 6, Tag Team 2 e Revolution, eram basicamente jogos com a mesma base e modelos de personagens, e não era à toa que Tag 2 tinha tanto conteúdo.

O que Tekken 7 chegou com uma cara nova, foi a estreia da série no PC e trouxe um novo apelo competitivo global. Se você acompanhou os campeonatos de Tekken 7, sabe que há diversas histórias e momentos memoráveis, logo, a sequência dele era esperadíssima. Certamente, eu não queria ser Tekken 8, é um jogo cheio de responsabilidades e expectativas, e fora toda parte competitiva, ele é o primeiro jogo grande da série a não sair nos arcades, o que poderia ser um sinal de que sua primeira versão faltaria refinamento.

Outro fardo carregado por Tekken 8 é ser uma espécie de conclusão a um arco de história. Por mais que jogos de luta não tenham histórias incríveis e nem ao menos consistentes, e não se engane, Tekken também carrega essa culpa, há sempre algo interessante na narrativa, principalmente ao manter uma linha cronológica contínua, e dá ao menos pra se divertir com os finais palhaçadas, as lutinhas finais que são nível anime Shounen de porrada e outras bizarrices.

No título anterior, o foco era o embate entre Heihachi Mishima e Kazuya Mishima, onde Heihachi perde e é morto, levando ao conflito entre Jin Kazama e Kazuya, ou seja, mais uma luta entre pai e filho, e ambos portadores de um sangue demoníaco. Enquanto Kazuya abraça esse poder e utilizá-o para tentar dominar o mundo, Jin vive lutando contra seu capeta interior e quer parar os planos vilanescos de seu pai.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Demon's Souls - A Gênese de Souls

Demon's Souls foi o primeiro passo do que conhecemos como a linha “Soulsborne”, isso sem entrar dentro do subgênero de “Soulslike”. A From Software já tinha coisas similares como King’s Field e Evergrace, mas o que se tornou a base de Dark Souls foi Demon’s Souls. Lançado originalmente em 2009, ele foi um exclusivo do Playstation 3 e não foi publicado fora do Japão, até se tornar um dos jogos mais exportados para o console, o que foi o bastante para convencer que um lançamento oficial internacional valeria a pena.

A geração do PS3 foi marcada por mudanças bruscas que já estavam lentamente acontecendo na indústria há tempos. Os jogos ocidentais ficaram mais populares, assim como um game design mais “seguro”, coisas mais cômodas ao jogador, e mesmo os padrões de dificuldade foram se tornando superficiais. Então um jogo japonês que te joga num mundo desconhecido, entrega o básico da jogabilidade e deixa o jogador aprender como funciona tudo é algo que foi totalmente contra a onda de sua época.

Escrevi uma análise do primeiro Dark Souls há algum tempo e destaquei a parte da dificuldade. A série Souls trazia essa veia“old-school” ao ter os checkpoints distantes, inimigos respawnando após a sua morte e as almas, que servem como XP e dinheiro, com a possibilidade de perder todas elas. Demon’s Souls é mais punitivo ainda por limitar a sua vida total ao morrer, sendo recuperada ao matar um chefe ou usando um item específico e limitado.

Ao mesmo tempo que dificuldade é uma parte essencial de DeS, ele é consideravelmente mais fácil que boa parte da franquia, já que enquanto ele pode ser brutal em certos aspectos, o combate é um tanto mais simples. Escudos são úteis, desviar é mais fácil, poucos inimigos dão muito dano e o comportamento deles é mais simples, então é fácil circular alguns deles para acertar um backstab. Mesmo assim, o jogo não deixa de ser divertido e desafiante até para veteranos.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Prince of Persia: The Lost Crown - Alcançando um novo patamar

Apesar de uma notória popularidade, Prince of Persia entrou na geladeira da Ubisoft há uns 10 anos, dando algum sinal de vida há algum tempo com o remake de Sands of Time, que aparentemente se perdeu no tempo, e mais recentemente com essa nova vertente com Prince of Persia: The Lost Crown. Uma surpresa muito bem vinda, já que a Ubi entrou num loop de apenas títulos grandes.

O novo título é um retorno inesperado, e mesmo que apontem que é uma volta à “velha forma” da franquia, se referindo ao jogo original, esse título é um território incomum para PoP. Não posso garantir que é algo totalmente diferente do que a série já teve, visto que o primeiro já era um jogo 2D focado em exploração, mas não sendo algo tão adequado ao que chamamos “Metroidvania”.

Já na era da trilogia de Sands of Time, dá pra dizer que eles seriam metroidvanias, só que sendo 3D, onde praticamente não utilizam esse rótulo por algum motivo. Lost Crown não surpreende apenas por ser metroidvania, mas também por ser claramente inspirado por diversos jogos do gênero. Só de ver a câmera, movimentação do personagem e ataques dos inimigos do primeiro trailer, era clara a influência de Metroid Dread, e também há outras coisas.

Apontar essas semelhanças não é detrimento algum, e sim uma forma de identificar que os desenvolvedores estavam bebendo das fontes certas e havia um potencial enorme com esse renascimento. Até mesmo a pose imóvel do protagonista no mapa é uma pose bem “castlevaniaca”, digna de um herói imponente.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Alan Wake II - O Melhor da Remedy

Após ter uma experiência inesperada com o primeiro Alan Wake, um jogo com uma boa história e personagens, mas repetitivo demais e uma jogabilidade tão básica que não segurava umas 10 horas de campanha, a sequência me parecia bem interessante. Infelizmente, demorou tanto tempo pra chegar, tendo até a primeira versão da continuação sendo cancelada, só que de pouco em pouco, a Remedy conseguiu montar esse glorioso retorno.

Em 2023, Alan Wake II aconteceu, após 13 anos e levando em conta esse período para continuar a trama do antecessor, onde o protagonista homônimo, um escritor famoso, desaparece na cidade de Bright Falls. Alan encontrava partes de um manuscrito de um novo livro seu, porém não lembrava de ter escrito ele.

As páginas narram o desaparecimento de sua esposa, e o ataque de misteriosas criaturas tomadas pelas sombras nesta cidade do interior. No final, ele fica preso em uma dimensão das trevas chamada de “Lugar Obscuro”, escrevendo uma nova história para a entidade nomeada “A Presença Obscura”, enquanto Alice estava “salva”. A sua habilidade de escrever ficção é usada para alterar a realidade e fazer os desejos desse ser maligno.

Treze anos depois, os agentes do FBI, Saga Anderson e Alex Casey, investigam um bizarro assassinato ocorrido nas proximidades do lago Cauldron, em Bright Falls, onde um homem é encontrado nu, com um buraco na barriga e o coração arrancado. Saga é a co-protagonista, investigando a cidade e tentando desvendar o assassinato, o que leva ao desaparecimento de Wake e um aparente culto macabro na cidade. Enquanto isso, Alan está preso numa espécie de loop dentro do Lugar Obscuro, procurando um meio de sair.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

BackTracking #14: Os Melhores de 2023



Mais um ano se vai e finalizamos com a tradição de um podcast falando sobre os melhores jogos. Desgraça, Business Cat, Guarda Belo e Clint se reunem para falar sobre os melhores, uns nem tanto, títulos de 2023. E mesmo que ninguém tenha jogado Baldur's Gate 3, o podcast ainda teve quase 3 horas.

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BGM:
In the Pocket - Bomb Rush Cyberfunk
Sympathy for the Wolves - King of Fighters XV
Dungeon Freakshow - Pizza Tower
space - Pizza Tower
An American in Paris - Flower, Sun and Rain
Paul's Miracle Deathfist - Tekken 2 PSX
Sharp Eyes - Street Fighter III 2nd Impact
Virtual Paradise - Neon White
Bounce Upon A Time - Bomb Rush Cyberfunk
Eagle Eyes - Pocket Bravery
Four Red Masks - TMNT: Shredder's Revenge
And That Makes Me Booster - Super Mario RPG Remake
Forgotten Jade - Bloodstained: Ritual of the Night
Staff Roll - Mario Kart 8 Booster Course

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Alan Wake - O Jogo de Não Terror

Adormecido há anos na minha biblioteca da Steam, resolvi finalmente jogar Alan Wake devido ao lançamento da sequência no mês que vem. Alan Wake foi originalmente lançado para o Xbox 360 em 2010, recebendo um port para PC no ano seguinte, esse que joguei agora, não a versão remasterizada.

Ele foi o primeiro jogo da Remedy Entertainment após Max Payne 2, tendo similaridades em sua estrutura narrativa e outras coisas. Primeiro que o jogo tem o nome do protagonista, esse sendo um sujeito que narra sua própria jornada e essa história é focada num laço familiar. Enquanto Max vive com a dor da sua família assassinada, Alan procura sua esposa perdida pelas trevas. Outros títulos da Remedy, Quantum Break e Control, também possuem alguns desses elementos.

Alan Wake se vende como um “thriller psicológico” onde o protagonista homônimo, um famoso escritor, vai passar um tempo de férias com sua esposa, Alice, em uma cidade do interior chamada Bright Falls. Alice desaparece e Alan começa procurá-la pela noite, então a própria escuridão começa atacá-lo, dominando objetos e criando pessoas cobertas de sombras.

terça-feira, 29 de agosto de 2023

Street Fighter 6 - Lutando pelo Futuro

Após dois lançamentos fracos com Street Fighter V e Marvel vs. Capcom: Infinite, a Capcom estava em águas frias no território de jogos de luta. Enquanto o último MvC morreu sem ter uma segunda chance, SFV foi lentamente se recuperando com conteúdo mais robusto no single player e o suporte básico de temporadas. Além de providenciar novos personagens, cenários e mecânicas, especialmente com a Champion Edition e a quinta temporada, essa onde tivemos apresentações bem feitas e mostrando a equipe de desenvolvimento sendo bem clara e direta com a direção do jogo.

Eventualmente, esse time mostrou Street Fighter 6, que pareceu um grande passo para franquia após tempos. SF6 é dividido em três modos: World Tour, Battle Hub e Fighting Ground. World Tour é o modo single player onde você cria um personagem e tem uma campanha única. Battle Hub é uma central onde jogadores colocam seus avatares para batalhar, assistir lutas e fazer outras atividas. E, por fim, o Fighting Ground, onde existem todos recursos padrões de jogos de luta, como arcade mode, treinamento e lutas online.

Visto que existem essas três divisões, acho que vale a pena abordá-las nessa ordem. Primeiro: World Tour. Criando seu próprio lutador de rua que começa aprendendo os básicos com Luke, o “nem tão novo” estreante e o rostinho da capa do jogo. Você é colocado em Metro City, locação do clássico Final Fight, podendo explorar a cidade e interagir com as diversas figuras locais, eventualmente saindo para outros lugares no mundo em busca de ser o mais forte.

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Review - Paranormasight: The Seven Misteries of Honjo

Em meio a um ano com tantos lançamentos bombásticos, muita coisa vai passar despercebida, e esse foi meu caso com Paranormasight, uma visual novel adventure de terror desenvolvida pela Square Enix. Eles costumam lançar alguns títulos menores na surdina há alguns anos, uns recebem destaque, nem que seja um trailer numa Nintendo Direct, o que esse jogo foi, mas apenas numa Direct japonesa.

Paranormasight foi lançado em março para Switch, PC e celulares, é um jogo que  toma em cerca de umas 10 horas para terminar. Não é lá um título de maior orçamento, o que é padrão do gênero, que costuma ter jogos mais “humildes”. Ele é co-desenvolvido pela Xeen Inc., uma pequena empresa que trabalha em ports e ajuda em desenvolvimentos de jogos maiores.

Não há nenhum nome muito grande nos créditos, mas reconheci o estilo de arte dos personagens, esse sendo o de Gen Kobayashi, que também trabalhou em ambos The World Ends With You. O roteirista e diretor principal é Takanari Ishiyama, sendo seu primeiro jogo sendo lançado fora do Japão. Mesmo com essas limitações orçamentárias, é um jogo bem “vistoso”.

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Review - Master Detectives Archives: RAIN CODE

À primeira vista, Rain Code parece familiar. Os personagens cabeçudos e coloridos dentro de uma trama de mistério e suspense, envolvendo assassinatos e um humor mórbido. É a volta do trio de Danganronpa, com a arte de Rui Komatsuzaki, a música de Masafumi Takada e história por Kazutaka Kodaka. Master Detective Archives: RAIN CODE é o enorme nome que dá título a essa nova obra da equipe.

O estilo de Kodaka permanece não só na narrativa, como nas mecânicas, visto que em meio a sua busca investigação, é preciso engajar em minigames e outras coisas atípicas para um jogo desse estilo. Partindo de Danganronpa, ao menos já mais legal você sair do estilo 2D e visual novel para um ambiente 3D explorável, contando até com sidequests e itens escondidos no cenário. 

Por mais que Danganronpa tinha seus truques visuais que deixavam bem mais interessante que a maioria dos estáticos jogos do gênero, é uma notável evolução do que eram adventures investigativos. Não é exatamente um primor gráfico, especialmente devido ao serrilhamento, texturas e outros problemas do Switch. Ele tem uma carinha meio PS Vita, não de forma derrogatória, por lembrar aqueles jogos japoneses distintos que surgiam pro console e, apesar de não serem os mais avançados, tinham estética e estilo únicos.

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Diário de jogunhos Rises



Mais uma semana e mais um diário de joguinhos.


Diablo IV: Gosto muito da franquia apesar de nunca ter me aprofundado na sua lore, inclusive gosto muito do criticado Diablo 3, e estava com receio de Diablo IV ser um desastre devido aos enormes problemas que a Blizzard estava passando(causados por ela mesma, vale destacar) e também pelo desastroso lançamento do remaster de Diablo 2, o Immortal apesar de ser um jogo bacana também teve decisões muito equivocadas como o exagero de micro transações, e com imensa felicidade destaco que Diablo IV é possivelmente um dos candidatos a jogo do ano.

Primeiro que o jogo tem uma direção de arte incrível, os cenários são maravilhosos por serem macabros aproximando Diablo ainda mais de um jogo de terror e acertaram em cheio na jogabilidade, eu estou jogando com um Necromancer e é algo absolutamente prazeroso fazer as invocações e massacrar seus inimigos, é muito bem equilibrado na verdade. A história é uma dark fantasy bem instigante e também com um grau de pessimismo inerente ao mundo decadente que os personagens habitam.

Encontrei alguns bugs durante minha gameplay mas nada muito sério e não tive problemas graves com servidores. Diablo IV é um grande jogo e surpreendente pelo lançamento ser tão bem sucedido.


Cyberpunk 2077: Joguei esse jogo no lançamento no PS5(a versão não era nativa) e estava injogável então eu pedi o reembolso e só jogaria quando arrumassem o jogo, mas eu acabei ganhando o jogo de novo pouco tempo depois para PC e zerei ele mesmo com todos os problemas que tinha no PC também e agora estou jogando de novo pra me aquecer pro lançamento da expansão Phantom Liberty e ver como está o jogo 2 anos e meio após o lançamento. Lembrando que joguei com tudo no máximo.

Primeiramente o jogo ainda está bugado, durante três vezes tive que reiniciar pois o jogo bugou de uma maneira que me impedia de avançar numa missão ou caminhar pela cidade mas certamente está bem menos problemático e não encontrei nenhum glitch durante mais de 50 horas de jogo(ainda não zerei) o que é algo impressionante.

O jogo recebeu updates gráficos também, agora ele conta com Ray Tracing e o modo "Ray Tracing Overdrive" é um espetáculo visual. Um dos melhores usos da tecnologia que já vi certamente. A cidade está muito mais densa e atmosférica, andar por Night City de noite e ver as fumaças do bueiros se desfazerem no ar é muito imersivo.

A gameplay é satisfatória, a gunplay é divertida e te oferece diversas armas que podem ser modificadas e ainda armas brancas e combate corpo a corpo(esse é limitado), o sistema de hacks é bem simples mas satisfatório, acho que o jogo equilibra muito bem suas opções entre ser stealth ou um personagem de força, eu fui equilibrado entre os dois mas investi bastante na força pois queria fazer as missões de luta e capturar os cyberpsicopatas, essas missões dos psicopatas são ótimas e bem diversas, uma delas flerta forte com o horror paranormal e é uma das melhores coisas que joguei nos últimos meses e dirigir é irregular, enquanto pilotar motos é bem divertido, carros é um problema pois as ruas são um pouco estreitas e com pouco espaço por causa dos outros carros, as motos tem mais mobilidade. Nas Badlands no entanto tem mais espaço.

O ponto alto no entanto é a história, habituado num mundo onde as corporações tomaram conta do Estado, Night City é uma cidade onde seus cidadãos tiveram seus direitos reduzidos ao mínimo e o roteiro circula isso com autoridade. Outro destaque são os personagens, o protagonista V é uma pessoa obstinada a seus objetivos seja eles se tornar uma lenda em Night City ou lutar por sua própria sobrevivência e durante a trama o vemos ao mesmo tempo em franca ascensão em Night City mas ao mesmo tempo em declínio de sua saúde(uma pena isso não interferir na gameplay) e até personagens que tem pouco tempo de tela conseguem ser marcantes de alguma forma e o jogo consegue ser tocante quando encontramos o destino desses. Por último, claro, temos Johnny Silverhand, interpretado por Keanu Reeves, sem dúvida a melhor participação de um ator famoso em videogames em toda história, Silverhand é uma pessoa impulsiva, narcisista e um tremendo manipulador, seus comentários são sempre ácidos e ver sua interação com V é sempre legal e arranca boas risadas, o desenvolvimento da relação entre os dois poderia ser mais cuidadosa mas brilha da mesma forma. E a trama é hipnotizante por ser envolta de personagens carismáticos e um mundo muito bem construído.

O ponto falho em Cyberpunk 2077 é que falta profundidade em sua gameplay e interações com o mundo, muitas coisas só estão ali pra dizer que estão, os apartamentos que você compra por exemplo tem nenhuma utilidade prática, as decisões que você toma na história também são um pouco rasas ao alterar o curso da história.

Cyberpunk 2077 é um ótimo jogo mas que durante toda sua jornada nos da a sensação de ser algo incompleto, espero que a expansão Phantom Liberty seja essa peça que falta e não deixa de ser triste vermos que um jogo com grande potencial tenha sido desvirtuado por uma empresa que se vendia como uma reserva moral da Indústria mas se mostrou tão desonesta como a maioria mas essa discussão é pra outro tópico.


Star Wars Jedi: Survivor Star Wars Jedi: Fallen Order foi um jogo OK, pegava inspirações de muitas coisas e colocava isso no universo de Star Wars, enquanto a jogabilidade era irregular, a exploração era satisfatória e visualmente bonito, o sistema de combate era limitado mas o jogo acertava em cheio em sua ambientação em Star Wars, contava uma história interessante e nos apresentava a um Jedi bem carismático, o protagonista Cal Kestis.

E felizmente, Jedi: Survivor é muito superior a seu antecessor, ele basicamente, aprimora tudo que deu certo no jogo anterior e corrige suas falhas. O sistema de combate é bem mais robusto dessa vez, tem mais variações e o que eu gostava no anterior(as finalizações e movimentação) aqui deve ter o triplo de novas animações e muito mais combos(o ponto fraco de JFO).

A customização de Fallen Order era bem irregular, enquanto tinha algumas variações pro droide BD-1 e pra Nave Mantis, a customização de Cal era precária, você tinha basicamente variações de uns Ponchos horríveis e variações de cores do uniforme básico. Em Survivor, você ganha muito mais opções e até tem como mexer na aparência de Cal e o que era legal no anterior, a customização dos sabres de luz, aqui fica incrível, você pode mexer em praticamente em todas as peças que compõem um sabre de luz. O sistema de progressão é um ponto bem forte nesse jogo e ver toda sua evolução se refletindo aos personagens e ambientes ao seu redor é algo que me surpreendeu.

 Os planetas são maiores pra exploração, você pode até usar animais pra se locomover(lembra muito os Chocobos de Final Fantasy) e graficamente o jogo tá substancialmente mais bonito, com melhores texturas e mais detalhados em cenários maiores e também mais variados entre si.

A história é mais dark e mais ambiciosa também, é bom ver a progressão do Cal dentro desse Universo e suas relações com outros personagens que ganham mais destaque aqui e ganha contornos bem emocionantes por você se ver apegado aos personagens e eles correrem risco real dentro da trama.

Jedi Survivor é certamente o melhor jogo de Star Wars em muito tempo(provavelmente em décadas) e uma pena ele ter sido lançado com tantos problemas, a resolução baixa no PS5 deixou ele muito feio na minha televisão e tive que jogar no PC que tinha muitos problemas mas aparentemente corrigiram já que estou jogando com uma performance estável e com as configurações no máximo.



E como chegamos no meio do ano eu vou dar uma breve recapitulada em alguns bons jogos que zerei nesse período. Não vou postar todos pois pretendo voltar com esse formato nos próximos posts

Dredge- Um jogo de exploração naval feito por uma equipe pequena da Nova Zelândia. Jogo lindo e também tenso.

Bramble: The Mountain King- Saiu recentemente no Gamepass e é uma aventura sinistra sob um olhar infantil, é irritante em alguns momentos mas vale por ser uma ótima jornada e ter uma direção de arte belíssima e macabra ao mesmo tempo.

Shadow of Tomb Raider: Eu gosto dos dois primeiros jogos em especial o segundo e esse terceiro foca mais na exploração, o que é legal, e a floresta é muito bem feita e imersiva, mas acho que o combate aqui ficou arcade demais, parecendo jogos de Playstation 2, o stealth funciona bem melhor e a história é intrigante mas falta personagens bem desenvolvidos além da protagonista mas é um jogo bom.