quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Review - Dark Souls

Após algumas tentativas e muito tempo ignorando, finalmente decidi me dedicar de vez a terminar um dos mais influentes jogos da década passada. Aliás, estranho pensar que fazem 10 anos da existência de Dark Souls, já que na época, a franquia surgiu do nada e foi chamando atenção de pouco a pouco até chegar onde está hoje.

Demon’s Souls já tinha gerado um interesse único em sua época, e a chance de se ter algo parecido em mais plataformas era uma grande oportunidade. Os “Souls” iam contra a maré da sua geração de jogos, colocando um RPG de ação medieval focado em explorar um mundo desolado, sem pegar em sua mão, sem focar em contar histórinha com milhares de cenas e fazendo você aprender do jeito difícil.

sábado, 19 de fevereiro de 2022

Review- Uncharted: Fora do Mapa



A adaptação de Uncharted para os cinemas foi no mínimo conturbada, tendo passado na mão de meia dúzia de diretores antes de chegar em Ruben Fleischer(Venom) e de outras dezenas de roteiristas, o filme ainda teve a infelicidade de ter sido gravado sua maior parte durante a pandemia com o diretor sendo lançado a bordo do projeto praticamente sem tempo para uma pré-produção e todos esses obstáculos tornam o resultado do filme algo surpreendente.

Uncharted: Fora do Mapa(e é a última vez que citarei o ridículo subtítulo) conta a história do jovem bartender Nathan Drake(Tom Holland) que se alia com o caçador de  tesouros Victor Sullivan(Mark Wahlberg) para para irem atrás de um tesouro pirata que vale mais de 5 bilhões de dólares tendo que enfrentar um grupo de mercenários liderados por Santiago Moncada(Antônio Banderas) que estão atrás do mesmo objetivo.

Uncharted é bem sucedido ao explorar as dinâmicas entre os personagens, Tom Holland consegue imprimir à ironia e ar espirituoso do Nathan dos jogos e o roteiro ajuda ele nessa tarefa lhe dando boas linhas de diálogos e ótimas sacadas que não fariam feio se estivessem em algum dos quatro jogos da série, Wahlberg tem uma boa química com Holland e protagoniza boas cenas, Bandeiras está no piloto automático e suas ações são bem previsíveis mas o desfecho dele é interessante se tornando umas das boas viradas que o roteiro tem, Chloe Frazer(Sophia Taylor Ali) é uma boa reinvenção visual da personagem dos jogos mas mantendo a mesma dualidade e pra fechar a atriz Tatti Gabrielle transforma Braddock(personagem original do longa) em uma figura fisicamente ameaçadora retratando ela com intensidade absoluta.

Sendo estruturado como um clássico filme de aventura, Uncharted pula de país em país para ambientar as set pieces que ditam o ritmo do longa, uma pena os cenários não serem bem aproveitados e o visual do filme não ter sido bem desenvolvido com exceção de algumas tomadas mais inspiradas em especial ao bonito plano final e também o inicial que abre o longa de maneira belíssima e a sequência seguinte dita bem o tom da trama.

Já o que se encontra a seguir dessa cena é problemático pois o diretor usa o recurso de avançar e retroagir o tempo três vezes em menos de dez minutos o que revela uma falta de segurança do cineasta que felizmente só acontece nessa curta parte já que o restante do longa ele exibe uma total confiança na condução da história.

Ruben Fleicher que merece o total reconhecimento pelo ótimo trabalho que faz aqui, começando pela maneira que ele filma as cenas de ação, respeitando totalmente a geografia das cenas sem deixar o espectador confuso, usando planos abertos para situar a localização e fechando as tomadas com calma absoluta beirando a lentidão, Fleischer dá um toque de classe ao filme como um pulp dos anos 40 e o plano final é cuidadosamente construindo durante o climax criando uma rima visual emocionante.

O ponto alto da narrativa é o clímax por explorar os cenários e as próprias cenas de ação pela sua dinamicidade aliados a tomadas imponentes que criam quadros bonitos e isso nos faz perguntar o motivo de não ter sido o filme todo daquela forma. Uma coisa que dá uma particularidade para as cenas de ação é a maneira desajeitada que Tom Holland luta e mesmo assim consegue alcançar seus objetivos retratando o Drake não como um lutador profissional mas sim como uma pessoa bem capaz e com pura determinação que deixaria Nolan North orgulhoso.

Mas mesmo sendo decentes as cenas de ação não imprimem um décimo da grandiosidade dos jogos e a recriação da clássica cena do avião em Uncharted 3 é eficiente do ponto de vista técnico, mas não se aproxima do que é vista no jogo ou até no que é visto em Missão Impossível 5 na cena que é inspirada nessa mesma passagem do terceiro jogo, mas seria demais exigir que Tom Holland virasse um Tom Cruise.

A trilha sonora Ramin Djawadi é boa por fugir dos clichês do gênero usando mais guitarras, algumas batidas eletrônicas e sintetizadores e o momento que a trilha clássica dos jogos surge na tela é algo que emociona, o ponto negativo são as variações do tema que tocam durante o filme que são bem fracas e pouco inspiradas.

Uncharted é um filme com bem mais acertos do que erros e sem dúvida é de muito longe a melhor adaptação de videogame feita por Hollywood que no final de tudo consegue rumar ao sol no que pode ser um pequeno começo para uma franquia grandiosa.

7/10

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Review - Shovel Knight: Treasure Trove

Nascido do Kickstarter através de uma empresa de ex-membros da Wayforward, Shovel Knight teve uma campanha bem sucedida, o que eu particularmente acho estranho hoje, sendo uma IP totalmente nova, só botarem fé em desenvolvedores que não eram tão conhecidos, ao contrário de uma figurona como Inafune ou Igarashi.

Pelo menos era a época onde campanhas de financiamento eram novidade e davam a chance aos jogadores em apoiar os desenvolvedores diretamente. Acredito que seja um caso parecido com A Hat in Time, onde os desenvolvedores souberam vender o seu peixe e escolheram um gênero que atraía atenção, assim como o estilo de arte e personagens.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Treinadores selvagens vivem na grama alta

   Sinceramente, eu ando com bastante preguiça pra escrever reviews. Apesar disso, não queria deixar de falar sobre Pokémon Legends: Arceus, um jogo que me entreteve um bom bocado e que também evoluiu de diversas formas a fórmula de uma franquia que eu adoro. Além dos muitos pontos positivos e de algumas ressalvas menores, no fim, uma ideia se manteve na minha cabeça: a grama alta agora é sua amiga.