quinta-feira, 6 de julho de 2023

Diário de jogunhos Rises



Mais uma semana e mais um diário de joguinhos.


Diablo IV: Gosto muito da franquia apesar de nunca ter me aprofundado na sua lore, inclusive gosto muito do criticado Diablo 3, e estava com receio de Diablo IV ser um desastre devido aos enormes problemas que a Blizzard estava passando(causados por ela mesma, vale destacar) e também pelo desastroso lançamento do remaster de Diablo 2, o Immortal apesar de ser um jogo bacana também teve decisões muito equivocadas como o exagero de micro transações, e com imensa felicidade destaco que Diablo IV é possivelmente um dos candidatos a jogo do ano.

Primeiro que o jogo tem uma direção de arte incrível, os cenários são maravilhosos por serem macabros aproximando Diablo ainda mais de um jogo de terror e acertaram em cheio na jogabilidade, eu estou jogando com um Necromancer e é algo absolutamente prazeroso fazer as invocações e massacrar seus inimigos, é muito bem equilibrado na verdade. A história é uma dark fantasy bem instigante e também com um grau de pessimismo inerente ao mundo decadente que os personagens habitam.

Encontrei alguns bugs durante minha gameplay mas nada muito sério e não tive problemas graves com servidores. Diablo IV é um grande jogo e surpreendente pelo lançamento ser tão bem sucedido.


Cyberpunk 2077: Joguei esse jogo no lançamento no PS5(a versão não era nativa) e estava injogável então eu pedi o reembolso e só jogaria quando arrumassem o jogo, mas eu acabei ganhando o jogo de novo pouco tempo depois para PC e zerei ele mesmo com todos os problemas que tinha no PC também e agora estou jogando de novo pra me aquecer pro lançamento da expansão Phantom Liberty e ver como está o jogo 2 anos e meio após o lançamento. Lembrando que joguei com tudo no máximo.

Primeiramente o jogo ainda está bugado, durante três vezes tive que reiniciar pois o jogo bugou de uma maneira que me impedia de avançar numa missão ou caminhar pela cidade mas certamente está bem menos problemático e não encontrei nenhum glitch durante mais de 50 horas de jogo(ainda não zerei) o que é algo impressionante.

O jogo recebeu updates gráficos também, agora ele conta com Ray Tracing e o modo "Ray Tracing Overdrive" é um espetáculo visual. Um dos melhores usos da tecnologia que já vi certamente. A cidade está muito mais densa e atmosférica, andar por Night City de noite e ver as fumaças do bueiros se desfazerem no ar é muito imersivo.

A gameplay é satisfatória, a gunplay é divertida e te oferece diversas armas que podem ser modificadas e ainda armas brancas e combate corpo a corpo(esse é limitado), o sistema de hacks é bem simples mas satisfatório, acho que o jogo equilibra muito bem suas opções entre ser stealth ou um personagem de força, eu fui equilibrado entre os dois mas investi bastante na força pois queria fazer as missões de luta e capturar os cyberpsicopatas, essas missões dos psicopatas são ótimas e bem diversas, uma delas flerta forte com o horror paranormal e é uma das melhores coisas que joguei nos últimos meses e dirigir é irregular, enquanto pilotar motos é bem divertido, carros é um problema pois as ruas são um pouco estreitas e com pouco espaço por causa dos outros carros, as motos tem mais mobilidade. Nas Badlands no entanto tem mais espaço.

O ponto alto no entanto é a história, habituado num mundo onde as corporações tomaram conta do Estado, Night City é uma cidade onde seus cidadãos tiveram seus direitos reduzidos ao mínimo e o roteiro circula isso com autoridade. Outro destaque são os personagens, o protagonista V é uma pessoa obstinada a seus objetivos seja eles se tornar uma lenda em Night City ou lutar por sua própria sobrevivência e durante a trama o vemos ao mesmo tempo em franca ascensão em Night City mas ao mesmo tempo em declínio de sua saúde(uma pena isso não interferir na gameplay) e até personagens que tem pouco tempo de tela conseguem ser marcantes de alguma forma e o jogo consegue ser tocante quando encontramos o destino desses. Por último, claro, temos Johnny Silverhand, interpretado por Keanu Reeves, sem dúvida a melhor participação de um ator famoso em videogames em toda história, Silverhand é uma pessoa impulsiva, narcisista e um tremendo manipulador, seus comentários são sempre ácidos e ver sua interação com V é sempre legal e arranca boas risadas, o desenvolvimento da relação entre os dois poderia ser mais cuidadosa mas brilha da mesma forma. E a trama é hipnotizante por ser envolta de personagens carismáticos e um mundo muito bem construído.

O ponto falho em Cyberpunk 2077 é que falta profundidade em sua gameplay e interações com o mundo, muitas coisas só estão ali pra dizer que estão, os apartamentos que você compra por exemplo tem nenhuma utilidade prática, as decisões que você toma na história também são um pouco rasas ao alterar o curso da história.

Cyberpunk 2077 é um ótimo jogo mas que durante toda sua jornada nos da a sensação de ser algo incompleto, espero que a expansão Phantom Liberty seja essa peça que falta e não deixa de ser triste vermos que um jogo com grande potencial tenha sido desvirtuado por uma empresa que se vendia como uma reserva moral da Indústria mas se mostrou tão desonesta como a maioria mas essa discussão é pra outro tópico.


Star Wars Jedi: Survivor Star Wars Jedi: Fallen Order foi um jogo OK, pegava inspirações de muitas coisas e colocava isso no universo de Star Wars, enquanto a jogabilidade era irregular, a exploração era satisfatória e visualmente bonito, o sistema de combate era limitado mas o jogo acertava em cheio em sua ambientação em Star Wars, contava uma história interessante e nos apresentava a um Jedi bem carismático, o protagonista Cal Kestis.

E felizmente, Jedi: Survivor é muito superior a seu antecessor, ele basicamente, aprimora tudo que deu certo no jogo anterior e corrige suas falhas. O sistema de combate é bem mais robusto dessa vez, tem mais variações e o que eu gostava no anterior(as finalizações e movimentação) aqui deve ter o triplo de novas animações e muito mais combos(o ponto fraco de JFO).

A customização de Fallen Order era bem irregular, enquanto tinha algumas variações pro droide BD-1 e pra Nave Mantis, a customização de Cal era precária, você tinha basicamente variações de uns Ponchos horríveis e variações de cores do uniforme básico. Em Survivor, você ganha muito mais opções e até tem como mexer na aparência de Cal e o que era legal no anterior, a customização dos sabres de luz, aqui fica incrível, você pode mexer em praticamente em todas as peças que compõem um sabre de luz. O sistema de progressão é um ponto bem forte nesse jogo e ver toda sua evolução se refletindo aos personagens e ambientes ao seu redor é algo que me surpreendeu.

 Os planetas são maiores pra exploração, você pode até usar animais pra se locomover(lembra muito os Chocobos de Final Fantasy) e graficamente o jogo tá substancialmente mais bonito, com melhores texturas e mais detalhados em cenários maiores e também mais variados entre si.

A história é mais dark e mais ambiciosa também, é bom ver a progressão do Cal dentro desse Universo e suas relações com outros personagens que ganham mais destaque aqui e ganha contornos bem emocionantes por você se ver apegado aos personagens e eles correrem risco real dentro da trama.

Jedi Survivor é certamente o melhor jogo de Star Wars em muito tempo(provavelmente em décadas) e uma pena ele ter sido lançado com tantos problemas, a resolução baixa no PS5 deixou ele muito feio na minha televisão e tive que jogar no PC que tinha muitos problemas mas aparentemente corrigiram já que estou jogando com uma performance estável e com as configurações no máximo.



E como chegamos no meio do ano eu vou dar uma breve recapitulada em alguns bons jogos que zerei nesse período. Não vou postar todos pois pretendo voltar com esse formato nos próximos posts

Dredge- Um jogo de exploração naval feito por uma equipe pequena da Nova Zelândia. Jogo lindo e também tenso.

Bramble: The Mountain King- Saiu recentemente no Gamepass e é uma aventura sinistra sob um olhar infantil, é irritante em alguns momentos mas vale por ser uma ótima jornada e ter uma direção de arte belíssima e macabra ao mesmo tempo.

Shadow of Tomb Raider: Eu gosto dos dois primeiros jogos em especial o segundo e esse terceiro foca mais na exploração, o que é legal, e a floresta é muito bem feita e imersiva, mas acho que o combate aqui ficou arcade demais, parecendo jogos de Playstation 2, o stealth funciona bem melhor e a história é intrigante mas falta personagens bem desenvolvidos além da protagonista mas é um jogo bom.