quarta-feira, 26 de abril de 2017

Brian - Pet Evolution

Hoje trarei um jogo diferente, uma raríssima obra legitimamente pós-modernista. A ironia lavada e escrachada na sua cara. Algo que não me contenta, mas que é interessante e até funciona. Um jogo peculiar.

O nome é “Brian - Pet Evolution”. Nele você se vê como cuidador de Brian, uma criatura peculiar, mal formada e que é exclusivamente cérebro, portanto é extremamente frágil. Você pode fazê-lo evoluir ao aumentar a sua felicidade, através de toques (não muito fortes, porque se não ele explode) e completando missões (dando de comer a ele e dando banho nele). Além disso, existem mutações que podem ser injetadas em Brian para fazer ele ganhar mais corpo (pernas, asas, chifres, mãos e outras coisas), que irá aumentar sua mobilidade e através disso, da movimentação de Brian, novos itens são desbloqueados.



O objetivo do jogo é simples, manter Brian vivo, que pode ser morto a qualquer toque em sua “cabeça”, ou seja, mesmo na hora de dar comida, o jogador deve se manter atento, porque o bicho pode explodir e não é bonito, nem legal. Na verdade, quando Brian morre, a experiência é bem frustrante, já que dá trabalho evoluí-lo.

Eu diria que é um Tamagochi para sádicos.

Não há uma explicação do por que Brian é do jeito que é, nem se você é uma espécie de cientista louco ou algo do tipo, ou seja, o enredo é mínimo e isso é uma parte que não se pode exigir de todo jogo mobile que existe, mas é sempre um diferencial e algo que acaba salvando muitos jogos extremamente simples como este.

O game tem uma certa lógica, na forma como você encaixa as mutações em Brian e na forma como você encaixa mutações nas mutações, mas é complicado entender essa lógica e os controles do jogo também não contribuem, pois qualquer toque um pouco mais a direita ou esquerda já muda completamente os seus planos para o ser.


Quanto aos objetivos eles são esparsos e não prendem muito a atenção do jogador, a não ser que você seja do tipo extremamente casual. Nesse caso, “Brian – Pet Evolution” se apresenta como uma opção interessante, pois não exige muito do jogador em matéria de jogabilidade e nem é do tipo que fica mandando incessantes notificações na tela do seu celular te lembrando de alimentar ou dar banho em Brian.

O visual é minimalista e vai evoluindo conforme você avança no mapa de jogo. Ao longo do mapa existem caixas com itens especiais e, dentre eles, há peças para o cenário, que simula um desenho numa folha em branco, ou seja, desenhos sem cor, apenas traços, tortos, desproporcionais e tremidos, mas isso não é um problema. Acaba apenas aumentando a estilização do jogo.

Concluindo, “Brian - Pet Evolution” é bem peculiar, encantador em alguns momentos, perturbador em outros, é um jogo que pode agradar a muitos, mas isso depende pura e exclusivamente do seu gosto pessoal.


Nenhum comentário:

Postar um comentário