Hoje trarei um jogo diferente, uma raríssima obra
legitimamente pós-modernista. A ironia lavada e escrachada na sua cara. Algo
que não me contenta, mas que é interessante e até funciona. Um jogo peculiar.
O nome é “Brian - Pet Evolution”. Nele você se vê como
cuidador de Brian, uma criatura peculiar, mal formada e que é exclusivamente
cérebro, portanto é extremamente frágil. Você pode fazê-lo evoluir ao aumentar
a sua felicidade, através de toques (não muito fortes, porque se não ele
explode) e completando missões (dando de comer a ele e dando banho nele). Além
disso, existem mutações que podem ser injetadas em Brian para fazer ele ganhar
mais corpo (pernas, asas, chifres, mãos e outras coisas), que irá aumentar sua
mobilidade e através disso, da movimentação de Brian, novos itens são
desbloqueados.
O objetivo do jogo é simples, manter Brian vivo, que pode
ser morto a qualquer toque em sua “cabeça”, ou seja, mesmo na hora de dar
comida, o jogador deve se manter atento, porque o bicho pode explodir e não é
bonito, nem legal. Na verdade, quando Brian morre, a experiência é bem
frustrante, já que dá trabalho evoluí-lo.
Eu diria que é um Tamagochi para sádicos.
Não há uma explicação do por que Brian é do jeito que é, nem
se você é uma espécie de cientista louco ou algo do tipo, ou seja, o enredo é
mínimo e isso é uma parte que não se pode exigir de todo jogo mobile que
existe, mas é sempre um diferencial e algo que acaba salvando muitos jogos
extremamente simples como este.
O game tem uma certa lógica, na forma como você encaixa as
mutações em Brian e na forma como você encaixa mutações nas mutações, mas é
complicado entender essa lógica e os controles do jogo também não contribuem,
pois qualquer toque um pouco mais a direita ou esquerda já muda completamente
os seus planos para o ser.
Quanto aos objetivos eles são esparsos e não prendem muito a
atenção do jogador, a não ser que você seja do tipo extremamente casual. Nesse
caso, “Brian – Pet Evolution” se apresenta como uma opção interessante, pois
não exige muito do jogador em matéria de jogabilidade e nem é do tipo que fica
mandando incessantes notificações na tela do seu celular te lembrando de
alimentar ou dar banho em Brian.
O visual é minimalista e vai evoluindo conforme você avança
no mapa de jogo. Ao longo do mapa existem caixas com itens especiais e, dentre
eles, há peças para o cenário, que simula um desenho numa folha em branco, ou
seja, desenhos sem cor, apenas traços, tortos, desproporcionais e tremidos, mas
isso não é um problema. Acaba apenas aumentando a estilização do jogo.
Concluindo, “Brian - Pet Evolution” é bem peculiar,
encantador em alguns momentos, perturbador em outros, é um jogo que pode
agradar a muitos, mas isso depende pura e exclusivamente do seu gosto pessoal.
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