quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Deus Ex: Game of the Year Edition - Review



Deus Ex é considerado um dos maiores clássicos do PC, um projeto que Warren Spector estava tentando criar desde 1993, mas sempre era impedido pelas empresas de games em que ele trabalhava, até o dia em que John Romero da Ion Storm, famosa pelo desastre chamado Daikatana, entrou em contato com Warren e ofereceu a chance de fazer o "jogo dos sonhos".

Após uns 4 anos de desenvolvimento, Deus Ex estava pronto e foi um jogo foda pra caralho na época, mas hoje em dia? Continua sendo essa coca-cola toda?


Primeiro vamos a história. No futuro distópico de 2053, a humanidade está na merda, foi afetada por um vírus mortal chamado Grey Death e a única cura é a vacina Ambrosia, que é um produto escasso e poucas pessoas tem acesso. 

Você controla JC Denton, um agente novato com implementos nanotecnológicos, ele trabalha para UNATCO, uma unidade antiterrorista criada pela ONU, sua primeira missão é localizar uma carga roubada de Ambrosia e prender o comandante da organização terrorista NSF, mas ao completar sua missão, JC descobre que há uma conspiração envolvendo o vírus e o estado atual do mundo.

Do início até o fim do jogo a trama se desenvolve de um jeito foda e você faz parte dela, diversas escolhas são dadas ao jogador e elas possuem resultados, essas escolhas são feitas através de diálogo e também das suas ações. Apesar da excelente história, o jogo tem um problema de dublagem, como comum de jogos da época, ela é bem ruinzinha, alguns personagens principais até salvam, mas no geral, as vozes são caricatas demais, principalmente as com sotaque, dá pra dar umas risadas, pena que muito diálogo foda é prejudicado por isso.


Deus Ex é um RPG em primeira pessoa, a parte de RPG é bem básica, você ganha pontos de experiência que são distribuídos em diversas habilidades (hacking, melee, lockpicking, armas pesadas, etc.), se você tem seu plano de jogo certo, você vai poder se virar de boa, o level design é bem funcional e permite diversas maneiras de completar suas missões, inclusive, o jogo reconhece isso, npcs vão comentar sobre sua forma de agir. Pra contribuir com a jogabilidade, o personagem principal pode receber implantes, a maioria é bem útil, alguns até meio roubados.

Algumas mecânicas do jogo são estranhas, o combate é bem básico e sem graça, tem um chefe em que você é obrigado a entrar em combate direto e é bem idiota, aliás, a IA do jogo é meio idiota, consegui evitar um dos chefes apenas usando gás de pimenta e impedindo que acontece o diálogo pré-boss fight, meu esquema de jogo foi bem focado em "stealth" e achei muito mais divertido, já que o jogo recompensa muito a exploração do mapa.


No final das contas, Deus Ex continua um jogo bom, claro que tem gráficos datados, combate truncado, alguns bugs e dublagem tosca, isso pode afastar diversos jogadores fresco atuais, mas só jogando um pouquinho já dá pra perceber que tem muitas qualidades que ofuscam os defeitos, é visível a dedicação e o cuidado que os desenvolvedores tiveram ao criar a história e os mapas.

O jogo te dá uma liberdade de jogar do seu jeito, e por mais que nem tudo seja tão funcional, você pode se virar. A história não chega ter rotas muito diferentes, mas o que ele as opções que ele te oferece tem impacto, esse é o aspecto mais positivo, suas escolhas de jogo e narrativas importam.


Deus Ex está disponível na Steam, é barato e provavelmente roda até no seu microondas, tem conteúdo pra caralho e se quiser mais, tem um monte de mod que adiciona mais coisa ao jogo.


NOTA: 8

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