segunda-feira, 29 de junho de 2020

Review - Keen


   Desde a primeira vez que vi Keen eu só consigo associar este jogo ao ginásio de gelo da segunda geração de Pokémon. Isto porque ele usa a mecânica simples de andar, a cada input de direção, em linha reta até encontrar uma barreira. Essa é a base de Keen, que cria puzzles a partir disso com a adição de um combate tático muito bem calibrado.
*A chave do jogo foi cedida ao Locadora pela desenvolvedora Cat Nigiri.

   A simplicidade do game o favorece muito, pois o pouco de coisas que você faz nele é muito bem ajustado, deixando a jogabilidade bastante ágil. Seja cortando uma sequencia de inimigos enquanto cruza toda a tela ou tendo uma abordagem mais calma e atordoando-os para os derrotar aos poucos, Keen não deixa a desejar na satisfação ao ver a tarefa executada.

   Tudo isso cria um cenário bem bacana para uma mistura de puzzle e ação. Você pode muito bem usar habilidades e sair fatiando todos os inimigos sem ligar por tomar um ou outro hit, afinal sua vida é regenerada a cada checkpoint, mas isso poderia vir em troco do não cumprimento de objetivos presentes em cada fase. Objetivos esses que premiam o jogador com orbes utilizados para acessar santuários, parte importante do jogo e do aprimoramento da gameplay.

   Os santuários estão presentes na tela do mundo, onde se escolhe a fase que vai jogar, porém estão escondidos. Ao completar um santuário, o jogador recebe uma habilidade para lhe auxiliar nas missões futuras. As habilidades podem ser ativas ou passivas e são realmente muito úteis e bem vindas nos estágios mais avançados.


   Eu, particularmente, tive problemas com alguns puzzles. Existem alguns blocos que você pode empurrar e outros, quebrar. Esses blocos ficam na posição que você os deixou mesmo se sair da tela e voltar depois, porém isso fez com que as vezes eu tivesse que reiniciar o mapa todo, ou parte dele, para resetar a posição dos blocos e fazer o que eu deveria fazer. Isso também trancou alguns desafios de estágio para mim e acabou gerando uma frustração desnecessária.

   Em questão de história, não há muito o que desenvolver aqui. Keen tem um plot bem básico de aventura e não apresenta muito desenvolvimento nesse quesito, mas também não é algo que eu estava esperando ou que estrague o game. Ao contrário da narrativa, a música do game merece um destaque a parte, dando uma ambientação muito bacana com uma variação de estilos de acordo com o tema da fase.


   Keen é um jogo simples e com uma premissa simples, porém muito bem executado em sua simplicidade. Simples, porém, não significa fácil o jogador encontrará várias dificuldades ao longo do percurso. A jogabilidade ágil me faz imaginar que alguém fazendo uma speedrun seria bastante bonito de se assistir. É um game que testa seu raciocínio de maneira inteligente e a trilha sonora dá um toque especial à este joguinho feito no Brasil. 

Nota: 8,0

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