sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Review - Super Punch Patrol

A chave do jogo nos foi oferecida por Bertil Hörberg, caso queira comprá-lo, acesse o link da loja digital do Switch

Super Punch Patrol é um beat 'em up inspirado em jogos mais clássicos do gênero, acredito que algo mais na veia de Final Fight e Streets of Rage, sendo que é mais direto ao ponto e mecanicamente mais simples, com controles básicos e nenhum foco em coisas como combos. Assim como sua jogabilidade, a premissa é simples: o crime tá comendo solto pela cidade, aí o chefe de polícia Anders Punch (sim, seu sobrenome é SOCO), chama seus parceiros e decide acabar com isso na porrada. 

Já fazendo paralelo a Final Fight, há 3 personagens, que acredito que devem seguir a regra do: "o fortão, o balanceado e o rápido". Visto o visual bem genérico dos outros dois, cujo não lembro nem os nomes, peguei Anders, que é o que mais se destaca, ele é pra ser o fortão, só que sem desvantagem, ele é rápido e consegue agarrar inimigos pesados e até mandar pilão. Imagino que os outros tragam uma dificuldade maior, mas não há nada muito único que me façam jogar com eles.


O jogador vai passar pelas ruas da cidade, bueiros, o cais, mais ruas, prédio da mafia, fase do elevador e outros locais comuns do gênero, que tem uma estética toda branca usando apenas linhas pra traçar o cenário e personagens. É um diferencial que certamente dá um destaque, lembrando desenhos com canetas multi-coloridas num caderno de escola, sem parecerem rabiscos feiosos, fora as portraits dos personagens, mas isso certamente adiciona mais um charme.

E indo pelo seu viés "old school", Super Punch Patrol tem um número limitado de vidas e continues, caso perder todos eles volte desde o começo e boa sorte! Não que chegue ser tão difícil, porém os inimigos não são muito passivos, geralmente buscando um jeito de te cercar e utilizando seus limitados golpes, podendo causar um bom dano. O que dá valor à posicionar-se melhor, saber lidar com cada tipo de inimigo, usar bem seus recursos, apesar de poucos, e alguns serem facilmente abusáveis, como sair pulando, pois a maioria dos adversários não possuem golpes anti-aéreos.

Estranho ver como o "deathblow", aquele golpe especial que acerta todo mundo ao seu redor e tira sua vida, é bem ineficaz, demorando tempo demais pra ser executado e não garantindo invulnerabilidade ao personagem, ou seja, dá pra morrer ao mandar ele. Dentro dos básicos de beat 'em up, esse especial costuma ser uma mecânica eficaz, dando um jeito de afastar todo mundo ao seu redor e uma chance para se reposicionar, e aqui ele acaba não valendo a pena, é um risco muito grande.

Até mesmo o sistema de score é estranho, não que eu tenha entrado a fundo pra ver o que é mais efetivo, porém os itens de vida não dão pontos se você pegá-los de vida cheia, algo que tão comum que não tem muito sentido em não existir.

A simplicidade acaba deixando até os mais pequenos dos erros algo a se destacar, mas não são fatores tão prejudiciais, imagino que só quem é mais fã de beat 'em up que pode se incomodar com isso. No final das contas, sair distribuindo socos e chutes em capangas funciona bem e diverte, e toda a estética e certos elementos meio cômicos dão um charminho a mais. Aí que o simples funciona, é um jogo curto, direto e divertido, fácil de simplesmente pegar e jogar novamente, seja pra um co-op, ou buscar uma pontuação melhor. 

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