quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Review - Cuphead


Anunciado em 2013, Cuphead tem uma proposta bem legal, um jogo baseado nas animações dos anos 30 e jogabilidade de run n' gun, o problema é que sempre haviam atrasos no lançamento, o que é justificado, sendo que o Studios MDHR por trás do jogo, é um estúdio independente e o processo de criação das animações do jogo é feito na mão.

O projeto é arriscado e necessita de uma equipe dedicada e com amor pelo que faz, e com certeza, esse é o caso de Cuphead.



Cuphead conta a história do protagonista homônimo e seu irmão Mugman, eles entram no casino do Diabo e saem devendo suas almas, literalmente. Mas o Tinhoso faz um acordo com as xícaras onde para saírem dessa enrascada, devem trazer as almas do pessoal dos outros habitantes de Inkwell, que estão devendo pro Satanás também. Então Cuphead, e Mugman, caso você jogue no co-op, saem por Inkwell matando os mais diversos chefes para conseguirem suas almas.

Uma proposta bem simples que já entrega bem o que será o jogo, você controla Cuphead pelo mapa e deve enfrentando os chefes, que abriram novas rotas para outros chefes. As lutas são diretas, ao contrário dos jogos de plataforma, mas também há fases rotuladas como "Run n' Gun", que são fases normais, elas possuem moedas para você comprar algumas habilidades e tiros diferentes.


Os chefes são separados em duas categorias, os que você enfrenta como um jogo de plataforma run n' gun normal e os que você enfrenta num estilo shoot em' up horizontal. Os chefes compõem 90% do jogo, todos eles são bem únicos, com designs bem criativos e animações excelentes, mudando de forma durante a luta e apresentando algo novo, não que todos chefes sejam todos excelentes, mas acho que a maioria é muito bem pensado.

O jogo não é "oldschool" apenas no visual, a dificuldade dele é similar a jogos antigos, mas bem mais piedoso, você tem que ir aprendendo padrões e ter bons reflexos, nada que seja absurdo, pode até ser frustante pra quem não é acostumado, mas não é algo injusto. Você tem 3 vidas e só perde uma se tomar dano, as lutas contra chefes duram no máximo uns 2 minutos e morrer para algum golpe faz você voltar no início, mas é fácil ir aprendendo os padrões de golpes.

Lembro que um dos atrasos do jogo foi pra adicionarem fases normais para o jogo não ser apenas boss fights, acho uma adição válida, acho que elas ficam meio fora de lugar dentro do jogo, não é como se fossem um diferencial tão grande para as boss-fights.


Além de tiros, Cuphead tem a mecânica de dash e um parry durante um pulo, e só pode ser feito em golpes, inimigos e elementos com a cor rosa, ele garante uma "carta", que permite você soltar um golpes especial dependendo do seu tiro, ou uma habilidade extra usando 5 cartas. 

O parry é bem implementado em muitas partes do jogo, mas onde ele é mais opcional, fica meio complicado devido a um dos requisitos para conseguir o melhor ranking no jogo são 3 parries durante a fase ou chefe, acho que acaba deixando o ritmo de alguns chefes mais chatos, onde você tem que esperar até sair algum objeto rosa para realizar o parry.


Enfim, o jogo é lindo, as animações e design dos chefes é incrível, o que importa muito num game onde a ideia principal é enfrentar chefes, tem vezes que é melhor deixar o controle de lado e só admirar o trabalho que foi colocado em cada um desses personagens. Também vale destacar a trilha sonora composta de músicas de big band e jazz, que se encaixam perfeitamente no clima do jogo.

Cuphead pode não ser tão "hardcore" quanto jogos mais antigos do gênero, mas é um jogo desafiante e satisfatório. Certamente uma bela homenagem aos desenhos dos anos 30 que os desenvolvedores tanto admiram e um jogo excelente.

Nota: 9

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