sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Review - Tower Fortress [Mobile]

Escrito por Surfista Aluminado

   E ae locadores! Me disseram que eu poderia vir aqui, neste garboso site, fazer um review de joguinho de celular. Bora!


   Dá pra dizer que, no mundo dos jogos eletrônicos, quando se trata de jogabilidade, tudo que poderia ser feito já foi feito. E o que tem de mais complexo e inovador neste quesito hoje em dia, é a união de algumas dessas varias jogabilidades. Seria como a música com seu conjunto limitado de sete notas que formam uma, quase infindável, quantidade de sons pela união de algumas delas. 

   Assim, imaginem que vocês cresceram jogando Sonic, Super Metroid e Megaman X e explorando a jogabilidade de cada um desses jogos ao ponto de decorarem as mecânicas e o que dava pra fazer com elas durante as horas despendidas, na tentativa tola de simplesmente “zera-los”, como se isso fosse fazer grande diferença na sua vida de forma pratica. E imaginem-se, depois de crescidos, vendo que todas àquelas horas não foram de todo inútil porque as jogabilidades aprendidas se mostraram um atalho na apreciação de outros jogos tão inúteis, que te enganam de forma tão tosca, para que você continue jogando em busca de um sentimento de recompensa fugaz e sem sentido que logo se esvairá e será preenchido com a necessidade ansiosa de “fechar” outro jogo, tudo isso por um módico preço.

   Pois bem, o jogo do qual eu vou falar, faz exatamente o que eu acabei de criticar, mas de uma forma excepcional. Tower Fortress é um joguinho desenvolvido pela Keybol, e distribuído pela Nitrome, lançado para as plataformas mobile e PC, disponível totalmente de graça na Playstore (pra celulares android) e na Applestore (pro iphone).

   Basicamente seu objetivo é subir, pelo lado de dentro, uma torre com quatro níveis repletos de inimigos monstruosos, cada nível tem seus próprios chefes e seus sub níveis. E para atingir tal objetivo você conta com trajes, que adquire juntando cristais soltos pelos inimigos que destrói, até atingir o custo para poder compra-lo, baús contendo vidas e tiros variados que vão de laser a bolhas, além de apetrechos escondidos em câmaras secretas, que você desbloqueia matando uma quantidade “x” de inimigos. Aqui vou analisar a versão mobile.


Jogabilidade Conhecida
   A citação á Megamen X, Super Metroid e Sonic não foi inserida aqui aleatoriamente, haja vista, a jogabilidade de Tower Fortress ser justamente o resultado da união de algumas mecânicas e estéticas constantes nas três obras, que são facilmente identificadas: escalar e escorregar nas paredes é do Megaman X, virar bolinha e destruir os inimigos é do Sonic (obvio), já os inimigos e toda a estética do jogo, assim com a trilha sonora vem certamente de Super Metroid, até o barulhinho do tiro remete ao jogo da Samus. E não é só a jogabilidade destes três clássicos, o jogo também utiliza da variabilidade de trajes pra modificar as mecânicas do jogo, tal qual outro clássico da (linda e maravilhosa) Sega: Kid Chameleon. Há também um sistema de combos que te instiga a matar todos os inimigos que cruzarem seu caminho, além da possibilidade de incluir um marcador de tempo pra fazer speedrun e testar suas habilidades.

Trajes e Recompensas
   A questão dos trajes no jogo é talvez o que mantém o jogador interessado. Funciona tanto pra modificar a jogabilidade, quanto pra ser um medidor de recompensa pro jogador, quanto mais cristais você coleta dos inimigos mortos, mais recursos você terá para adquirir trajes mais poderosos, que te possibilitam chegar ainda mais longe na sua subida “infinita” da torre. Não é só ver até onde você pode chegar dentro da torre, mas também quanto de grana você consegue durante a jogatina, e se a quantidade será suficiente pra adquirir um novo traje, e ainda se ele vai te possibilitar chegar ainda mais longe. Além do sentimento de recompensa os trajes também influenciam na dificuldade e na estética do jogo, indo além e modificando ate mesmo os gráficos. Tentem juntar cristais ate atingir o custo dos trajes “Donewell” e “Green Boy”, chega a ser surpreendente como a sua relação com o jogo muda quando se joga com estes trajes, principalmente de você jogou jogos do Atari e do GameBoy, te pega pelo emocional facilmente.

Gráficos
   A mudança dos gráficos é pontual sendo restrita aos trajes citados no tópico a cima, o gráfico comum do jogo tem uma qualidade alta pra um game que utiliza menos que 60 megas do armazenamento do seu celular, e mostra um cuidado em dar ao jogador uma genuína sensação de encontrar-se avançando de forma vertical na torre, além dos detalhes que, apesar de pixelados, te dão noção clara tanto das ações do personagem quanto das consequências dessas ações.


Sons
   Aqui vou me repetir, a musica remete muito a Super Metroid do Super Nintendo. Não somente a este jogo, mas aos jogos de 16 bits, com musiquinhas repetitivas, o que é não é algo ruim, pois cria uma atmosfera de suspense e descoberta, que agrada e ajuda o jogador a entrar no clima do desafio. Não só a trilha sonora, mas a “sonoplastia” do jogo também é muito agradável, bem sincronizada com os movimentos e ataques, tanto do personagem jogável, quanto dos inimigos e chefes. Como já foi dito, a trilha é repetitiva como as dos jogos de 16 bits, de modo geral, mas cada nível tem sua própria música.

Controles
   Sim, os controles são na tela (onde mais né gente). Eu sei que há uma resistência por parte de alguns jogadores quanto a se ter botões na tela, entretanto aqui o jogo consegue acertar mais uma vez. São dois botões pro dedo esquerdo e dois pro dedo direito. Nada daquela infinidade de comandos que te fazem ter que olhar pra onde está batendo na tela, pra ter a certeza de que acertou o botão. A resposta dos comandos é precisa, tornado confortável até mesmo acelerar a forma de jogar, tentando subir a torre e matar os inimigos o mais rápido que você conseguir. Além disso, o game te da à opção de tirar os controles da tela, ficando os comandos respondíveis aos pontos de pressão onde se encontravam os botões, e sim depois de um tempo você acaba por se acostumar com os controles e deixa de conferir se acertou o ponto de pressão dos comandos.

Propagandas
   Infelizmente não existe almoço grátis, você baixar o jogo de graça não faz ele existir sem que tenha existido um custo de produção por trás de sua publicação. A compensação é que, ao menos durante o gameplay, o jogador pode ficar despreocupado, as propagandas só são ativadas quando se passa dos sub níveis (não em todos), e quando você morre, sendo que o custo pra reviver é assistir uma publicidade de algum outro jogo qualquer. As propagandas só são ativadas quando seu celular estiver conectado na internet e, caso não esteja, você poderá jogar sem se preocupar com as propagandas nas intersecções dos sub níveis, mas também não terá como ver o anúncio pra reviver caso morra.



Dificuldade
   Além da dificuldade “ajustável”, que depende dos trajes que você escolhe, o jogo conta com um modo Hard, onde os inimigos se tornam resistentes. E um modo diário que eu não faço a menor ideia do que seja (huahauha). Outra coisa interessante relacionada aos trajes é que eles funcionam quase como um balanceamento da dificuldade entregando uma vantagem e uma desvantagem, por exemplo, se o traje te dá sete pontos de vida, durante a jogatina você não encontrará baús com recuperadores desses pontos.

Fator Replay
   Por se tratar de um joguinho de celular é certo que você vai ser obrigado a jogar varias vezes pra juntar a quantidade certa de moedas, poder adquirir os trajes mais vantajosos e assim chegar mais longe. Há vários jogos que se tornam cansativos por utilizar a estratégia de aumentar a dificuldade depois das primeiras fases para forçar o jogador a gastar dinheiro real em troca de vantagens ou moedas do jogo e este não é tão diferente neste quesito, entretanto o jogo é tão agradável que o que seria algo frustrante se torna recompensador. O jogador acaba se dedicando a coletar o máximo de cristais pra pega novos traje e verificar como eles se relacionam com a jogabilidade, como já dito anteriormente. Uma coisa interessante que ajuda no fator replay é a randomização dos sub níveis, as plataformas são geradas de forma a quase nunca terem as mesmas configurações. A estética do nível não muda até que se mate o chefe e passe pra outro nível, mas as configurações das plataformas são sempre regeradas, assim leva tempo até que se jogue um sub nível igual e com as mesmas configurações daquelas as quais se tinha antes do jogador morrer.

Conclusão e Nota
   Dá pra dizer com certeza que o jogo é uma excelente forma de matar o tempo, vale muito a pena jogar um joguinho que te diverte, roda sem a necessidade de conexão com a internet, e gasta pouquíssimo do seu armazenamento. Caso você esteja procurando um desafio, mas que também funcione como passa tempo casual, este jogo certamente é pra você.

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