sexta-feira, 2 de março de 2018

Double Dragon: O Filme - Review


A franquia Double Dragon anda em um estado estranho, o último jogo da série foi o patético Double Dragon IV, um jogo safado que apela forte pela nostalgia do jogo do Nintendinho. A série foi até que grande coisa no passado, sendo um dos beat em' ups mais populares lançados antes de Final Fight, só que a parada passou por muitas desenvolvedoras e com diversos jogos merdas que hoje tá jogada por aí.

A premissa é bem coisa dos anos 80 e 90, dois irmãos saem por aí descendo o cacete em uma gangue pois eles raptaram a namorada de um deles, no caso, do Billy Lee, mas a relação dos irmãos não era das melhores, pois caso você zerasse o jogo com dois jogadores, o que faz mais sentido, afinal é DOUBLE Dragon, os jogadores teriam que lutar entre si pra ver quem pegava a mina.

Mas isso não importa agora, o que importa é que ela conseguiu uma adaptação cinematográfica em 1994, um ano após o icônico filme de Super Mario e um tempo antes do filme do Street Fighter estrelado pelo Van Damme. 


Billy, Abobo e Jimmy. Sim, essa porra é o Abobo.
Dirigido por James Yukich, que pelo que o IMDb indica, não fez nada mais relevante ou memorável que isso, Double Dragon é um filme pra crianças, algo no nível de filme do Didi. O roteiro foi escrito por Paul Dini, conhecido pela série animada do Batman e os jogos da série Arkham, mas também de desenhos animados como He-Man.

O filme se passa em New Angeles no longínquo ano de 2007, onde um terremoto destruiu Los Angeles e tornou-a em uma cidade devastada e dominada por gangues. Billy (Scott Wolf) e Jimmy Lee (Mark Dacascos) vivem nessa cidade junto de Satori, sua 'mãe adotiva', ela guarda consigo metade de um medalhão chamado Double Dragon, a outra metade é encontrada por Koga Shuko (Robert Patrick), um empresário e criminoso que quer juntar as duas partes e ter o poder do medalhão.

O cenário lembra a ideia do primeiro jogo, onde gangues dominam uma Nova York que foi devastada por uma guerra nuclear, mas a história da gangue que raptou a namoradinha não passou, inclusive, Marian (Alyssa Milano) é parte de uma das milhares de gangues de New Angeles. Foi incluído esse medalhão, que até que não é uma má ideia, mas história é o que menos importa em um filme onde o foco deve ser a porrada. Claro que sendo um filme baseado em jogo, fizeram merda.

Koga Shuko, o vilão.
Double Dragon é um filme ação, aventura e comédia, e ele não consegue ser bom em nenhum desses aspectos. As cenas de ação são ruins, tem uma cena de perseguição de carro no início do filme onde nada acontece e parece que a cena não acaba, já as lutas são qualquer nota, geralmente tendo uma piadinha aqui e ali pra dar um tom mais cômico, mas não melhora em nada. 

E assim como na ação, o filme falha na comédia, se há algo engraçado, é pela tosqueira, pois as piadas são idiotas e humor barato, é bem na cara que queriam fazer algo mais infantil com clima descontraído, mas ele é simplesmente bobo.

Vale destacar alguns personagens do filme, primeiramente, Koga Shuko, interpretado por Robert Patrick, conhecido como o T-1000 de O Exterminador do Futuro 2,  apesar de parecer um cosplay de Vanilla Ice, é um vilão caricato de filme B, não é nenhum Bison do Raul Julia, mas cumpre seu papel. Também vale falar do Abobo, que não tem nada demais, tirando a fantasia escrota que me faz querer arrancar meus olhos.

Também vale mencionar a bunda da Alyssa Milano que teve duas cenas especialmente dedicadas a ela.
Não há muito mais do que falar de Double Dragon, é aquele tipo de filme que você assiste pra tirar sarro, mas até nisso é ruim pois ele é tedioso de assistir, as cenas de ação são chatas e qualquer tentativa de comédia é vergonhosa. Não tem nada que faça ele se destacar nesse mar de bosta que são as adaptações cinematográficas de videogames, é melhor gastar seu tempo com o jogo de NeoGeo baseado no filme que é bem melhor.

Nota: 3

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