Slime Rancher é um jogo ainda em desenvolvimento lançado
para testes em janeiro de 2016. O game roda em PC, Mac, Linux e Xone e, dizem,
conta a história de Beatrix LeBeau, uma jovem fazendeira que decide partir numa
vida a centenas de anos-luz de distância da Terra no “Rancho Tão Tão Distante”,
onde ela tenta ganhar a vida lidando com amoebas. Com uma atitude forte, uma
coragem inabalável, uma curiosidade latente e sua arma de vácuo, o Vacpack,
Beatrix tentará se estabilizar, construindo uma fortuna e evitando o destino
cruel que aguarda a todos as amoebas em cada esquina de seu mundo.
Isso é, mais ou menos, o que a wikia do jogo diz.
Traduzindo em menos de 4 linhas, esse é um jogo de fazenda
daqueles que você jogava no facebook (e
eu jogava no Orkut) com uns gráficos melhorados e uns elementos de minecraft no
meio pra deixar a jogatina mais interessante. Seu objetivo é acumular amoebas,
os bichos bizarros espalhados pelo massa, para que eles te deem “plorts”, o
cocô deles (que pode ser trocado por dinheiro no jogo) e assim você ficar rico.
E é aí que o jogo fica interessante, pois ele é uma senhora
lição de capitalismo. No jogo, você captura amoebas, as coloca em terrenos
que você pode melhorar, fechando-os, instalando caixas de som e aumentando a
altura das paredes e os alimenta. Cada vez que uma amoeba come, ela caga um
“plort”, que pode ser vendido no “Mercado de Amoebas” do jogo. Os valores
variam de acordo com cada tipo de “plort” e sua disponibilidade. Quanto maior a
disponibilidade de um determinado tipo de plort, menor será o seu valor, como,
por exemplo, o “Plort Rosa”, vindo da amoeba rosa, que é encontrada em todos os
cantos do mapa. Seu plort dificilmente passa dos 10 newbucks (o nome da moeda
usada no jogo).
É a “Lei da Oferta & Demanda” colocada em prática num
jogo sobre amoebas.
Além disso, você ainda tem que administrar a sua fazenda.
Cada amoeba segue uma dieta diferente e tem sua própria preferência em questões
culinárias, então você tem que manter uma enorme variedade de recursos
(galinhas, verduras e frutas), além de cruzar amoebas para gerar híbridos que
irão maximizar a sua produção de “plorts”.
Não apenas isso, o “mercado de amoebas” segue algumas regras
que irão te possibilitar prever quando os preços dos plorts estarão em alta ou
em baixa, como no mercado financeiro real, transformando esse jogo numa
extensa, fofa e divertida carta de amor ao Capitalismo, que tanto amamos!
Assim como na vida
real, com o dinheiro dos plorts você compra novas áreas, expandindo a sua
fazenda e atualizações para a sua arma de vácuo e sua roupa, que irão te dar
mais vida, energia e defesa contra os inimigos que podem aparecer ao longo do
jogo.
Fora isso (esse subtexto maravilhoso!), o jogo não tem muito
a oferecer. Claro, está em early access, mas isso é muito chato, porque o jogo
custa em torno dos 60 reais e nem completo está. Não vou me aprofundar no tema,
porque isso rende um outro post (ou quem sabe um podcast?), mas só vou me
adiantar e dizer: compre apenas se o dinheiro estiver sobrando!
Apesar de ser um jogo que não oferece muito, Slime Rancher
pelo menos não quebra (como os jogos de certas produtoras gigantescas de
games), apresenta um subtexto interessante e irá te divertir por certo tempo,
mesmo que não muito.
Espalhados pelo mapa estão várias pistas de elementos que
ainda não estão disponíveis no jogo. Há pelo menos duas novas áreas ainda a
serem lançadas e, com elas, novas amoebas, galinhas, vegetais e itens...
Ou não, muito pelo contrário.
Early Access é uma poha!
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