terça-feira, 28 de julho de 2020

O jogo cancelado do Rei Artur pela Ubisoft e outros problemas vindos da mesma fonte

   Segundo reportagem do Jason Schreier para o Bloomberg, o ex-figurão da Ubisoft, Serge Hascoët, que saiu da empresa este mês após várias denúncias de facilitação de assédio e má conduta sexual, teria mandado cancelar um jogo ambientado na Inglaterra Arturiana apenas por não gostar da ambientação. Pessoas que trabalharam no projeto ainda comentaram que ouviram esse seu superior falar que, já que estavam fazendo um jogo de fantasia, deveriam ser melhores que Tolkien, e que tentaram inclusive mudar a premissa do game para salvá-lo do cancelamento.

   Aparentemente ainda estas não são as únicas culpas de Hascoët. Ele era o responsável criativo geral dentro da Ubisoft e, por sua influência, os games da empresa acabaram por ter a famigerada fórmula característica que alguns gostam e outros não, mas que todos podemos concordar que hoje em dia já está saturada e, de certa forma, ultrapassada. 

   Me pergunto também se ele é o culpado pela "anualização" de franquias que começou com Assassin's Creed e também é outra prática bastante criticada pelos fãs. Assassin's Creed, na minha opinião, sofreu bastante com isso, pois era pra ser uma trilogia fechada e acabou se estendendo infinitamente, sem nunca ter a sua visão inicial de fato finalizada. 

   Exposições como essa estão sendo fundamentais para o crescimento futura da indústria de vídeo games, que ainda é muito recente se comparada com outras veias do entretenimento. No caso do jogo do Rei Artur, o designer principal do game era Mike Ladilaw, responsável por Dragon Age, e por conta da situação, ficou pouco mais de um ano na Ubisoft. Esperamos que isso dê mais liberdades criativas para os desenvolvedores para que possam expandir a mídia cada vez mais.

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