Este jogo disponível apenas para Android (CHUPA IPHONE!!!)
se vende como um RPG de pesca num mundo aberto. Jogos de pesca existem aos
montes e, na minha opinião, são mais chatos que pescaria, porque na pesca, de
verdade, você fica lá com o pessoal, bebendo, conversando, calmamente, sem euforia, sem conversa fiada. É uma
prática verdadeiramente filosófica. Jogos raramente conseguem ser uma prática
filosófica, jogos de pesca menos ainda. Sabendo dessa dificuldade, os
produtores de “A Girl Adrift” resolveram pular essa parte e partir para a
aventura, encaixando diversos elementos de RPG a jogatina, o que torna essa
game mobile um dos jogos mais divertidos que entrei em contato nos últimos
tempos.
Em “A Girl Adrift” você encarna uma menina, literalmente, à
deriva no oceano do extremo oriente. Sem história, sem roupas, munida apenas de
uma vara de pesca de bambu e um pedaço de madeira boiante, você é colocado para
pescar peixes e cumprir objetivos para um garoto numa cidade alagada. Aos
poucos, você aprende que o mundo inteiro foi alagado, as cidades, capitais do
mundo, são apenas pequenas localidades onde você recebe missões e pode comprar
itens para melhorar o seu barco, equipamento e mudar sua aparência.
A cada peixe que você captura, ganha itens, que valem como
uma moeda de troca nesse mundo distópico, além de ganhar experiência que te
ajudam a avançar de nível. Conforme você avança de nível, novos itens,
habilidades e cidades são desbloqueados e são tantas variáveis que é difícil se
concentrar nos mais importantes, então vamos por ordem de descoberta.
Primeiro temos a vara de pesca e o barco, itens essenciais
que irão mudar a facilidade com a qual você pesca e a velocidade com a qual
você navega pelo mapa. Além da moeda de troca simples, uma espécie de concha,
que você obtém através da pesca e paraquedas que aparecem na tela durante a
jogatina, outras moedas irão aparecer, pérolas, escudos e ouro. As conchas
servem para melhorar os seus itens de pesca, as pérolas servem para comprar
itens que mudam sua aparência (roupas,
cabelos e afins, que servem para facilitar sua vida de pescaria),
escudos melhoram suas habilidades, enquanto que o ouro serve para melhorar
locais específicos no mapa, que te dão vantagens como facilidade de captura,
mais nível com cada pesca e recompensas maiores.
Além disso temos os NPC’s, também diferentes, mudando de
acordo com a localidade, por exemplo, no extremo oriente temos um garoto de
cabelos escuros e pele clara, na Oceania, um canguru e por aí vai. Eles te
passam missões, que vão desde capturar um número específico de um determinado
peixe, até enfrentar chefões.
Os chefões, peixes específicos de cada localidade, que são
piadas mesmo, como peixe-bota em Hong Kong. Eles não exigem muito no começo,
mas conforme você avança para o oeste, eles se tornam fortes demais e aí você
tem que ficar navegando pelo mapa para poder evoluir de nível.
Como deu pra perceber, é um jogo com todas as características
de um RPG e, de fato, se você gosto desse tipo de jogo, tem tudo para gostar
dele, mas além disso, há um ponto que chama a atenção: o mundo aberto. Não é
como se fosse um 3D onde você vai para onde quiser, mas é um mundo enorme, em
que as viagens tomam tempo e para facilitar a sua vida temos todos os upgrades
de velocidade, mas conforme você avança e encara chefes mais fortes, terá que
ficar algum tempo em viagens longas, mas nada enfadonho.
Como eu já disse, “A Girl Adrift” foi um dos jogos mais
legais que tive o prazer de jogar esse ano e cumpre tudo que promete, além de
oferecer muito a mais.
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