Já tinha ouvido falar do I Became A Dog anos atrás, mas
nunca joguei. Esse ano tive o prazer de jogar sua continuação e a surpresa foi
enorme.
I Became A Dog é um jogo mobile de história. Ele basicamente
combina RPG com um jogo de aventura, contando uma história absurda, onde um
rapaz nerd é transformado em cachorro após ter sido rejeitado por uma
patricinha traiçoeira. Você, então, é jogado no meio dessa confusão, já
transformado em cachorro, sem memória e vendo o seu corpo humano desacordado
numa cama. Além de tudo isso, você ainda descobre um mundo de opressão por
parte de um cachorro gigante dentro da casa e tem que, além de resolver o
mistério por trás da sua transformação, ajudar os cachorros da casa a
conquistarem uma vida feliz.
O game é genial, vamos tirar isso logo da nossa frente para
que a resenha possa ser mais honesta.
O formato do jogo é incrível, com uma história se
desenvolvendo não de forma linear, mas ramificada, com várias linhas narrativas
acontecendo ao mesmo tempo. Claro, não espere um GTA V, afinal, temos que
entender que esse é um jogo feito para celulares, mas há diferentes narrativas
ocorrendo ao mesmo tempo, cada uma com missões diferentes e que podem ser
executadas a seu bel prazer.
A progressão na história ocorre através do cumprimento de
missões, que são executadas através de uma simples mecânica de interação com o
cenário. Você move o cachorro até um local e quando aparecer um sinal, toca
nele para interagir com ele. Dessa forma, você abre portas, conversa com
cachorros, come ração, quebra aquários e beija humanos. Simples, mas eficaz.
A trilha sonora é composta de uma trilha de piano que cria a
sensação perfeita para a criação de uma atmosfera de suspense. Ela advém de uma
vitrola tocando numa sala e, lá pro final do jogo, você consegue a oportunidade
de trocar de música. É uma mecânica inteligente e muito bem colocada, pois
aumenta a imersão do jogador.
O visual é simples, pois você só fica dentro do terreno de
uma única casa, mas é um cenário bonito. As animação são bem feitas e o game
não apresenta lag ou qualquer problema de animação que possa prejudicar a
jogatina.
E por falar em prejudicar a jogatina que tal falarmos dos
anúncios? O jogo contém eles, mas todos são muito bem sinalizados e o jogador
está ciente deles, que só vem para garantir algumas vantagens, como pistas do
que fazer e a recuperação de energia para realizar as ações especiais do
cachorro.
Em suma, I Became a Dog 2 é o Cidadão Kane do mundo dos
games mobile. É uma obra prima, que alia estética, narrativa, mecânica de jogo
e aproveitamento de hardware de maneira magistral dentro dos dispositivos
mobile. Jogá-lo é fazer uma aula de construção de um bom jogo mobile.
Nenhum comentário:
Postar um comentário