Seguindo os lançamentos de jogos de esporte do Mario no Switch, chegou neste mês o Mario Golf: Super Rush, botando os personagens do reino do cogumelo em uma disputa que deveria ser mais cadenciada, mas que dá foco aos modos mais dinâmicos oferecidos no game.
Esta iteração de Mario Golf parece ser, de algumas maneiras, uma sequência de Mario Tennis Aces, desde a música até o clima apresentado na maioria dos seus modos. Mario Tennis é um jogo bem bacana e me diverti bastante com ele, muito além do lançamento até, conforme iam lançando mais personagens, então fiquei de certa forma empolgado com os trailers deste novo game. Infelizmente, depois de jogar, acho que isso foi um erro.
Golfe é, obviamente, diferente de Tênis, então tentar a mesma abordagem com esportes tão distintos, no fim, me pareceu um pouco forçado. Para tentar equivaler o dinamismo, modos como Speed Golf e Battle foram adicionados, porém a essência do Golf é bem mais lenta, querendo o jogo ou não.
Speed Golf é o modo que você tem que correr até a bola depois de dar a tacada e pode atrapalhar os seus oponentes enquanto todos correm. É divertido, mas não tem muita profundidade além de um super dash, que funciona como a estrela de Super Mario, e uma tacada especial que causa um efeito no local aonde a bola para, podendo modificar a posição ou trajetória da bola dos adversários. Eu acredito que este deveria ser o modo principal deste game, porém, pelo esporte base ser o golfe, não tem muito como dar mais substância à jogabilidade.
Mesmo a quantidade de fases é pequena, são apenas seis no total. São bons mapas, na minha opinião, porém eu trocaria estes dois modos por mais meia dúzia de mapas e uma estrutura como as tradicionais de esporte, introduzindo circuitos e um mini campeonato que atravessa um número x de mapas. Até porque, a parte de jogar golfe é divertida.
Apesar de eu só ter escrito reclamações até aqui, eu me diverti sim com Mario Golf: Super Rush, passei bons momentos com o game, principalmente no multiplayer local e no modo de jogo padrão. Isto porque a jogabilidade do esporte base é bem feita com tudo que deveria ter: efeitos diferentes na bola, tacos diferentes para cada terreno, vento, controle de força etc. Tudo se encaixa bem e provê uma experiência bem sólida para este esporte pacato. A única coisa que estraga um pouco isto é a música mais agitada ao fundo que não combina e fica em loop durante todos os 18 buracos, só mudando quando a bola está próxima do buraco.
Por fim, o modo aventura, que é bastante OK. Se eu tiver que descrever o plot aqui para vocês eu confesso que não vou saber, pois não devo ter lido mais do que dez linhas de diálogo, mas a sequencia de missões e desafios deste modo torna ele em uma experiência válida. É neste modo também que o jogador desbloqueia os mapas e evolui o personagem Mii que pode ser utilizado nos outros modos.
A evolução dos atributos do Mii é a coisa mais desbalanceada deste game. Ao final da aventura o meu personagem era mais forte, rápido, resistente e tinha mais controle de tacada do que qualquer outro do jogo. A aventura é até um pouco longa, dando a oportunidade de evoluir bastante o boneco até que ele se torne completamente OP, muito superior a todos os outros.
Reclamei, reclamei e reclamei, mas, como disse antes, me diverti por bons momentos neste Mario Golf por motivos de jogabilidade e outro um pouco pessoais que acho que qualquer um possa vir a ter também. Este jogo, pra mim, foi concebido de maneira errada, acho que tentou ser mais do que deveria ser, mas isso não tira totalmente os méritos dele e os bons momentos que me proporcionou apesar disso.
NOTA: 6
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