segunda-feira, 28 de junho de 2021

Preview - They Always Run

    No meio da chatice que é, muitas vezes, assistir o PC Gaming Show da E3, sempre encontro alguns jogos que me chamam atenção perdidos no meio da apresentação. O desse ano foi They Always Run e fiquei feliz de ver uma demo dele na Steam para testar este game de ação em que os alvos do caçador, você adivinhou, eles sempre correm.


    O primeiro aspecto que se vê é que o game é bastante bonito, com um estilo de arte diferenciado, na minha opinião, principalmente no background, sempre parecendo uma pintura com pinceladas grossas. No plano da frente os objetos são mais chapados, mas ainda mantém um estilo bem característico que ajuda a destacar o que precisa ser destacado na tela.

    Começando o jogo o que me chamou atenção inicialmente foi a velocidade de movimentação do personagem principal, achei muito rápido. Rápido ao ponto de as vezes ter que parar para analisar a tela que fica com aquele desfoque para simbolizar velocidade durante o movimento. Uma crítica não muito significativa, até porque essa velocidade cria cenas muito bacanas na parte final de cada fase, ou ao menos na da demo.

    Quanto à jogabilidade o diferencial que They Always Run traz é um terceiro braço. Este braço extra é usado para quebrar guarda dos inimigos, jogar objetos e hackear portas, por exemplo. Ele também proporciona implicações bacanas para o combate, pois funciona como um ataque forte também e pode ser usado em qualquer direção com o analógico da direita do controle.


    Dentro do combate foi onde senti uma segunda dificuldade com esta demo e foi com a ação de parry. É bem claro quando tem que fazer, o inimigo dá sinais, porém o ataque dele é muito lento então usar reflexos rápidos para apertar o botão de contra-ataque com agilidade vai levar o personagem a errar a ação e tomar dano. Esperar um pouco para apertar no momento certo é OK, vários jogos usam isso, mas aqui senti que é lento alguns momentos em excesso, freando o ritmo do combate.

    Ao longo da fase ainda é possível encontrar alguns inimigos que têm recompensas por sua captura, dando uma opção extra para o jogador ganhar dinheiro. Um aspecto bacana que dá uma profundidade um pouco maior para o game e combina com o perfil de caçador de recompensas do personagem. 

    Entre algumas sequências de plataforma, outras de luta e captura de perseguidos a fase é bastante ampla com uma variedade boa de eventos, porém a parte final foi a que achei a melhor. Seguindo a dica do nome do game, finalmente alcançamos o alvo e se inicia um trecho de gato e rato, tendo que correr atrás dele. É uma sequência scriptada e não acredito que tenha como alcançá-lo antes da hora, mas este trecho se aproveita da velocidade que reclamei no inicio do texto de uma maneira bastante boa misturando um pouco das partes de plataformas também.

    Alcançando o chefe finalmente ele é levado ao confronto e aqui They Always Run traz outro ponto não muito habitual, o jogador pode escolher entre matar ou apenas capturar, tendo o inimigo duas barras, uma de vida e outra de consciência. Ao matar o alvo, o personagem principal ganha pontos com a máfia e ao capturar, com a polícia. Particularmente eu achei que o caminho da captura é um pouco mais complicado pois para acabar com a barra de consciência é necessário usar o soco forte do terceiro braço, que necessita de energia para utilizar e é necessário fazer o parry durante a batalha para recuperá-la. Matar é muito mais simples, apenas bater normalmente, mas fica a opção para uma auto imposição de dificuldade do jogador.


    Por incrível que pareça a fase ainda não acabou depois disso tudo. O personagem ainda deve carregar o corpo do seu alvo por mais um trecho com inimigos até a nave para entregá-lo para o contratante, para aí então finalizar a missão. Parece bastante coisa, mas ainda assim a demo deve durar por volta de 45 minutos.

    A nave que se entrega o alvo me pareceu algo como um HUB com algumas outras coisas para fazer, inclusive com uma loja. Ela oferece três categorias de produtos para compra: armas, upgrades para as armas e upgrades para o personagem. O interessante aqui é que, além do dinheiro, é necessário gastar pontos de reputação com a máfia para comprar armas e de reputação com a polícia para comprar os upgrades, criando uma escala de balanceamento interessante que o jogador pode dosar conforme achar melhor.

    Esta é uma demo bastante robusta e dá uma ideia bem bacana do que virá a ser They Always Run, que sai ainda este ano. Entre combates, puzzles e perseguições, o game entrega tudo de maneira competente. Se o desenrolar dele além da demo continuar em crescente, poderemos ter um excelente jogo em mãos após o lançamento. Confira abaixo um pouco da gameplay da demo.

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