quinta-feira, 28 de maio de 2020

Review - Valfaris [Switch]


   Eu conheci Valfaris de um jeito um pouco improvável, de certa forma, assistindo a PC Gaming Show da E3 do ano passado. Sim, no meio da conferência que todo mundo ignora, esse joguinho me chamou a atenção por parecer ser um "Metroid Heavy Metal" e finalmente tive a oportunidade de jogá-lo. Descobri que ele não tem muito a ver com Metroid, mas esbanja Heavy Metal.

   Valfaris é um jogo 2D de ação e plataforma e se passa em um planeta que está sendo consumido por criaturas ao ponto de não ter mais salvação. Acredito que se você pensar em uma mistura de várias capas de álbum de metal que você conhece e tentar imaginar um jogo a partir disso, chegará bem perto deste. É um estilo bem explícito, quase um filme B dos anos 90, e ele o abraça assim como a história que é contata. É tudo bastante simples e quase sem explicação, mas ela também não é necessária. Você só está lá para matar o seu pai e todas as criaturas entre vocês dois ao som de heavy metal.

   Como falei no início, esse game é bastante linear e não muito metroidvania, mas poderia se beneficiar de um pouco de backtracking. Várias áreas no início eu deixei de explorar para ir depois e acabei com uma porta trancada atrás das costas, só tendo a opção de ir adiante. Esse é um jogo que premia a exploração, mas não tem muita flexibilidade para isso.


   A exploração é premiada pelo sistema de salvar e evoluir. O jogador tem a escolha, a cada checkpoint, de salvar o jogo ou não. Para salvar você gasta uma "pedra de ressuscitação", mas, se escolher não salvar, ao fim de cada mapa é possível trocar essas pedras por outros itens que são utilizados para evoluir suas armas, premiando também a sua coragem em não salvar. Isso está ligado com a exploração pois nas áreas secretas existem tanto essas pedras quanto outros itens, então é bom tomar cuidado para não tomar o caminho certo logo na primeira vez.

   O jogador conta com três tipos de armas em seu arsenal: uma pistola, uma espada e uma arma especial. Bastante simples, mas a forma que elas se mesclam na jogabilidade é que é interessante e, no meu ponto de vista, muito bem feito. A arma especial consome uma espécie de mana que é recuperada quando você acerta um ataque com a espada, criando uma certa necessidade de estar sempre alternando entre longa distância e curta a todo momento. Além disso, cada um dos três tipos tem um mínimo de seis opções desbloqueáveis ao longo do jogo, possibilitando uma grande variedade de possibilidades e permitindo ao jogador uma certa personalização de estilo de jogo.


   Acredito que o que mais se sobressaiu no game para mim foram as boss fights, que são relativamente muitas em quantidade, porém foi feito um trabalho muito bom em variar o estilo de cada uma delas. Variedade esta que também influencia na escolha da arma que você deve levar para a luta, sendo quase sempre um ponto alto no meio ou no fim de cada mapa.

   No fim de tudo, eu achei Valfaris bastante bom, mesmo não sendo exatamente o meu tipo de jogo. Não é um estilo que eu tenho muita bagagem, o que resultou em um número alto de mortes e um pouco de frustração, mas ainda assim consigo ver muitos méritos nele. Na minha opinião falta algo que eu não sei dizer exatamente o que para que ele se destacasse, porém isso não é necessariamente um demérito. Acho que para quem gosta de jogos de tiro 2D é uma excelente escolha para se divertir.

NOTA: 7,5

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