Quando Pokémon Let's Go foi anunciado houveram certas questões que me incomodaram um pouco, afinal, era algo que parecia ser bastante diferente do que todos estavam acostumados. A integração com Pokémon GO e o grande foco nos controles de movimento, principalmente, me fizeram cogitar pular esse game, mas fico feliz que acabei comprando, pois muitos dos meus receios foram por nada.
— Business Cat (@BusinessCat0) November 16, 2018
Esse jogo é basicamente um remake da versão Yellow, porém com diferença o suficiente nas mecânicas da série principal para ser considerado um spin-off. É um pouco confuso, porém é claro que os desenvolvedores seguiram um viés bastante simplificado dos jogos tradicionais de Pokémon para que Let's Go sirva tanto para levar aos consoles os fãs do game de celular, quanto para introduzir novatos na série. Além, claro, de trazer de volta aqueles que não seguem mais a série desde o Game Boy.
Vi algumas críticas dizendo que esse jogo é pura jogada de marketing e, de certa maneira, não discordo, mas isso não impede em nada dele ser também um jogo muito bom. Usar mecânicas de Pokémon GO e voltar para Kanto com certeza vão ser fatores que atrairão ainda mais gente para a franquia. Julgar esses fatores como demérito do game é completamente descabido, na minha opinião.
A decisão de retirar as habilidades naturais dos pokémon e também a possibilidade deles segurarem itens com certeza tira bastante da profundidade das batalhas, mas, de novo, Let's Go foi feito para ser uma simplificação da linha principal e acho que essa foi uma decisão acertada. A natureza dos pokémon está no game, isso dita como cada monstrinho vai evoluir em questão de atributos e ao menos é algo para os fãs mais ferrenhos se apegarem.
A falta luta contra pokémon selvagens é um dos aspectos que deixa esse jogo bastante mais fácil. Não só você não precisa batalhar para ganhar experiência, já que a simples captura já é o suficiente para para evoluir seu time todo, mas também se torna muito menos tenso de se atravessar as cavernas. Se preocupar menos com HP e PP dos pokémon é um grande alívio, devo dizer, mas um que cobra o preço na dificuldade.
A questão de captura é um ponto interessante. Optar pelo controle de movimento para jogar a pokébola é bonitinho e tudo mais, mas não é uma mecânica agradável para muita gente, principalmente quando o que você mais vai fazer no jogo é jogar pokébolas, já que capturar pokémon é o método de ganhar experiência. Quando você joga com o Switch no modo portátil o que entra em ação é o giroscópio, onde você tem que mexer o vídeo game para mirar no pokémon selvagem, porém o ato de atirar a pokébola é feito com um simples aperto do A.
Algo que eu achei muito bom e que talvez até gostaria de ver implementado no game da próxima geração, que sai ano que vem, é a aparição dos pokémon selvagem no mapa. É uma coisa simples, que não acho que influenciaria de maneira significativa, mas que deixa o jogo muito mais vivo. Juntamente com isso, os combos de captura também é uma mecânica interessante, dando bônus de experiência e aumentando as chances de aparecer um shiny quando se captura diversos pokémon da mesma espécie consecutivamente.
A integração com Pokémon GO é um pouco confusa de se fazer de princípio, mas depois de pareado, o celular joga rapidamente os pokémon para o Switch por meio de bluetooth. Para encontrar os pokémon enviado, você deve ir a Fushia, onde ficava a Zona Safari. Lá, você será teletransportado para uma outra área onde terá que capturar de novo os pokémon que enviou. É uma adição OK e pode ser completamente ignorada, porém o maior demérito disso é a eliminação da Zona Safari de Let's Go, uma área que teria um potencial muito grande nessa iteração da franquia. E, como nota rápida, infelizmente o Game Corner em Celadon existe, mas não pode ser utilizado pelo jogador por conta de censura a jogos de azar em alguns países.
Outro receio meu, inicialmente, era quanto ao balanceamento de experiência por conta da troca de método de adquiri-la. Esse receio estava se concretizando até eu alcançar o segundo ginásio, pois até ali, em todas as batalhas que tive, meus pokémon estavam consideravelmente mais fortes que os do oponente. Porém, do segundo ginásio em diante, tudo se normaliza e a progressão é natural e equivalente, mesmo que de modo geral o jogo não seja difícil, como já mencionei anteriormente.
O fator que mais me impressionou em Pokémon Let's Go foi a distribuição dos pokémon no mapa. Ao terminar minha jornada, dentre todos os possíveis pokémon que eu poderia encontrar para registrar ao menos como 'visto' na pokédex (o que desconsidera Mew, Meltan e Melmetal), o único que não apareceu pra mim foi o Kabuto. Esse fato também me incentivou a capturar o máximo de espécies possível e ir atrás de completar a pokédex, algo que eu, particularmente, nunca dei muita bola nos games antigos. Atualmente, estou com 123 pokémon registrados em 27 horas.
Já o que eu achei bastante ruim, foi o que tentaram fazer para se comunicar com amigos remotamente. Ao invés de usar a lista de amigos do vídeo game, você deve combinar com seu colega uma combinação de três pokémon, dentre 10 possíveis para escolher em cada posição. A partir disso, os consoles buscam na rede um ao outro. Não vejo a menor viabilidade nisso, pois, se me permitem fazer alguns cálculos rápidos, existem apenas 1000 combinações de código possíveis para um jogo que vendeu 3 milhões de unidades na primeira semana. Tentei parear com uma colega que está residindo no reino unido e desistimos, pois a comunicação simplesmente não ocorria ou achava outra pessoa que estivesse mais próxima.
Após vencer a Elite Four, você essencialmente zera o jogo, como sempre. Em Pokémon Let's Go, além do Mewtwo a ser capturado no pós jogo, também aparecem novos treinadores chamados de Master Trainers. Cada um é especialista em um pokémon específico que você deve enfrentar usando o mesmo pokémon e sem usar itens. Eles são bastante fortes (só enfrentei a do Pikachu até o momento e ele estava no level 75) e, mesmo não sendo um conteúdo pós jogo tão robusto em questão de história quanto o que foi feito em Fire Red e Leaf Green no GBA, ainda são mais de 150 novos desafios para o jogador, o que deve ocupar um bom tempo.
Apesar de você não jogar com Red e seu rival não ser o Blue, eles estão presentes no game. Blue é presença recorrente no auxílio da batalha contra a Equipe Rocket e Red aparece só quando você vence 6 Master Trainers, sendo ele o oponente mais forte do jogo. Uma outra adição interessante de se notar é a da Green, personagem que, até onde eu sei, só havia aparecido no mangá. Você pode batalhar com ela logo após capturar o Mewtwo.
Essa é possivelmente a maior review que eu já escrevi, mas acho que vale a pena comentar todas as mudanças que fazem deste um jogo que se distancia da linha principal de Pokémon conseguindo manter várias características e ainda tendo méritos próprios. Gostei muito mais de Pokémon Let's Go do que eu inicialmente achei que iria gostar. É uma simplificação muito boa de um jogo que é excelente dentro da minha franquia favorita de vídeo games.
Vi algumas críticas dizendo que esse jogo é pura jogada de marketing e, de certa maneira, não discordo, mas isso não impede em nada dele ser também um jogo muito bom. Usar mecânicas de Pokémon GO e voltar para Kanto com certeza vão ser fatores que atrairão ainda mais gente para a franquia. Julgar esses fatores como demérito do game é completamente descabido, na minha opinião.
A decisão de retirar as habilidades naturais dos pokémon e também a possibilidade deles segurarem itens com certeza tira bastante da profundidade das batalhas, mas, de novo, Let's Go foi feito para ser uma simplificação da linha principal e acho que essa foi uma decisão acertada. A natureza dos pokémon está no game, isso dita como cada monstrinho vai evoluir em questão de atributos e ao menos é algo para os fãs mais ferrenhos se apegarem.
A falta luta contra pokémon selvagens é um dos aspectos que deixa esse jogo bastante mais fácil. Não só você não precisa batalhar para ganhar experiência, já que a simples captura já é o suficiente para para evoluir seu time todo, mas também se torna muito menos tenso de se atravessar as cavernas. Se preocupar menos com HP e PP dos pokémon é um grande alívio, devo dizer, mas um que cobra o preço na dificuldade.
A questão de captura é um ponto interessante. Optar pelo controle de movimento para jogar a pokébola é bonitinho e tudo mais, mas não é uma mecânica agradável para muita gente, principalmente quando o que você mais vai fazer no jogo é jogar pokébolas, já que capturar pokémon é o método de ganhar experiência. Quando você joga com o Switch no modo portátil o que entra em ação é o giroscópio, onde você tem que mexer o vídeo game para mirar no pokémon selvagem, porém o ato de atirar a pokébola é feito com um simples aperto do A.
Algo que eu achei muito bom e que talvez até gostaria de ver implementado no game da próxima geração, que sai ano que vem, é a aparição dos pokémon selvagem no mapa. É uma coisa simples, que não acho que influenciaria de maneira significativa, mas que deixa o jogo muito mais vivo. Juntamente com isso, os combos de captura também é uma mecânica interessante, dando bônus de experiência e aumentando as chances de aparecer um shiny quando se captura diversos pokémon da mesma espécie consecutivamente.
A integração com Pokémon GO é um pouco confusa de se fazer de princípio, mas depois de pareado, o celular joga rapidamente os pokémon para o Switch por meio de bluetooth. Para encontrar os pokémon enviado, você deve ir a Fushia, onde ficava a Zona Safari. Lá, você será teletransportado para uma outra área onde terá que capturar de novo os pokémon que enviou. É uma adição OK e pode ser completamente ignorada, porém o maior demérito disso é a eliminação da Zona Safari de Let's Go, uma área que teria um potencial muito grande nessa iteração da franquia. E, como nota rápida, infelizmente o Game Corner em Celadon existe, mas não pode ser utilizado pelo jogador por conta de censura a jogos de azar em alguns países.
Outro receio meu, inicialmente, era quanto ao balanceamento de experiência por conta da troca de método de adquiri-la. Esse receio estava se concretizando até eu alcançar o segundo ginásio, pois até ali, em todas as batalhas que tive, meus pokémon estavam consideravelmente mais fortes que os do oponente. Porém, do segundo ginásio em diante, tudo se normaliza e a progressão é natural e equivalente, mesmo que de modo geral o jogo não seja difícil, como já mencionei anteriormente.
O fator que mais me impressionou em Pokémon Let's Go foi a distribuição dos pokémon no mapa. Ao terminar minha jornada, dentre todos os possíveis pokémon que eu poderia encontrar para registrar ao menos como 'visto' na pokédex (o que desconsidera Mew, Meltan e Melmetal), o único que não apareceu pra mim foi o Kabuto. Esse fato também me incentivou a capturar o máximo de espécies possível e ir atrás de completar a pokédex, algo que eu, particularmente, nunca dei muita bola nos games antigos. Atualmente, estou com 123 pokémon registrados em 27 horas.
Já o que eu achei bastante ruim, foi o que tentaram fazer para se comunicar com amigos remotamente. Ao invés de usar a lista de amigos do vídeo game, você deve combinar com seu colega uma combinação de três pokémon, dentre 10 possíveis para escolher em cada posição. A partir disso, os consoles buscam na rede um ao outro. Não vejo a menor viabilidade nisso, pois, se me permitem fazer alguns cálculos rápidos, existem apenas 1000 combinações de código possíveis para um jogo que vendeu 3 milhões de unidades na primeira semana. Tentei parear com uma colega que está residindo no reino unido e desistimos, pois a comunicação simplesmente não ocorria ou achava outra pessoa que estivesse mais próxima.
Após vencer a Elite Four, você essencialmente zera o jogo, como sempre. Em Pokémon Let's Go, além do Mewtwo a ser capturado no pós jogo, também aparecem novos treinadores chamados de Master Trainers. Cada um é especialista em um pokémon específico que você deve enfrentar usando o mesmo pokémon e sem usar itens. Eles são bastante fortes (só enfrentei a do Pikachu até o momento e ele estava no level 75) e, mesmo não sendo um conteúdo pós jogo tão robusto em questão de história quanto o que foi feito em Fire Red e Leaf Green no GBA, ainda são mais de 150 novos desafios para o jogador, o que deve ocupar um bom tempo.
Apesar de você não jogar com Red e seu rival não ser o Blue, eles estão presentes no game. Blue é presença recorrente no auxílio da batalha contra a Equipe Rocket e Red aparece só quando você vence 6 Master Trainers, sendo ele o oponente mais forte do jogo. Uma outra adição interessante de se notar é a da Green, personagem que, até onde eu sei, só havia aparecido no mangá. Você pode batalhar com ela logo após capturar o Mewtwo.
Essa é possivelmente a maior review que eu já escrevi, mas acho que vale a pena comentar todas as mudanças que fazem deste um jogo que se distancia da linha principal de Pokémon conseguindo manter várias características e ainda tendo méritos próprios. Gostei muito mais de Pokémon Let's Go do que eu inicialmente achei que iria gostar. É uma simplificação muito boa de um jogo que é excelente dentro da minha franquia favorita de vídeo games.
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